terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Mesopotâmia


Mesopotâmia é uma palavra de origem grega, que significa entre rios.  O território conhecido como Mesopotâmia compreendia as áreas entre dois grandes rios existentes no local: Tigre e o Eufrates, onde hoje se localizam o Iraque e o Kuait.

Entre o Tigre e o Eufrates
O Clima da região conhecido como Mesopotâmia é quente e seco durante a maior parte do ano, e sua vegetação é pobre. Apesar disso, os povos da região souberam aproveitar-se dos rios Tigre e Eufrates.
A presença desses rios e de seus afluentes assegurava o abastecimento constante de água e solos favoráveis ao cultivo, pois as cheias tornavam férteis as terras das margens. Isso facilitava o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, os povos da antiguidade buscavam regiões férteis, próximas a rios, para desenvolverem suas comunidades.
Entre os rios Tigre e Eufrates surgiu a região da Mesopotâmia
A região da mesopotâmia era uma excelente opção, pois garantia a população: água para consumo, rios para pescar e via de transporte pelos rios. Outro benefício oferecido pelos rios eram as cheias que fertilizavam as margens, garantindo um ótimo local para a agricultura.

Ocupação
Até por volta do ano 8500 a.C., a região foi habitada por povos nômades. A partir dos séculos seguintes, a Mesopotâmia foi palco de disputas por vários povos. Desde 3500 a.C. vários povos lutaram pelo controle das terras férteis da Mesopotâmia.
Apesar de existirem muitas diferenças entre os povos que ocupavam a Mesopotâmia, eles possuíam algumas características em comuns. A maioria da população era composta de agricultores que trabalhavam em terras pertencentes aos reis e aos sacerdotes, a quem pagavam tributos.
No geral, eram povos politeístas, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. No que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na centralização de poder, onde apenas uma pessoa (imperador ou rei) comandava tudo. A economia destes povos era baseada na agricultura e no comércio nômade de caravanas.
Algumas pessoas se especializaram em desenvolver técnicas que melhorassem a produção agrícola, criaram instrumentos para medir e calcular o tamanho dos terrenos e a quantidade de água necessária para irriga-las. Projetaram a construção de um sistema de represas para acumular água e de canais para irrigação.

Escrita cuneiforme
Escrita
Os registros escritos mais antigos foram encontrados em ruínas de um templo na cidade de Uruk, onde hoje se encontra o Iraque, com data aproximada de 4000 a.C. Eram gravados na argila úmida com a ponta de um estilete de vime em forma de cunha. Por isso esse sistema recebeu o nome de cuneiforme.
Este modelo de escrita evoluiu lentamente:
a) Escrita pictográfica: no início, com a escrita pictográfica, objetos, animais e pessoas eram representados por meio de desenhos figurativos que lembravam o objeto representado;
b) Escrita ideográfica: os desenhos passaram a representar também ações e sentimentos. Por exemplo, os animais que significavam pássaro ao lado aqueles que significavam ovo designavam a ação de dar à luz.

Astronomia
Os povos da Mesopotâmia se dedicavam
 a observação dos astros
Os mesopotâmicos não diferenciavam a astronomia a astrologia. Para eles, os astros celestes eram sinais da vontade e do aviso dos deuses. Pela posição de uma constelação no céu, os mesopotâmicos buscavam sinais do início e o fim de uma guerra, do futuro de um governante ou mesmo revelações sobre traços da personalidade de uma pessoa.
A partir da observação do movimento aparente do sol e da lua, elaboraram um calendário lunar, dividindo o ano em 12 partes. Esse calendário servia principalmente para indicar os melhores momentos para o plantio e colheita. Previram eclipses o Sol e da Lua.
Os progressos na astronomia e na agricultura foram possibilitados pelos conhecimentos matemáticos que os mesopotâmios também desenvolveram. Eles resolviam problemas de geometria, aritmética por meio de fórmulas matemáticas.
Pazuzu era o rei dos demônios além
de ser  o deus do vento sudeste,
portador  da seca  tempestades
 

Religião
Os mesopotâmios eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. Suas divindades poderiam ser bons ou maus com os homens, e geralmente representavam elementos da natureza.  Entre estes deuses destacavam-se: Na (deus do céu), Enlil (deus do ar), Enriki (deus da água), Pazuzu (deus do vento e tempestade) e Ninhursag (deusa mãe-terra).
Para os mesopotâmicos, os deuses eram semelhantes aos seres humanos, com diferença que eram poderosos e imortais. Eles casavam, tinham filhos, ficavam tristes, zangados, e podiam ser cruéis, invejosos ou caridosos.
Os templos representavam a moradia dos deuses na Terra. Normalmente eram construídos sobre uma torre de escadas chamada Zigurate. Nas salas dos templos, os sacerdotes realizavam diferentes rituais religiosos: sacrifício de animais, práticas mágicas e oferendas de estátuas aos deuses.

Arquitetura
Eles tinham uma forma arquitetônica particular. O zigurate era uma espécie de templo construído pelos assírios, babilônios e sumérios, povos da Antiga Mesopotâmia.
A "Torre Babel" citada na Bíblia cristã  era,
na verdade, um zigurate de aproximadamente
 90 metros de altura, construída durante
 o reinado do imperador Nabucodonosor II .
Esta construção tinha o formato de uma pirâmide, porém com a presença de espécies de degraus. Os zigurates possuíam de 3 a 6 andares. Eram construídos de pedra ou de tijolos cozidos ao Sol. A entrada era feita através do topo do templo, sendo que o acesso ocorria através de uma rampa espiralada, construída nas paredes externas do zigurate.
Sua função religiosa era muito importante, pois os antigos mesopotâmicos acreditavam que os zigurates serviam de morada para os deuses. Através destas construções, acreditavam que os deuses estariam mais perto da sociedade. Logo, somente os sacerdotes poderiam acessar as partes internas do zigurate.

Arte
Os mesopotâmicos esculpiam esculturas do corpo humano. Contudo sua expressão artística não era muito refinada, os homens representados de forma rígida, sem expressão de movimento e sem detalhes anatômicos. Pés, mãos e braços ficavam colados ao corpo, coberto com longos mantos; os olhos eram completados com esmalte brilhante. As estátuas conservavam sempre uma postura estática ante a grandiosidade dos deuses. As figuras esculpidas em baixo-relevo se caracterizavam por um grande realismo.
Baixo-relevo com touro alado
e cabeça humana
Na pintura, os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses. A produção de objetos de cerâmica alcançou notável desenvolvimento entre os persas, que utilizavam também tijolos esmaltados

Organização social
Um grande número de pessoas vivia nas cidades, que eram formadas por uma área urbana e várias aldeias agrícolas em seu entorno. A população da maioria dessas cidades estava dividida em 3 grupos sociais: a elite, os trabalhadores livres e os escravos.
A elite era composta pelo rei com sua família, os altos funcionários do governo e os sacerdotes, que eram os donos das terras. Tinha o grupo dos comerciantes, que realizavam as trocas comerciais com outros povos.
Os trabalhadores livres eram compostos pelos pequenos comerciantes, que atuavam nos mercados dentro das cidades, os escribas que trabalhavam nos templos e palácios e os artesãos, que fabricavam armas, joias, vasos de luxo, tecidos, objetos de cerâmicas e tijolos.


Os escravos eram compostos por quem era prisioneiro de guerra, pagamento de dívida ou alguém que cumpria pena por algum crime. Os escravos eram encarregados de cumprir as tarefas mais pesadas.











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