terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A Civilização Axum


A poderosa civilização de Axum, se localizou na região africana, conhecida como Chipre, ao oeste do continente. Hoje abriga a Somália, Etiópia, Eritreia e Djibuti.
Origem

Grupos humanos, vindos do sul da península Arábica, no século VII a.C., se estabeleceram na atual região do Chipre. Lá se dedicaram a agricultura e a criação de gado.

Importância do comércio
A escrita já era conhecida por essa população, que passou a utilizá-la em suas transações comerciais. O comércio crescia, devido às caravanas de mercadores vindos de diversas regiões da África, península Arábica e da Índia. Com o comércio, as aldeias cresceram e se transformaram em cidades. Duas cidades se destacaram: Adúlis e Axum.

Cidade de Adúlis
No século II a.C., Adúlis contava com o mais movimentado porto do mar Vermelho. Por lá saíam em direção ao Egito, Grécia, Índia e China mercadorias de luxo como marfim, chifres de rinoceronte, carapaças de tartaruga, artigos de ferro e bronze, além de escravos.

Cidade de Axum
A cidade de Axum, situada no interior, era outro importante centro comercial. Por lá passavam mercadores vendendo artigos valorizados na época, como ouro, sal e plumas. Em seu apogeu, a cidade controlava todo o comércio de mercadorias entre o interior da África e Adúlis e entre Adúlis e o Egito.
O império de Axum
Devido a sua localização estratégica, a cidade de Axum enriqueceu e expandiu seus territórios. Entre os séculos III e IV, conquistaram territórios da Península Arábica, a Etiópia do Norte e parte da antiga Pérsia, tornando-se um dos mais poderosos impérios da passagem da Idade Antiga para a Idade Média. Ainda no século IV, os axumitas destruíram a cidade de Meroé, capital do império Kush, fragmentando-o reino. Da derrota de Kush nasceram três reinos diferentes, o Nobatia, o Makuria e o Alodia, que ficaram todos sobre influência de Axum.
Campo das estrelas, monumentos religiosos
ou funerários, na cidade de Axum. 
Com o vasto território conquistado, o reino de Axum passou a dominar todas as rotas de comércio que passavam pelo sul da Península Arábica e pela Arábia meridional, pela região da Núbia e da Etiópia, que atravessavam o Mar Vermelho. Conseguiu também terras férteis que possibilitaram a agricultura e a pastagem de alguns bovinos. Para administrar e controlar o fluxo comercial desta região, o reino de Axum cunhou sua própria moeda também, chegando a estabelecer trocas comerciais com a Índia e a China.

Reino Cristão
Um dos acontecimentos mais importantes da história do reino de Axum foi a conversão ao cristianismo do rei Ezana, no século IV, por um monge cristão de origem fenícia, chamado Frumêncio (que depois foi bispo de Axum e considerado santo). Após a conversão do rei Ezana, toda a região da Etiópia e grande parte da região da Núbia receberam forte influência do cristianismo e a maior parte da população também se converteu, tornando Axum um império eminentemente cristão.
Uma das características desta fase é a construção das famosas onze Igrejas, que foram esculpidas em rochas, no solo. Essas Igrejas são consideradas patrimônio histórico da humanidade e fazem parte da tradição da Igreja Ortodoxa Etíope. Além das Igrejas, várias outras construções do reino de Axum são notáveis, tais como obelisco, imensas torres de pedra, tumbas e outros templos na época anterior à conversão ao cristianismo.

Decadência
A partir do século VII se inicia a decadência de Axum, primeiro devido à instabilidade comercial causada pelas disputas entre bizantinos e os persas do Império Sassânida e, após 632, pela expansão dos domínios dos árabes muçulmanos. Apesar de que as relações com os muçulmanos foram inicialmente amistosas, a partir do século VII a ascensão da dinastia omíada causou seu declínio final. Os árabes dominaram o comércio do mar Vermelho, conquistando Adúlis e cortando as rotas comerciais do Império de Axum.
A produção agrícola caiu, provocado por problemas ambientais e de excessiva exploração da área circundante da cidade, que nos finais do século VIII foi reduzida a um vilarejo. As elites abandonaram a cidade, assim como os reis, que transferiram a capital ao sul. Apesar haver mantido sua importância simbólica, especialmente religiosa, os líderes da igreja etíope deixaram a cidade na metade do século X.




Um comentário: