segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Novo Reinado (1550 a.C. à 1070 a.C.) ou Período Imperial


A pós a expulsão dos hicsos, considerado o marco inicial do Novo reinado, os governantes do Egito procuraram fortalecer seu poderio militar. O Egito tornou-se uma nação belicista, organizaram um poderoso exército, com cavalaria e carros de combate, tornando o exército uma grande e forte máquina de guerra. Era o início do período imperial, ao conquistar novos territórios.

Império egípcio
Entre os anos de 1580 a.C. e 1550 a.C., os egípcios, durante o reinado do faraó Ahmés (ou Amósis), primeiro da XVIII Dinastia, lutaram contra os hicsos e conseguiram expulsá-los de seu território. Os hebreus, como haviam se estabelecido no Egito, fugindo da fome de sua região, foram acusados de colaborar com os hicsos e foram escravizados. Após retomar a soberania de seu território, Ahmés concentra suas forças para o sul, e reconquista a região do Kush, após realizar três expedições militares.
Faraó Amósis I derrotando os hicsos em batalha
O filho de Ahmés, Amenófis I, continuou a política expansionista para sul. Realizou também uma incursão à Palestina, marcada pela pilhagem, cujo objetivo era aterrorizar os povos da região, deixando bem claro que não deveriam ameaçar o Egito.
O terceiro rei da XVIII Dinastia, Tutmés I, era cunhado de Amenófis, dá prosseguimento a expansão territorial, atingindo a região da Dongola ao sul. Tutmés abandonou o cemitério real de Dra Abu el-Naga, onde tinham sido sepultados os reis da XVII Dinastia, em favor de um vale, conhecido hoje em dia como Vale dos Reis, onde serão sepultados os soberanos do Novo Reinado.
Conquistando grandes extensões de terras: reconquistaram a Núbia, ocuparam a Síria, a Fenícia e a Palestina, estendo seu império até o rio Eufrates, na Mesopotâmia. Tudo isso deus um poder ainda maior ao faraó. Por meio dos impostos e do controle das rotas comerciais das regiões conquistadas, o faraó, os chefes militares e os sacerdotes aumentavam sua riqueza.
Em 1505 a.C., uma mulher chegou a ser faraó: Hashepsut, que se declarou filha do deus Amon. Seu governo caracterizou-se por grandes construções e estabelecimento de relações comerciais com outros povos.
Faraó Akhenaton
Por volta 1448 a.C. Tutmés III ascendeu ao trono, após a morte de Hashepsut, sua madrasta. Tutmés terá praticou uma espécie de vingança póstuma sobre o reinado da madrasta, mandando destruir o nome dela de boa parte dos monumentos que ela mandou construir. Tutmés realizou dezessete campanhas militares na região da Síria Palestina, através das quais conseguiu a submissão dos povos da região. Os egípcios não colonizaram esta região, nem procuraram impor ali os seus costumes culturais e religiosos; apenas cobra altos tributos sobre eles.
O faraó Akhenaton.  (ou Amenófis IV), que governou o Egito Antigo entre 1353-1336 a. C., tentou instituir o monoteísmo. Este faráo tinha por objetivo tirar o poder dos sacerdotes, instituindo o culto a um deus único: Aton. Como ele seria o único representante deste deus na Terra, concentraria também todo poder. Porém, a tentativa não teve sucesso, ficando restrito o monoteísmo durante apenas o seu reinado.
Tutankamon que sucedeu seu pais, foi o último faraó da 18ª dinastia, nasceu em 1346 a.C., e morreu ainda jovem em 1327 a.C., aos dezenove anos de idade, subira ao trono em 1336 a.C., ficando conhecido como "faraó menino".. Durante seu curto período de governo, levou a capital do Egito para Memphis e retomou o politeísmo, que havia sido abandonado pelo pai Akhenaton. 
Excêntrico, o faraó nunca deixava seu cabelo ser visto. Ele sempre usava uma coroa ou um toucado chamado nemes. O nemes mais famoso talvez seja o que está representado na máscara mortuária de Tutankamon. 
Ramsés II foi o terceiro faraó da XIX dinastia egípcia. Reinou entre aproximadamente 1279 a.C. e 1213 a.C. O seu reinado é o mais famoso da história egípcia tanto no aspecto econômico, administrativo, cultural, militar e também por ser o faraó da saída dos hebreus do Egito. Foi também um dos mais longos reinados da história egípcia. Houve 11 Ramsés no reino do Egito, mas apenas ele foi chamado de Ramsés, o Grande.
Máscara mortuária de Ttankamom
A expansão territorial do Egito, teve impulso durante seu reinado.  Em 1275 a.C., Ramsés conduz uma expedição militar até a Fenícia. Inicia a guerra contra os hititas. No ano 21 do reinado de Ramsés, faz um tratado de paz com os hititas o conflito. Esse tratado é conhecido nas suas duas versões, a hitita, escrita em tabuinhas de argila em cuneiforme babilónio e encontrada em Boghaz-Koi e a egípcia, gravada em duas estelas em Tebas. As razões para o tratado estariam relacionadas não só com a não resolução do conflito, mas também com o receio que gerava a ascensão da Assíria. Nos termos do tratado os dois impérios prometem ajudar-se em caso de agressão externa e dividem zonas de influência: Canaã e Sinai ficam sob domínio egípcio e a Síria, para os hititas.
Ramsés também foi o faraó que deixou o maior legado em termos de monumentos. Mandou concluir edifícios e construiu novas obras. Entre as obras concluídas por Ramsés II encontram-se a sala hipóstila do templo de Karnak em Tebas e o templo funerário do seu pai em Abidos. Na Núbia Ramsés mandou construir vários templos. Dois dos mais famosos, escavados na rocha, encontram-se em Abu Simbel, perto da segunda catarata do Nilo.
Foi também Ramsés um dos responsáveis pela destruição dos templos da cidade de Amarna, que eram os últimos vestígios da era de Akhenaton.  faraó que pretendia fazer de Aton a divindade suprema. Os blocos de pedra destas estruturas foram reutilizados na cidade de Hermópolis Magna, situada na margem oposta de Amarna.
Ramsés II
Pi-Ramsés ou Per-Ramsés ("A Casa de Ramsés"), na região oriental do delta do Nilo, foi a capital do Egito durante o reinado de Ramsés e até ao fim da XX dinastia. No ano de 1250 a.C., Ramsés concedeu a liberação da escravidão dos hebreus, que puderam retornar a sua região.
A cidade foi erguida sobre uma aglomeração fundada por Seti I no começo do reinado de Ramsés. Para lá são transferidos obeliscos e nela se erguem templos dedicados às principais divindades egípcias, como Amon, Ré e Ptah. Dois séculos depois as suas estátuas e obeliscos da cidade foram transferidas para Tânis, a nova capital da XXI dinastia.
As razões que explicam esta mudança de capital são as raízes familiares do faraó na região do Delta, para além da sua localização estar mais próxima do principal centro de intervenção militar desta época, a Síria-Palestina, que separava o Egito dos hititas.
Ramsés II, teve oito esposas oficiais e cerca de 100 concubinas. Ele morreu aos 90 anos de idade, no ano 1212 antes de Cristo.

Fim do período imperial
Os demais faraós foram caracterizados por um caráter mais pacifistas externamente, porem continuaram a enfrentar revoltas internas. Apesar de sua força, por volta de 1070 a.C., líderes religiosos rebelaram-se contra o governo faraônico assumindo o poder.









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