A Civilização Nok

A civilização Nok é uma cultura que se desenvolveu na região onde hoje se encontra a Nigéria aproximadamente entre 500 a.C. e 200 d.C. O estilo artístico Nok é uma prova importante das tradições culturais pré-coloniais da África Ocidental e, também, dos antecedentes de uma habilidade posterior: as cabeças humanas de latão e terracota realizadas em Ifé e Benin muitos séculos depois.

Origem

Por volta do século X a.C., um agrupamento humano nômade de caçadores e guerreiros se estabeleceu a Oeste da África, na bacia do Níger, hoje Nigéria. No século IX a.C., uma nova civilização formou-se, a civilização Nok, ocupou áreas da região onde hoje estão situadas a Nigéria, Níger, Mali, Costa do Marfim, entre outros países.

Os noks, viviam em uma região de terras férteis, situadas entre dois grandes rios africanos, o Níger e o Berué. Lá fixaram suas aldeias e cultivavam produtos como inhame, abóbora, dendê e sorgo.

A cultura Nok

Arte de Terracota

Eles dominavam desde o século VI a.C., a metalurgia. Na Idade do Ferro usavam cobre, estanho, bronze e ferro para produzirem seus artefatos com mais resistência. Contudo, o ferro devido a abundância do minério na região foi o mais utilizado por esta cultura.

O ferro era em tão grande quantidade, que era encontrado no nível do solo. Assim a Civilização Nok fabricava lanças, machados, artefatos de metais, vasos, esculturas, estátuas e outros de barro e cerâmica. Demonstravam toda a arte africana em seus adereços.

Eles cavavam pequenos fornos circulares no chão com um pouco mais de meio metro de profundidade e ali aqueciam o minério até obter ferro fundido. O material produzido era utilizado para fazer utensílios de uso diário, armas e ornamentos pessoais como argolas para os braços, pulsos e tornozelos.

Esses pequenos fornos serviam também para cozinhar escultura de terracota[1]. Muitas das esculturas noks encontradas por arqueólogos são de cabeças humanas, que poderiam representar algum deus ou ancestral importante.

A civilização Nok desapareceu por volta do ano 200 d.C., dando origem a outra cultura, a ioruba.

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[1] A terracota é um material constituído por argila cozida no forno, sem ser vidrada, e é utilizada em cerâmica e construção. O termo também se refere a objetos feitos deste material e à sua cor natural, laranja acastanhado. A terracota caracteriza-se pela queima em torno dos 900 °C, apresentando baixa resistência mecânica e alta porosidade, necessitando um acabamento com camada vítrea para torná-la impermeável. É rica em óxido de ferro, normalmente utilizada na confecção de tijolos, telhas, vasos, entre outros objetos.