quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016


Cultura Nazca


Os nazcas, se estabeleceram no atual Peru entre os anos de 300 a.C., e 600 d.C. A cultura Nazca é famosa pelos enormes desenhos de pássaros e animais que faziam em camadas de rochas, os quais só podem ser bem visualizados do alto.
Economia era baseada na agricultura intensiva, das terras irrigadas. O artesanato com o estilo de cerâmica policromada, juntamente com a tecelagem, a qual era ricamente colorida e decorada, também estavam presentes na economia Nazca. A arquitetura está limitada a disposição natural das colinas.

Os nazcas davam, assim como os demais povos nativos americanos, atenção especial aos mortos. Os túmulos eram feitos em câmaras escavadas, os quais tinham acesso através de um poço. Lá eram depositados os mortos mumificados, ornadas com motivos antropomorfos e zoomorfos. 




quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016


Os Paracas


Os paracas, que viveram entre 600 a.C. e 200 a.c., no território do atual Peru, mais precisamente na península da costa sul.

Artesanato Paraca
A fase mais antiga, dita Paracas Cavernas, foi influencia pela cultura Chavín. Desenvolveram técnicas de tecelagem muito semelhantes ás da cultura Chavín, destacando-se os tecidos bordados.
Do ponto de vista artístico, o legado mais destacado dessa civilização são os tecidos. Em sua grande maioria policromados e bordados, fazem alusão aos deuses, sacerdotes, danças e rituais.

Preocupação com os mortos
O tecido desempenhou um papel decisivo na organização social, política, religiosa e militar desta sociedade. O poder dos governantes ou autoridades esteve evidenciado em parte pela vestimenta – sua posição era apresentada pela qualidade do tecido que usava. A cerâmica Paraca Necropolis é frequentemente monocromática, em forma de frutas ou de cabaças.
Construíram câmaras funerárias que continham de 30 a 40 múmias envoltas em tecidos e associadas a uma cerâmica policromática.
Cerâmica paraca
Esta civilização tinha o costume de enterrar seus mortos em posição fetal, embalados em diversas camadas de tecidos, sendo que as mais externas eram sempre as mais ricamente bordadas. Quanto maior a posição social do indivíduo, mais exuberante era o seu fardo - este poderia conter seus objetos pessoais. Na mesma tumba, mas externo ao fardo, eram encontrados outros objetos desta cultura, como cerâmicas depositadas ali em oferenda mortuária.
Os paracas construíram uma grande necrópole reservada aos dignitários:429 fardos, invólucros funerários sagrados, guardavam múmias envolvidas em mantos muito bem-acabados (peças retangulares de algodão, ornadas com cenas diplomáticas).

Cultura Chorreras
Os Chorreras, foram um importante povo da América do Sul. Habitaram o território do atual Equador entre os anos 1200 a.c., e 300 a.C. Inicialmente viviam na área costeira, tendo a pesca como base de sua alimentação. Mais tarde, deslocaram-se para o interior, onde se fixaram, praticando a agricultura, em especial o cultivo do milho e do aipim.






terça-feira, 16 de fevereiro de 2016


Cultura Mochica


Os Mochicas, que viveram entre os anos 200 a.C., e 700 d.C., ao Norte do atual Peru, cuja cultura se desenvolveu principalmente nos vales de  Moche e de Chicama (atual província de La libertad).

Economia
Os Mochicas construíram uma extensa rede de canais de irrigação que facilitaram a plantação de milho, pimenta e amendoim. Eles também praticaram o comércio e o artesanato, com uma grande produção de tecidos e objetos de ouro, prata e uma cerâmica policromada de boa qualidade.
Vaso de terracota, representando
um guerreiro

Sociedade desigual
A cerâmica mochica revela diversos elementos da vida cotidiana. Muito hierarquizada, a sociedade de mochica era dominada por uma aristocracia que controlava o poder político, militar e religioso. Assim sendo, havia grande desigualdade social: os governantes, guerreiros e sacerdotes, viviam e situação privilegiada em relação aos agricultores, pescadores e artesãos.

Religiosidade

A mitologia mochica também era representada em sua rica iconografia de cerâmica. Eles ergueram pirâmides, com cerca de 18 metros de altura. As pirâmides do Sol e Lua foram feitas de blocos de adobe, são vestígios de um centro cerimonial.





segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016


Os Zapotecas


O termo zapoteca é na verdade uma derivação da palavra do idioma nahuatl "tzapotecah" (singular "tzapotecatl") que significa "habitantes da região dos sapotizeiros" (sapotizeiro é uma árvore frutífera, produtora do sapoti, e de onde se retira o látex para fabricação da goma de mascar). Os zapotecas referem-se a si mesmos como "Beenaa", ou "o povo".

Origem
Os primeiros zapotecas chegaram a Oaxaca vindos do norte do atual México, provavelmente cerca de 1000 a.C., estabeleceram-se nos vales centrais do atual estado de Oaxaca. Apesar de não tentarem remover nenhum dos povos vizinhos de suas terras, os zapotecas terminaram por ser a etnia predominante naquela região. Assim, enquanto Teotihuacan florescia no centro do México. Construíram importantes cidades, sendo as mais famosas Monte Albán e Mitla.

Sociedade e cultura
Os primeiros zapotecas eram sedentários, vivendo em povoados agrícolas.
As mulheres zapotecas do estado de Oaxaca exercem vários papeis sociais em suas famílias e comunidades. Assim como em diversas culturas a mulher zapoteca assumiu diferentes posições sociais ao longo da história. Essas posições relacionam-se com o casamento, criação dos filhos e trabalho.
As mulheres e os homens do povo, que viviam nas aldeias, eram obrigados impostos ao governo central. Este pagamento era feito, entregando parte do que produziam, como: milho, perus, mel e feijão.
Arte Zapoteca
Os zapotecas destacaram-se como tecelões e oleiros. São famosas as urnas funerárias zapotecas, vasilhas de barro colocadas sobre os túmulos. Os zapotecas, juntamente com os maias, foram um dos povos mesoamericanos que desenvolveu um completo sistema de escrita. Através de hieróglifos e outros símbolos gravados em pedra ou pintados nos edifícios e túmulos, combinaram a representação de ideias e sons.
Os zapotecas desenvolveram um calendário e um sistema logofonético de escrita que utilizava um carácter individual para representar cada sílaba da linguagem. Este sistema é considerado como a base de outros sistemas de escrita mesoamericanos desenvolvidos pelos olmecas, maias, mixtecas e astecas. Na capital asteca, Tenochtitlan, viviam artesãos zapotecas e mixtecas, cuja actividade era o fabrico de jóias para os Tlatoannis ou imperadores astecas, entre os quais o famoso Moctezuma II.

Cidade de Monte Albán
A cidade era muito bem organizada e complexa. Possía edifícios, estádios de jogo da bola, túmulos magníficos e mercadorias valiosas, incluindo joalharia em ouro finamente trabalhada. Monte Albán foi a primeira grande cidade do hemisfério ocidental e centro de um estado zapoteca que dominou grande parte do que é hoje o estado de Oaxaca.

Religião
Os zapotecas desenvolveram uma agricultura muito variada e para ter boas colheitas rendiam culto ao sol, à chuva, à terra e ao milho. Adoravam um conjunto de deuses dos quais se destaca o deus da chuva, Cocijo, representado por um símbolo da fertilidade que combinava os símbolos da terra-jaguar e do céu-serpente, símbolos comuns nas culturas mesoamericanas.
Os rituais religiosos, que por vezes incluíam sacrifícios humanos, eram regulados por uma hierarquia sacerdotal. Os zapotecas adoravam os seus antepassados e, crendo num mundo paradisíaco, desenvolveram o culto dos mortos. Um dos seus grandes centros religiosos era Mitla. A magnífica cidade de Monte Albán foi sede de uma civilização bastante desenvolvida, possivelmente há mais de 2000 anos.

Decadência
Monte Albán dominou os vales até finais do período clássico e, como outras cidades mesoamericanas, perdeu o seu esplendor entre os anos 700 e 1200. No entanto, a cultura zapoteca permaneceria nos vales de Oaxaca, Tabasco e Veracruz.
Vindos do norte, os mixtecas tomaram o lugar dos zapotecas em Monte Albán e Tikal e mais tarde em Mitla. Em meados do século XV, os zapotecas e os mixtecas lutaram para evitar o controlo dos astecas sobre as rotas comerciais em direcção a Chiapas, Veracruz e Guatemala. Sob o comando do rei Cosijoeza, os zapotecas aguentaram um longo sítio na montanha rochosa de Giengola, mantendo o controlo sobre Tehuantepec bem como a autonomia política, através de uma aliança com os astecas até à chegada dos espanhóis.







domingo, 14 de fevereiro de 2016


Cultura Chavín


Entre os anos de 1000 a.C., e 200 a.C., um agrupamento humano se estabeleceu no território do atual Peru, o qual foi denominado de cultura Chavín

Economia
Inicialmente, os chavín viviam da pesca, principalmente de enchovas, realizada em pequenos barcos e com redes bem finas. Para facilitar o armazenamento e o transporte, os peixes eram secos e moídos.
Pintura em tecido de algodão
Com o passar do tempo, a pesca deixou de ser a principal atividade econômica, cedendo lugar para a agricultura. A construção de grandes canais para a irrigação, permitiu desenvolver as culturas de abóbora, batata, feijão, milho, algodão, aipim e abacate.
O comércio era praticado por eles assim como o artesanato. Produziam objetos de ouro, cerâmica e tecidos decorados com figuras geométricas representando seres humanos e animais.

Religião
Os chavín ergueram grandes centros cerimoniais composto de montes piramidais construídos com adobe e pedras, com 6 a 18 metros de altura e até 450 metros de comprimento. O mais famoso templo, foi construído no ano 850 a.C., e ficava próximo do local onde seria edificada a cidade de Chavín de Huantar.
Ruínas do templo Chavín datado de 850 a.C.
em Chavín de Huantar, Peru
Diante do templo estendia-se um pátio retangular. Dentro dele havia outro pátio circular, que ficava cerca de 5 metros abaixo. Para permitir o acesso a ele foram construídas escadas.
Dentro do templo havia um cômodo principal, no qual era escavado um buraco para o fogo sagrado, em que a população se reunia para prestar culto comandado pelos sacerdotes. Os sacerdotes acumulavam a chefia política e constituíam o mais rico grupo da sociedade chavín.
Os chavín ofereciam aos seus deuses conchas e objetos de quartzo. Eles também adoravam o jaguar, considerado senhor da floresta, e o caimão, um animal semelhante ao jacaré, considerado o senhor das águas.

Declínio
O declínio de Chavín de Huántar está relacionado com a instabilidade e revolta sociais ocorridas entre 500 e 300 a.C., o que teria provocado seu declínio, resultando no abandono do local. Um tempo depois, uma pequena aldeia ocuparia a praça circular do templo antigo e algumas pedras do complexo foram reutilizadas em novas construções.







sábado, 13 de fevereiro de 2016


Teotihuacán


Por volta de 300 a.C., um povo cuja identidade ainda não foi esclarecida pelos pesquisadores ocupou uma parte do território atualmente pertencente ao México. Esse povo constituiu uma cidade que se tornaria gigantesca: Teotihuacán.

Uma grande cidade
Essa cidade atraiu pessoas de diversas etnias e lugares e chegou a ter uma população de cerca de 125 mil pessoas. O centro de Teotihuacán se estendia por mais de 20 quilômetros quadrados. A cidade reunia milhares de moradias, que constituíam seu núcleo residencial.
Essas casas estavam dispostas de forma planejada, formando quarteirões com ruas estreitas. Ao redor da cidade havia um muro com poucos portões, facilitando o controle de entrada e saída de pessoas, como forma de prevenir invasões de povos inimigos. A cidade possuía também um sistema de canalização de água e uma rede de coleta de esgotos.
A agricultura, o artesanato e o comercio era as atividades econômicas pratica na cidade, além da mineração da obsidiana, uma rocha escura produzida pela lava vulcânica e utilizada para fazer facas e pontas de flechas.
Mapa de Teotihuacán
Os habitantes de Teotihuacán mantinham contato com os demais agrupamentos humanos do atual México, por meio do comércio e de relações diplomáticas. Também fizeram uso da força, dominando alguns territórios vizinhos.

Religião
Além da área residencial, havia em Teotihuacán uma enorme praça central, que funcionava como centro cerimonial. Nela destacavam-se duas pirâmides: uma dedicada ao Sol e outra, à Lua, a qual os moradores da cidade realizavam cultos religiosos a esses dois astros, que simbolizavam o dia e a noite.
A pirâmide do Sol possuía 65 metros de altura e 200 metros de largura em cada um dos lados. Ela ficava numa das plataformas cerimoniais, cercada por construções retangulares, pátios, depósitos e palácios. Esses palácios eram ocupados por sacerdotes, que, devido à importância da religiosidade, tinham grande prestígio na cidade.
Os palácios de Teotihuacán possuíam portões de entrada com colunas quadradas ornamentadas por figuras em relevo. As paredes internas eram revestidas com argamassa e decoradas com painéis pintados com desenhos geométricos e figuras de jaguar, o qual reverenciavam-no como o senhor da floresta.

Fim de Teotihuacán
Por volta do ano 600 d.C., diversos povos vindos do Norte do atual México, em busca de terras férteis para a agricultura invadiram Teotihuacán e a cidade foi parcialmente destruída. O centro político foi abandonado e os poucos habitantes se fixaram nas zonas rurais.





sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016



Os Olmecas



Os Olmecas viveram no território do atual México entre os anos de 1200 a.C. até 400 a.C., se fixaram inicialmente nas margens do golfo do México e, ao longo do tempo, se deslocaram para o interior.

Economia
Eles plantavam milho, feijão, abóbora, pimenta, abacate e tomate.  Desenvolveram o artesanato e um intenso comércio com povos vizinhos, organizando caravanas que atravessavam os atuais territórios da Guatemala, Honduras e Nicarágua.
Ao longo do tempo, alguns grupos sociais utilizaram a força para controlar as terras mais próximas dos rios. Essa proximidade facilitava a irrigação e produtividade. Isso permitiu que os controladores dessas terras obtivessem excedentes de alimentos, que eram comercializados nas cidades.
A atividade comercial possibilitou a esses grandes proprietários acumular mais riqueza, diferenciando-se dos demais agricultores. Um grupo que acumulava riqueza era o dos sacerdotes, que controlavam grandes extensões de terras, trabalhadas pelos camponeses.

Religiosidade
Os olmecas criaram centros cerimoniais, compostos de pirâmides erguidas em grandes praças. Em 1250 a.C., em um local que mais tarde seria chamado de San Lorenzo, eles construíram um centro cerimonial de barro e madeira, composto de uma plataforma de 45 metros de altura.
Por volta de 900 a.C., em um lugar depois chamado de Capalilloi, os olmecas construíram um templo com grandes blocos de mármore, dotado de um aqueduto para o transporte de água.
A principal divindade adorada por eles era um poderoso espírito da floresta, o jaguar-homem, ao qual se atribuía a capacidade de mudar de forma para homem e vice-versa. Essa divindade era representada em máscaras utilizadas pelos sacerdotes durante os cultos religiosos.
Centro cerimonial Olmeca
Eles acreditavam que todo ser humano tinha um “duplo” animal. Tudo o que acontecia com um aconteceria com outro. Se um animal morresse, por exemplo, uma pessoa morreria também, e vice-versa. O “duplo” dos sacerdotes era o jaguar, uma forma de representar seu poder, poi além de líderes religiosos, eram também chefes políticos.
Sob a liderança dos sacerdotes, os olmecas realizaram contatos com povos vizinhos, com os quais comerciavam constantemente. Inicialmente esses contatos foram pacíficos, mas ao longo do tempo, os olmecas utilizaram sua força guerreira para dominar outros povos e cobrar tributos deles.
Além de organizar os rituais religiosos, os sacerdotes desenvolveram o estudo da astronomia e da matemática e criaram um sistema de registro que mais tarde foi aperfeiçoado por outros povos, possibilitando a criação de uma escrita, que ainda não foi decifrada.