sexta-feira, 30 de outubro de 2015
O Cristianismo e sua Influência
O
cristianismo, a religião com maior número de adeptos em todo o mundo, nasceu em
uma província do Império Romano. A
religião romana, era politeísta, pois os romanos cultuavam vários deuses. Em um
dos territórios dominados pelos romanos predominava o monoteísmo, isto é, o
culto a um Deus único e universal. Tratava-se da Judeia, chamada de palestina
pelos romanos, que dominaram em 63 a.C.
Dominação romana
A
Judeia, tinha sido conquistado por Roma, na sua fase imperial, no ano de 63
a.C. A administração romana na Judeia, seguia o modelo romano de administração
dos povos dominados: era dado liberdade de culto, desde que os sacerdotes mantivessem
o controle da população e não desafiassem Roma.
A
região tinha grande importância econômica dentro do império romano. Havia uma
importante produção artesanal de produtos em couro, cerâmica, perfumes e
tecidos. Possuía importantes portos, estradas e centros urbanos. Mas nada
comparado à forte agricultura, especializada em cereais, hortaliças e plantas
aromáticas. Nesse território viviam os descentes dos antigos hebreus[1].
Contudo,
como em outras regiões anexadas por Roma, a região sofria com uma alta carga
tributária, ocorrendo assim, constantes levantes contra o domínio imperial. Nos
primeiros anos do século I, a região estava dominada por insatisfação contra o
domínio romano.
Por
este período, surgiu em Nazaré um homem chamado Jesus que passou a transmitir
ensinamentos em cidades da Judeia, como Cesareia, Cafarnaum, Samaria e
Jerusalém. Jesus pregava a existência de um Deus único, o amor ao próximo, a
compaixão e a humildade. Suas pregações não eram contra o poder político de
Roma na região, mas afrontavam o poder sacerdotal do Templo de Jerusalém, que
estava sob domínio dos fariseus.
Em
suas pregações, Jesus se colocava como o Messias, o enviado por Deus, como
estava previsto nas escrituras. Essa atitude desagradou autoridades judaicas e
romanas. Os judeus acusavam Jesus de insultar a Deus, e os romanos temiam que
ele incitasse seus seguidores contra o Império Romano.
Os primeiros cristãos eram levados para as arenas, onde eram atrações circenses, sendo devorados por leões ou tigres famintos |
Preso
às vésperas de uma data religiosa judaica importante, a Páscoa, Jesus foi
julgado pelo Sinédrio (conselho responsável pelos assuntos da comunidade
judaica). Pôncio Pilatos, administrador romano da Judeia, pressionado pelos
fariseus, condenou-o a morrer na cruz, pena de morte aplicada aos criminosos e
rebeldes da época.
As primeiras
comunidades cristãs
A
mensagem de esperança, logo chegou aos setores marginalizados da região:
mulheres, pescadores, pastores e agricultores foram os primeiros adeptos de
Jesus. Esta mensagem estava fadada a reformar o judaísmo ou a criar uma nova
religião.
Logo
após a execução de Jesus, a repressão romana contra seus seguidores foi
violenta. As obras de jesus só tiveram continuidade por meio dos chamados
apóstolos, grupos de homens que o acompanhava em suas pregações. Paulo de Tarso,
judeu e cidadão romano, não conheceu Jesus pessoalmente, mas é considerado seu
apóstolo por ser o responsável em organizar o cristianismo como religião e divulgar
sua mensagem, além do mundo judaico, por todo o Império Romano, a partir da Palestina.
Catacumbas, locais no subsolo onde os primeiros cristãos se reuniam |
As perseguições no
Império Romano
Ao
longo do século I, os cristãos ganharam muitos adeptos e passaram a o incomodar
as autoridades romanas. Como os cristãos se recusavam adorar o imperador e os
deuses romanos, foram acusados pelas autoridades a trair o Estado e
desrespeitar as tradições romanas, e consequentemente, serem considerados
criminosos. Este ato punha em xeque o caráter divino das autoridades romanas, o
que poderia comprometer a estabilidade do império.
Os
seguidores do cristianismo sofreram perseguições e vários foram condenados à
morte nas arenas e, em alguns casos sofreram a condenação na cruz. O auge das
perseguições contra os cristãos ocorreu no início do século IV, durante o
governo do imperador Diocleciano. Foram baixados quatro éditos imperiais, proibindo
a religião e dando ordem para prender os líderes religiosos.
Imperador Constantino liberou a religião cristã em 313 d.C. e antes de morrer se converteu ao cristianismo |
Para
fugir das tentativas de submissão promovidas pelas autoridades romanas e
conseguir realizar seus cultos, os primeiros cristãos se reuniam e se escondiam
em catacumbas, que eram galerias subterrâneas. Os cristãos tomavam outras
medidas para garantir a segurança do grupo. Por exemplo, para um indivíduo
ingressar nas comunidades cristãs, devia ser apresentado por um adepto. Somente
após de várias provas de fé, o candidato seria considerado membro do grupo.
Apesar
das fortes perseguições, o cristianismo foi ganhando novos adeptos. A nova
crença acabou por influenciar a religiosidade de grande parte dos romanos,
inclusive altos escalões de militares e dos magistrados. Em 313 d.C., o imperador
Constantino publicou o Édito de Milão, dando liberdade de culto aos cristãos e,
encerrando as perseguições do Estado romano ao cristianismo. O próprio
Constantino se converteu ao cristianismo.
[1] Eles esperavam a vinda de um
messias, que seria enviado por seu Deus. Para uma parte dos habitantes da
Judeia, esse, messias seria Jesus, um judeu humilde, que teria nascido na
cidade de Belém e passou sua infância na cidade de Nazaré. Contudo, muitos
judeus não acreditaram que ele fosse o messias esperado.
-Formação de Roma
- República Romana
-Império Romano
-Império Bizantino
-Queda do Império Romano
-Hebreus
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
República Puritana (1649-1660)
A Inglaterra viveu um curto período republicano em sua história.
Crise política
Em
1603, Elizabeth I, rainha da Inglaterra, da dinastia Tudor morreu sem deixar
herdeiros. Assumiu o trono inglês, o rei da Escócia, com o título de Jaime I, da
dinastia Stuart. Com a morte de Jaime I, assume a coroa seu filho Carlos I, em
1625.
Carlos
I teve um reinado marcado por forte oposição do Parlamento inglês, principalmente
devido ao aumento de impostos feitos sem consultá-los, para financiar
expedições militares desastrosas. Em
1628, o Parlamento impõe a Petição dos
Direitos, que limita o poder da Coroa (limitava o poder de instituir
impostos e de aplicar prisões sem a aprovação do parlamento). Apesar de
assinado a petição, Carlos I não a respeitou, dissolveu o Parlamento e passou a governar de forma aristocrática.
Carlos I |
Foi
convocado um novo Parlamento, ainda em 1640, que durou até 1653, o Parlamento Longo, Long Parliament, mas
este também fez forte oposição ao rei. O parlamento tinha como objetivos:
acabar com a política fiscal do rei, acabar com o exército permanente e
controlar o Igreja.
Crise religiosa
Carlos
I, que havia se casado com a princesa francesa, de fé católica, apoiou o
arcebispo de Canterbury, que era defensor da teoria do Direito Divino dos Reis. O arcebispo defendia a imposição a Igreja
Anglicana aos presbiterianos
e puritanos.
Mesmo
com a ruptura com a Igreja Católica no reinado de Henrique VIII, a Igreja
Anglicana mantinha-se mais próxima do catolicismo do que do protestantismo. Por
outro lado, o puritanismo, uma versão inglesa do calvinismo, era uma expressão
ideológica da burguesia, principalmente pelo fato de ligar a salvação da alma
às ações econômicas realizadas na Terra, bem como a uma religiosidade mais
individualizada, sem a interferência institucional da Igreja.
Guerra civil
Parlamento inglês era divido em duas casas: Câmara dos Comuns, House of Commons, composta pela pequena e média nobreza e ricos comerciantes; Câmara dos Lordes, House of Lords, composta pela alta nobreza e alto clero anglicano.
Em 1641, a Irlanda, se rebelou contra a dominação politica sofrida pela Inglaterra. O Parlamento se recusou autorizar o rei, a enviar um exército para reprimir os rebeldes, alegando que seria necessário recolher mais impostos para custear a campanha. Em 1642 ocorreu um racha entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo e ambos compuseram seus exércitos e se enfrentaram:
Derrotado, o rei se refugiou na Escócia, sua terra natal e mandou a família real para junto de seus parentes na corte francesa. Em 1647 a alta nobreza inglesa o traiu, entregando-lhe em troca de 40 mil libras. Fez um acordo com a nobreza escocesa e passaram a organizar uma invasão á Inglaterra. Por este ato foi acusado de traição e condenado a morte pelo Parlamento, que era dominado por Oliver Cromwell. A execução do rei foi em 30 de janeiro de 1649.
Carlos I, foi o primeiro rei condenado a morte e executado. Os reis da época eram legitimados pela Teoria do Direito Divino, tinham uma sacralidade entre as pessoas comuns. A população de Londres, assistiu perplexa a decapitação de seu rei.
Durante a Guerra Civil, sobressaiu a figura do deputado que compunha a Câmara dos Comuns, Oliver Cromwell. A família de Cromwell, havia recebido terras, confiscadas da Igreja católica durante a Reforma Anglicana. Oliver além de puritano era anti-católico. Durante a guerra, chegou a formar uma cavalaria de combativos fanáticos puritanos, os Ironsides. Em 1628, seu mandato de deputado fora cassado, com a dissolução do parlamento por Carlos I, desde então, nutriu seu ódio ao rei.
Inglaterra Republicana
Com a execução de Carlos I, a monarquia foi abolida e instaurada a república ou Commomwealth. O poder executivo passou a ser exercido pelo Conselho de Estado, formado por alguns parlamentares, dentre eles Oliver Cromwell como presidente do conselho. Nessa função, Cromwell reprimiu com rigor os últimos focos de resistência Realista na Irlanda e na Escócia.
No aspecto político-administrativo, ele aboliu uma série de
taxações consideradas abusivas. Em 1651, conseguiu aprovar no Parlamento os Atos de Navegação. Com
essa medida, criava-se a exclusividade do comércio marítimo nos portos da
Inglaterra aos navios de bandeira inglesa, ou seja, qualquer produto importado pela Inglaterra, só poderia atracar nos portos ingleses, por navios ingleses, atacando, dessa forma, o monopólio
que detinham os comerciantes holandeses. Cromwell criava assim as bases para o
desenvolvimento do imperialismo marítimo inglês.
Ditadura
Parlamento inglês era divido em duas casas: Câmara dos Comuns, House of Commons, composta pela pequena e média nobreza e ricos comerciantes; Câmara dos Lordes, House of Lords, composta pela alta nobreza e alto clero anglicano.
Exército Prlamentar |
Em 1641, a Irlanda, se rebelou contra a dominação politica sofrida pela Inglaterra. O Parlamento se recusou autorizar o rei, a enviar um exército para reprimir os rebeldes, alegando que seria necessário recolher mais impostos para custear a campanha. Em 1642 ocorreu um racha entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo e ambos compuseram seus exércitos e se enfrentaram:
Exército Real - composto pelos partidários de Carlos I (alta nobreza latifundiária, católicos e anglicanos), eram chamados de Cavaleiros ou Realistas;
Exército do Parlamentar - composto pelos opositores de Carlos I (burgueses, baixa nobreza e puritanos), eram chamados de Cabeças Redondas, rounheads, o nome adotado era devido ao corte de cabelo, curto e de forma arredondada, diferenciando dos longos cabelos dos membros da corte.
Além do corte de cabelo, uma diferença mais substancial foi que o exército dos Cabeças Redondas, conhecido como Novo Modelo de Exército, New Model Army, baseava-se em promoções internas por mérito, e não por sangue, além de permitir debates sobre os motivos da guerra, o que garantia aos soldados uma consciência política de suas ações.
Foram três anos de guerra civil. A profissionalização do Exército Parlamentar fez a diferença durante a guerra e foi decisivo para a derrota dos Cavaleiros nas batalhas de Marston Moor (1644) e Naseby (1645).Exército do Parlamentar - composto pelos opositores de Carlos I (burgueses, baixa nobreza e puritanos), eram chamados de Cabeças Redondas, rounheads, o nome adotado era devido ao corte de cabelo, curto e de forma arredondada, diferenciando dos longos cabelos dos membros da corte.
Além do corte de cabelo, uma diferença mais substancial foi que o exército dos Cabeças Redondas, conhecido como Novo Modelo de Exército, New Model Army, baseava-se em promoções internas por mérito, e não por sangue, além de permitir debates sobre os motivos da guerra, o que garantia aos soldados uma consciência política de suas ações.
Decapitação de Carlos I |
Derrotado, o rei se refugiou na Escócia, sua terra natal e mandou a família real para junto de seus parentes na corte francesa. Em 1647 a alta nobreza inglesa o traiu, entregando-lhe em troca de 40 mil libras. Fez um acordo com a nobreza escocesa e passaram a organizar uma invasão á Inglaterra. Por este ato foi acusado de traição e condenado a morte pelo Parlamento, que era dominado por Oliver Cromwell. A execução do rei foi em 30 de janeiro de 1649.
Carlos I, foi o primeiro rei condenado a morte e executado. Os reis da época eram legitimados pela Teoria do Direito Divino, tinham uma sacralidade entre as pessoas comuns. A população de Londres, assistiu perplexa a decapitação de seu rei.
Durante a Guerra Civil, sobressaiu a figura do deputado que compunha a Câmara dos Comuns, Oliver Cromwell. A família de Cromwell, havia recebido terras, confiscadas da Igreja católica durante a Reforma Anglicana. Oliver além de puritano era anti-católico. Durante a guerra, chegou a formar uma cavalaria de combativos fanáticos puritanos, os Ironsides. Em 1628, seu mandato de deputado fora cassado, com a dissolução do parlamento por Carlos I, desde então, nutriu seu ódio ao rei.
Inglaterra Republicana
Com a execução de Carlos I, a monarquia foi abolida e instaurada a república ou Commomwealth. O poder executivo passou a ser exercido pelo Conselho de Estado, formado por alguns parlamentares, dentre eles Oliver Cromwell como presidente do conselho. Nessa função, Cromwell reprimiu com rigor os últimos focos de resistência Realista na Irlanda e na Escócia.
Oliver Cromwell |
Ditadura
Em
1653, após o aparecimento de oposições a seu governo tanto entre os
conservadores quanto entre os setores mais populares, Oliver Cromwell dissolveu
o Parlamento, intitulando-se Lorde Protetor dos ingleses. Nessa função,
derrotou as Províncias Unidas, em 1654, e conquistou o território da Jamaica
dos espanhóis, em 1655, transformando-o no principal espaço colonial inglês no
Caribe e uma das maiores áreas produtoras de açúcar do século XIX.
O atos de navegações fez com que a Holanda declarasse guerra aos ingleses, 1652. Em 1654 os ingleses derrotaram os holandeses, iniciando a ascensão da Inglaterra como a Rainha dos Mares. O mercado interno inglês se tornou altamente dinâmico, a partir do governo de Cromwell a manufatura têxtil passou a desenvolver-se. Todos estes atos de governo de Oliver, deram as condições necessárias para surgir na Inglaterra, a revolução Industrial, no século seguinte e o pais tornar-se a maior potência econômica até 1918.
Em 1658, Cromwell faleceu prematuramente. Seu corpo foi enterrado na capela de Westminster.
Richard, seu filho, foi seu sucessor, mas não tinha a mesma força do pai, renunciando ao cargo em 1659.
Em
1660, houve a monarquia foi restaurada. O novo rei, Carlos II, resolveu exumar
o corpo de Cromwell e decapitá-lo, expondo sua cabeça na Torre de Londres.
- Absolutismo
- Revolução Gloriosa
-revolução Francesa
O Mesolítico e Era Glacial
É o período médio entre o Paleolítico e o Neolítico. Foi um período relativamente curto, se iniciou a cerca de 10 mil anos atrás e durou até cerca de 6 mil anos atrás.
O Homem do Mesolítico, habitou a Terra em um período e que a vida esteve ameaçada. Esse período é diretamente ligado à Era Glacial, que provocou drásticas alterações climáticas em alguns continentes. Neste período o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência de forma mais segura.
O Domínio do fogo
O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Com o fogo, o ser humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar sua habitação além de conseguir calor nos momentos de frio intenso. Com a ingestão de carne cozida, os hominídeos desenvolveram partes importantes do cérebro responsável pelo raciocínio.
Período glacial durou cerca de 4 mil anos |
Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação a natureza. Com esses avanços, foi possível iniciar o processo de sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.
Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação.
Acredita-se que durante este período, os primeiros grupos humanos vindos da Ásia atravessaram o Estreito de Bering, que estava coberto de gelo, e assim, uniu o continente americano e asiático. Os grupos humanos que chegaram à América por esse caminho desconheciam a navegação e fizeram o trajeto a pé, provavelmente perseguindo grandes animais ou em busca de comida.
- A Evolução do Ser Humano
-A Vida Humana no Paleolítico
-O Neolítico e a Revolução Agrícola
-O Ser Humano Chega na América
A Arte Grega
A
arte grega se destacou pela beleza e equilíbrio das formas e até hoje serve de
modelo para artistas de todo o mundo.
A
partir de meados do século VII a.C., a produção artística grega teve grande
desenvolvimento. Nessa época, o comércio com o Oriente aumentou e os gregos
puderam conhecer os grandes templos estátuas do Egito e de outros impérios
orientais. Também passaram a construir grandes estátuas de seus deuses e
abriga-las em templos monumentais, como faziam os povos do oriente.
A
arte grega era predominante religiosa. As primeiras esculturas eram oferendas
para os deuses ou imagens de culto. Nas pinturas feitas em peças de cerâmica,
os artistas representavam os deuses, os heróis e suas narrativas. Por meio
dessa união entre religião e arte, eles expressavam sua visão do que era certo
ou errado, do que era bonito ou feio.
O teatro
O
teatro, como conhecemos hoje é uma invenção grega. Era um ritual de homenagem a
Dionísio. As peças eram encenadas em Atenas durante o festival das dionisíacas,
que incluía um concurso teatral. As obras eram julgadas por dez cidadãos
escolhidos por um magistrado da cidade. Milhares de pessoas assistiam aos
espetáculos, que eram divididos em dois gêneros: a tragédia e a comédia.
a) Tragédia: narra o conflito ou tensão entre a
vontade humana, representada pelos heróis, e a vontade divina, representada
pelos deuses. Ao despertar no público fortes emoções, a tragédia o purificava.
Entre
os autores de tragédia destacou-se Ésquilo,
que viveu de 525 a.C. a 456 a.C. e escreveu a trilogia Oréstia, composta das peças Agamêmnon, Coéforas e Eumênides. Outro
autor de destaque foi Sófoles, que
viveu de 495 a.C. a 405 a.C. e escreveu peças como Édipo Rei, Antígona e Electra. Eurípedes, que viveu de 480 a.C. a 406 a.C. escreveu Medeia, Hipólito, Andrômaca e As troianas.
b) Comédia: provocava o riso, ridicularizando
os vícios mais comuns da população mais pobre, dos políticos, artistas e até
mesmo dos deuses. A comédia manifestava a capacidade da pólis de rir de si
mesma.
Entre
os escritores de comédia destacou-se Aristófanes
que viveu entre 448 a.C. a 380 a.C., autor de A Paz, Lisístrata, Assembleia de Mulheres e As Aves.
Arquitetura
Templo dórico em Atenas |
Os
templos representam a mais forte presença da arquitetura grega na sociedade
contemporânea. Esses edifícios abrigavam a estátuas de um deus e serviam como
moradia terrena para a divindade. Os templos não eram locais de culto, pois as
orações e os sacrifícios eram feitos nos altares fora do edifício. No período
arcaico, os gregos desenvolveram uma intensa produção artística, com destaque
para a arquitetura e a escultura. Suas obras estavam relacionadas à expressão
da religiosidade, principal marca da visão de mundo dos gregos nessa época.
A
história dos templos gregos está ligada ao fortalecimento das cidades-Estado.
As pólis procuravam mostrar seu poder econômico construindo grandes templos em
homenagem aos deuses cultuados na cidade.
Os
arquitetos desenvolveram inúmeras técnicas para construir templos, procurando
melhorar a aparência das edificações. Entre elas estavam o uso de regras
matemáticas, as noções de proporção e equilíbrio, simetria, sobriedade e até
mesmo ilusões de ótica.
Os
templos mais antigos eram compostos de uma sala retangular, a nau, que abrigava
a estátuas da divindade, e um pórtico de duas colunas. No século VII a.C., o
enriquecimento das cidades-Estado após a expansão territorial permitiu um maior
investimento na construção dos templos, que passaram a ter mais salas e
ganharam colunas externas.
A utilização de
colunas de pedra é uma das características marcantes da arquitetura grega,
sendo responsável pelo aspecto grandioso das edificações. As colunas obedeceram
a três estilos:
Dórico: mais simples e "mais pesado”;
Jônico: considerado "mais
suave";
Coríntio: considerado mais ornamentado e
refinado.
No
período clássico, a arquitetura sofreu mudanças, principalmente em Atenas. Além
de templos, foram construídos prédios para sediar reuniões do Conselho, que,
com o desenvolvimento da democracia, ganhou maior importância política. Também
foram construídas torres para facilitar a defesa da cidade nas guerras. O maior arquiteto grego foi Ictino,
que construiu o Partenon no século V a.C.
Escultura grega período arcaico, nata-se a forte influência egípcia |
Escultura
As
esculturas gregas representam o ideal grego de perfeição, o antropocentrismo (esculturas
de formas humanas), o equilíbrio e o movimento em seu grau mais elevado. Em
geral as esculturas eram feitas para agradar aos deuses e aos homens. A
escultura também sofreu muitas alterações ao longo da história grega.
a) Período arcaico,
século VI a.C.: a
confecção de estátuas estava subordinada à arquitetura, pois elas eram
utilizadas principalmente como elemento decorativo dos templos. Sob influências
das culturas da Ásia Menor (egípcios e mesopotâmicos), os gregos iniciaram a
produção de grandes esculturas em pedra. As esculturas tinham formas rígidas,
sem representar movimento, não eram muito detalhadas e esculpidas de frente.
Destacam neste período duas
modalidades: o Kouros (figura
masculina) e a Koré (figura feminina).
Escultura período clássico, Discóbolo de Miron |
b) Período clássico,
século V a.C.: os
gregos passaram a desenvolver a escultura de forma independente da arquitetura.
O aperfeiçoamento técnico desenvolvido no período permitiu a criação de
estátuas de bronze. Mantiveram a representação de deuses e heróis mitológicos,
mas também elaboraram estátuas de políticos e chefes militares. As esculturas
dessa fase representavam mais movimentos e detalhes e os artistas
preocuparam-se em criar obras que tivessem as mesmas proporções do corpo
humano.
c) Período
helenístico, séculos IV-III a.C.:
os artistas procuraram criar esculturas que expressavam dor, tristeza e a
angústia. As emoções eram representadas por meio de posições do corpo, da
fisionomia e da riqueza de detalhes.
Os
principais escultores gregos foram:
Praxíteles: lembrado pela beleza de suas
esculturas, pela lânguida pose em “S” Hermes
com Dionísio menino, foi o primeiro artista que esculpiu o nu feminino;
Policleto:
autor de Doríforo – condutor da lança, criou padrões de beleza e equilíbrio
através do tamanho das estátuas que deveriam ter sete vezes e meia o tamanho da
cabeça;
Fídias: o mais famoso de todos, autor de Zeus Olímpico, sua obra-prima, e Atenéia. Realizou toda a decoração em
baixos-relevos do templo Partenon: as esculturas dos frontões, métopas e
frisos;
Laocoonte e seus filhos, escultura grega do período helenístico |
Lisipo: representava os homens “tal como se
vêem” e “não como são” (verdadeiros retratos). Foi Lisipo que introduziu a
proporção ideal do corpo humano com a medida de oito vezes a cabeça;
Miron:
autor do Discóbolo o homem
arremessando o disco, que é a obra mais conhecida, mostrando toda a perfeição
do corpo humano e o sentimento
Todos
os citados pertencentes da era clássica.
A pintura
A
pintura era forma decorativa em vasos de cerâmica, sendo muito praticada em
toda a Grécia. Pintavam-se desde personagens míticos até cenas de batalha ou da
vida cotidiana. As pinturas gregas, obedeciam a simetria das formas.
Primeiramente
estes vasos eram utilizados para fins religiosos, para armazenar objetos,
depois passaram a simbolizar um objeto artístico. Posteriormente as pinturas
foram utilizadas para decorar a arquitetura, substituindo as esculturas nas
métopas. Com o passar do tempo os vasos eram utilizados também, como utensílio
doméstico. O maior pintor grego foi Exéquias, e sua obra mais conhecida é
"Aquiles e Ajax jogando".
Ânfora decorada com Euristeu, Cérbero e Hércules |
Os
vasos gregos respeitavam a harmonia da pintura com as formas dos vasos, que
variavam em:
Ânfora: vasilha em forma de coração, com o
gargalo largo e duas asas;
Hidra: (água) tinha três asas, uma
vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar;
Cratera: tinha a boca bastante larga, com
o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho,
hábito muito comum dentre os gregos, visto que os mesmos não bebiam água pura.
Duas técnicas eram mais utilizadas:.
a)
Figura negra: as figuras eram pintadas com verniz negro e os detalhes eram
feitos com um estilete;
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Europa Dividida Religiosamente
Em
meados do século XVI, a cristandade na Europa estava dividida em várias
igrejas. Dentro da cada país as pessoas eram obrigadas a seguir a religião do
rei. Do vasto domínio da Igreja católica Romana, na Europa, restaram apenas a
Península Itálica, Espanha, Portugal, Áustria, França, Polônia, Sul do Sacro
Império Romano Germânico e Irlanda. E mesmo nessas regiões, os protestantes
tinham muitos adeptos.
Sacro Império Romano Germânico
Martinho Lutero, iniciou a Reforma Protestante |
Nobres
e camponeses apoiaram Lutero: os senhores ambicionavam apoderar-se das terras
da Igreja e ampliar seus poderes abalados com a decadência feudal; os
lavradores desejavam escapar das obrigações feudais (entre elas o pagamento do
dízimo à Igreja).
O
imperador do Sacro Império Romano Germânico, Carlo V, era representante secular
da cristandade e manteve-se inquieto com a evolução reformista. Julgava que o
luteranismo poderia fortalecer setores da nobreza que se opunham ao poder
imperial.
Depois
de muitos confrontos entre as tropas imperiais e os partidários da reforma religiosa,
liderados por parte da nobreza, Carlos V convocou uma assembleia, realizada em
Sipra (1529). Nela, o imperador tentou fazer valer sua autoridade e determinou
a submissão dos luteranos. Estes protestaram contra a decisão imperial e
passaram a ser chamados de protestantes.
Em
meio à expulsão luterana nos principados germânicos e aos conflitos com o
imperador, em 1530, Felipe de Melanchton, discípulo de Lutero, redigiu a
Confissão de Augsburgo (cidade onde ela foi escrita), definindo o credo dos
protestantes. Depois disso, em 1555, um acordo foi assinado, na mesma
localidade, entre o imperador católico e os nobres protestantes: a chamada Paz
de Augsburgo.
Rei inglês Henrique VIII separou a igreja inglesa de Roma |
Inglaterra
Após
a fundação da Igreja anglicana, surgiram, com os sucessores de Henrique VIII,
urna série de lutas religiosas internas. Primeiro, no governo de Eduardo VI
(1547-1553), tentou-se implantar o calvinismo no país. Depois, no governo de
Maria Tudor (1553-1558), filha de Catarina de Aragão, houve a reação católica.
Somente no reinado de Elizabete I (1558-1603) aconteceu a consolidação da
Igreja anglicana, com a mistura de elementos do catolicismo e da doutrina
protestante.
O
calvinismo conseguiu, entretanto, grande número de adeptos entre a burguesia
manufatureira. Foi entre os calvinistas que surgiram os grandes líderes da
Revolução Inglesa do século XVII, revolução que rompeu de vez com que restava
do sistema feudal na Inglaterra, promoveu o avanço do capitalismo.
França
Massacre na Noite de São Bartolomeu |
Na
França, a divisão entre católicos e protestantes se manifestou de forma
violenta. A divisão mais acirrada opunha os católicos e calvinistas, chamados
na França por huguenotes. Apesar da perseguição movida pelo governo católico,
os protestantes se expandiram pelo reino, concentrando-se nos centros
comerciais mais importantes, como paris, Lion e Orleans.
Noite
de São Bartolomeu
As
tensões entre católicos e calvinistas se agravaram no reinado de Carlos IX
(1560-1574). O momento mais grave de crise ocorreu em 24 de agosto de 1572,
durante a chamada Noite de São Bartolomeu, quando mais de 3 mil huguenotes
foram massacrados em Paris a mando da mãe do rei, a católica Catarina de
Médici.
O
terrível episódio desencadeou uma onda de guerras religiosas na França que
provocou a morte de milhares de pessoas. O conflito só terminou com a
promulgação do Edito de Nantes, em 1598, que concedeu liberdade de culto no
país.
-Reforma Religiosa
domingo, 25 de outubro de 2015
Golpe Militar no Chile
O
Chile não ficou indiferente da maioria dos países latino-americanos durante a
Guerra Fria. Teve um golpe militar, contra um governo popular que instaurou uma
ditadura de direita.
Um
projeto social para o Chile
As
eleições chilenas de 1970 foram vencidas pelo candidato Salvador Allende, da Unidade Popular, uma coligação de
partidos de esquerda. Salvador tinha um projeto político inovador: implantar o
socialismo no Chile, por vias democráticas. Salvador Allende foi o primeiro
marxista a ser eleito democraticamente como chefe de Estado e de governo de um
país ocidental.
Allende
sempre acreditou nas instituições democráticas, fora eleito por voto direto a
presidência do Chile. Negou-se a dar treinamento militar aos sindicatos operários
e camponeses, para assegurar a continuidade do projeto social no Chile.
Salvados Allende foi eleito presidente do Chile por voto democrático e ratificado no cargo através de um plebiscito |
No
governo, Allende iniciou uma política nacional-desenvolvimentista aos moldes
dos demais governos populares da América Latina. Implantou a reforma agrária, nacionalizou
o sistema bancário e empresas mineradoras de cobre, principal produto exportado
pelo Chile, muitas destas de capital estadunidense.
Com
estas medidas, Salvador conseguiu, em seu primeiro ano de governo, um
crescimento econômico de 7,7%, os salários tiveram um ganho real de 50% e a
inflação e o desemprego diminuíram. A próxima etapa era desenvolver o mercado
interno do Chile e atrair investimentos ao país.
Caminho
para o golpe
O
governo despertou a ira dos EUA e da elite conservadora chilena, que tiveram
seus privilégios cortados e não estavam dispostos a aceitar a via chilena ao socialismo e passaram a
tomar medidas para boicotar o governo presidencial. Foi criado um grupo
paramilitar de extrema-direita chamado de Pátria
e Liberdade, que se utilizou de atividades terroristas contra o governo.
Pinochet, ministro da guerra de salvador Allende, foi o responsável pelo Golpe Militar no Chile e se tornou ditador, responsável pela morte do presidente e de mais de 30 mil pessoas |
Washington,
nunca aceitou o modelo de governo de Allende. Para desestabilizar o governo
chileno, os EUA fizeram um embargo
econômico informal, suspenderam as exportações ao Chile e a concessão de
empréstimos. Lançou no mercado internacional cobre, para baixar o preço do
produto, o cobre representava cerca de 80% das exportações chilenas, assim as reformas
sociais de Allende ficaram prejudicadas.
Os
pecuaristas levaram os rebanhos de gado para a Argentina; os industriais
pararam de investir em suas indústrias, enviando seu capital para o exterior.
Ocorreu desabastecimento de produtos industrializados e aumento de preços destes
produtos.
O
Movimento de Esquerda Revolucionário (MIR), que compunha a Unidade Popular,
resolveu agir por conta própria e invadiu fábricas e propriedade rurais,
piorando ainda mais o desabastecimento de produtos industrializados e causando
a falta de produtos primários.
Em 1971 a situação do governo já demonstrava preocupação. Os
gastos com indenizações das empresas nacionalizadas, por parte do governo eram altos.
As reservas cambiais estavam baixas. A falta de vários produtos e o aumento dos
preços, fizeram a recessão aumentar e Allende perdeu apoio da classe média.
Presidente dos EUA, Richard Nixon, apoiou o Golpe Militar de Pinochet |
Em
1972, ocorreram as chamadas greve de
patrões, onde os donos de indústrias, de fábricas, de empresas de transporte,
juntamente com comerciantes e profissionais liberais suspendiam seus serviços,
a fim de pressionar o presidente. Em 9 de setembro, os caminhoneiros realizaram
uma greve, inviabilizando a safra 1972/73. Os trabalhadores entravam em greves
gerais contra a carestia.
A
partir de então, a extrema direita e a elite passaram a se organizarem em
agremiações patronais, a fim de fazer oposição ao governo. A radicalização
dualística tomou conta da política: a Unidade Popular se intitulava de governo revolucionário e os setores de
direita acusavam a Unidade Popular de querer
implantar o comunismo totalitário no país.
O golpe militar
As
forças armadas chilenas, que historicamente estiveram subordinadas ao governo
civil, começaram a tomar partido nas questões políticas. Haviam militares
contra e a favor de Allende. Com ajuda do Brasil, os EUA passaram a incentivar
as forças armadas chilenas a derrubarem governo.
Última imagem registrada do presidente Salvador Allende |
A
primeira tentativa dos militares em depor o presidente ocorreu em 29 de julho
de 1973. Allende, com a ajuda do Ministro da Guerra, o general Prats
neutralizou o movimente e evitou o golpe. Prats era um dos poucos oficiais
legalistas, depois da ação sentiu-se isolado nas forças armadas e pressionado, renunciou ao
seu cargo.
Em
agosto de 1973, Allende nomeou o general Augusto Pinochet Ugarte para o cargo
de Ministro da Guerra. De imediato, Pinochet mandou desarmar os sindicatos e
demais associações de trabalhadores.
De
posse do resultado do plebiscito, Pinochet mobiliza as forças aramadas
golpistas e com a ajuda logística do presidente estadunidense Richard Nixon iniciou o
movimento para o golpe militar no Chile. Na manhã de 11 de setembro de 1973, em Santiago, o exército cerca o Palácio La Moneda, sede do governo presidencial
do Chile e os aviões da aeronáutica sobrevoam a palácio presidencial.
O presidente e
alguns colaboradores resolvem resistir ao golpe. Allende
recebeu um telefonema de Pinochet, ordenando a sua renúncia até às 11h e lhe oferecendo um avião para ele, juntamente
com sua família, abandonassem o país. Allende falou que só sairia morto do
Palácio La Moneda. Allende conclama a população do Chile para ajudá-lo na resistência.
Faz um pronunciamento ao povo chileno pelo, rádio. Pouco tempo depois, às 11h e 50min o palácio
presidencial é bombardeado, por aviões da aeronáutica. A guarda pessoal consegue resistir até ás 13h e 45min. O exército invade o
palácio e Salvador Allende é assassinado por volta das 14h.
Relato
da Rádio Corporación: "Aviões da Força Aérea chilena atacaram o prédio da
Rádio Corporación. Isso significa que é preciso contar com lutas em todas as
fábricas. Isso significa que todos os sindicatos devem entrar em contato com os
cinturões industriais e esses, por sua vez, com a central sindical única CUT, a
fim de preparar-se para o que necessariamente virá. O importante nesse momento,
camaradas, é que o povo esteja unido, venha o que vier! Cada fábrica, cada
latifúndio, cada bairro pobre deve transformar-se numa fortaleza popular. Mas
temos de manter a tranquilidade, pois somente assim poderemos estar preparados
para o que vier. Apesar de tudo isso, temos de manter a cabeça fria e o coração
quente."
Ditadura de Pinochet
(1973-1990)
Após
o golpe, Augusto Pinochet iniciou uma violenta perseguição aos grupos de
esquerda, várias pessoas foram levadas ao Estádio Nacional do Chile, entre apoiadores
da Unidade Popular, sindicalistas, partidos de esquerda, estudantes, operários,
militares, artistas e intelectuais foram interrogados e torturados no local.
Logo após o golpe militar no Chile, o Estádio Nacional do Chile foi usado como campo de concentração |
No
poder, Pinochet fechou o Congresso Nacional, censurou a imprensa, sindicatos
foram fechados e as garantias constitucionais suspensas. Em outubro de 1973, ele encarregou o coronel Arellano Stark da formação
de um esquadrão que percorreu o país fuzilando dezenas de pessoas – a chamada
Caravana da Morte. A ditadura de Pinochet
foi uma das mais violentas do mundo. A estimativa é que mais de 30 mil pessoas
foram torturadas e cerca de 3 mil pessoas morreram durante a ditadura chilena.
Economicamente
o Chile se aproximou dos EUA e foi o primeiro país a adotar o neoliberalismo:
abriu a economia do país ao capital internacional, adotou a livre concorrência, privatizou
empresas estatais, incluindo o sistema previdenciário e concedeu a empresas estrangeiras
a exploração de serviços.
Em
1980, foi promulgado uma nova Constituição no Chile, que legitimou o poder do
ditador. Também neste ano foi realizado um plebiscito no país para permanência
de Pinochet por mais 8 anos. Devido ao crescimento econômico o “Sim” venceu. Em
1988 ocorreu outro plebiscito e a conjuntura política mundial favoreceu o “Não”.
Pinochet ficou no poder até 1990. Patrício
Aylwin foi eleito para o cargo de presidente da república.
-Golpe Militar de 1964
-Anos de Chumbo
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