Novo Reinado (1550 a.C. à 1070 a.C.) ou Período Imperial
A
pós a expulsão dos hicsos, considerado o marco inicial do Novo reinado, os
governantes do Egito procuraram fortalecer seu poderio militar. O Egito
tornou-se uma nação belicista, organizaram um poderoso exército, com cavalaria
e carros de combate, tornando o exército uma grande e forte máquina de guerra. Era
o início do período imperial, ao conquistar novos territórios.
Império egípcio
Entre
os anos de 1580 a.C. e 1550 a.C., os egípcios, durante o reinado do faraó Ahmés
(ou Amósis), primeiro da XVIII Dinastia, lutaram contra os hicsos e conseguiram
expulsá-los de seu território. Os hebreus, como haviam se estabelecido no
Egito, fugindo da fome de sua região, foram acusados de colaborar com os hicsos
e foram escravizados. Após retomar a soberania de seu território, Ahmés concentra suas forças para o
sul, e reconquista a região do Kush, após realizar três expedições militares.
Faraó Amósis I derrotando os hicsos em batalha |
O
terceiro rei da XVIII Dinastia, Tutmés I, era cunhado de Amenófis, dá
prosseguimento a expansão territorial, atingindo a região da Dongola ao sul. Tutmés
abandonou o cemitério real de Dra Abu el-Naga, onde tinham sido sepultados os
reis da XVII Dinastia, em favor de um vale, conhecido hoje em dia como Vale dos
Reis, onde serão sepultados os soberanos do Novo Reinado.
Conquistando
grandes extensões de terras: reconquistaram a Núbia, ocuparam a Síria, a
Fenícia e a Palestina, estendo seu império até o rio Eufrates, na Mesopotâmia. Tudo
isso deus um poder ainda maior ao faraó. Por meio dos impostos e do controle
das rotas comerciais das regiões conquistadas, o faraó, os chefes militares e
os sacerdotes aumentavam sua riqueza.
Em
1505 a.C., uma mulher chegou a ser faraó: Hashepsut, que se declarou filha do
deus Amon. Seu governo caracterizou-se por grandes construções e
estabelecimento de relações comerciais com outros povos.
Faraó Akhenaton |
O
faraó Akhenaton. (ou Amenófis IV), que governou o Egito Antigo
entre 1353-1336 a. C., tentou instituir o monoteísmo. Este faráo tinha por
objetivo tirar o poder dos sacerdotes, instituindo o culto a um deus único:
Aton. Como ele seria o único representante deste deus na Terra, concentraria
também todo poder. Porém, a tentativa não teve sucesso, ficando restrito o
monoteísmo durante apenas o seu reinado.
Tutankamon
que sucedeu seu pais, foi o último faraó da 18ª dinastia, nasceu em 1346 a.C., e morreu ainda jovem em 1327 a.C., aos dezenove anos de idade, subira ao trono em 1336 a.C., ficando conhecido como "faraó menino".. Durante seu curto
período de governo, levou a capital do Egito para Memphis e retomou o
politeísmo, que havia sido abandonado pelo pai Akhenaton.
Excêntrico,
o faraó nunca deixava seu cabelo ser visto. Ele sempre usava uma coroa ou um
toucado chamado nemes. O nemes mais famoso talvez seja o que está representado
na máscara mortuária de Tutankamon.
Ramsés
II foi o terceiro faraó da XIX dinastia egípcia. Reinou entre aproximadamente
1279 a.C. e 1213 a.C. O seu reinado é o mais famoso da história egípcia tanto
no aspecto econômico, administrativo, cultural, militar e também por ser o
faraó da saída dos hebreus do Egito. Foi também um dos mais longos reinados da
história egípcia. Houve 11 Ramsés no reino do Egito, mas apenas ele foi chamado
de Ramsés, o Grande.
Máscara mortuária de Ttankamom |
Ramsés
também foi o faraó que deixou o maior legado em termos de monumentos. Mandou
concluir edifícios e construiu novas obras. Entre as obras concluídas por
Ramsés II encontram-se a sala hipóstila do templo de Karnak em Tebas e o templo
funerário do seu pai em Abidos. Na
Núbia Ramsés mandou construir vários templos. Dois dos mais famosos, escavados
na rocha, encontram-se em Abu Simbel, perto da segunda catarata do Nilo.
Foi
também Ramsés um dos responsáveis pela destruição dos templos da cidade de
Amarna, que eram os últimos vestígios da era de Akhenaton. faraó que pretendia fazer de Aton a divindade
suprema. Os blocos de pedra destas estruturas foram reutilizados na cidade de
Hermópolis Magna, situada na margem oposta de Amarna.
Ramsés II |
A
cidade foi erguida sobre uma aglomeração fundada por Seti I no começo do
reinado de Ramsés. Para lá são transferidos obeliscos e nela se erguem templos
dedicados às principais divindades egípcias, como Amon, Ré e Ptah. Dois séculos
depois as suas estátuas e obeliscos da cidade foram transferidas para Tânis, a
nova capital da XXI dinastia.
As
razões que explicam esta mudança de capital são as raízes familiares do faraó
na região do Delta, para além da sua localização estar mais próxima do
principal centro de intervenção militar desta época, a Síria-Palestina, que
separava o Egito dos hititas.
Ramsés
II, teve oito esposas oficiais e cerca de 100 concubinas. Ele morreu aos 90
anos de idade, no ano 1212 antes de Cristo.
Fim do período imperial
Os
demais faraós foram caracterizados por um caráter mais pacifistas externamente,
porem continuaram a enfrentar revoltas internas. Apesar de sua força, por volta
de 1070 a.C., líderes religiosos rebelaram-se contra o governo faraônico
assumindo o poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário