quarta-feira, 30 de setembro de 2015

EM 01 DE OUTUBRO DE 1777, Brasil Colônia - Assinado o Tratado de Santo Ildefonso, entre Espanha e Portugal estabelecendo o limite sul do Brasil no arroio Chuí.

Agentes Externos Formadores do Relevo

Os agentes externos são: intemperismo e erosão. As formas da superfície terrestre estão em constante transformação pela ação dos agentes externos e internos.

1. Modelando a superfície
Os agentes externos são forças naturais que atuam sobre a superfície terrestre modelando e esculpindo as formas do relevo. Os ventos, os mares, as geleiras, as chuvas, os rios, a luz solar e os seres vivos são exemplos de agentes externos.
No Brasil, a maior parte do relevo apresenta altitudes pouco elevadas. Esse relevo suave é resultado da ação dos agentes externos sobra as formas da superfície ao longo de milhões de anos. A ação de agentes como vento e as chuvas contribui para a modificação do relevo.

Intemperismo e erosão
As formas da superfície sofrerem o impacto conjunto, simultâneo e contínuo dos agentes externos que provocam o intemperismo e a erosão, ou seja, decompõem e desagregam a rocha em sedimentos que se depositam em outros pontos da superfície terrestre. 
A erosão atua removendo e transportando sedimentos das partes mais altas para as partes mais baixas do terreno, ou para o fundo de lagos, lagoas, rios e oceanos.

2. A ação dos agentes externos
A velocidade e intensidade da ação erosiva dos agentes externos dependem, entre outras coisas, do clima, do tipo de rocha e do relevo de determinada área. Os principais agentes são as chuvas, os rios, os mares, as geleiras, os ventos e a ação humana.

Chuvas
Parte das águas das chuvas que escorre pela superfície causa impacto sobre as rochas, provocando o seu desgaste. A erosão ocorre porque a água carrega grande quantidade de sedimentos das regiões mais altas para as mais baixas. Quanto mais inclinado for o terreno, maior será a velocidade das aguas e maior a erosão. Se o terreno for recoberto por vegetação, a erosão será menor, pois essa cobertura ameniza o impacto da chuva no solo, diminuindo a velocidade de escoamento das águas. Por isso, terrenos sem vegetação são mais facilmente erodidos.

Rios
A força das águas dos rios provoca erosão em suas margens e escava o seu leito, transportando muitos sedimentos. Uma parte desses sedimentos é depositada nos leitos dos próprios rios, ao passo que outra parte é levada pela força das águas, podendo chegar até os oceanos.
A velocidade das águas de um rio varia muito desde a sua nascente até a sua foz, o lugar onde ele deságua. Quanto menor for a velocidade das águas, menor será a sua capacidade de transportar sedimentos. O processo de decomposição de sedimentos é chamado de sedimentação.

Mares
O impacto das águas marinhas desgasta as rochas litorâneas lentamente. As partículas desprendidas das rochas misturam-se com a areia ou são depositadas no fundo dos oceanos. Esse desgaste pode formar desde esculturas em rochas até praias e ilhas. As águas dos mares, assim como as dos rios e das chuvas, intemperizam e erodem as rochas simultaneamente.

Geleiras
O gelo também é capaz de remodelar a superfície. Quando o gelo que cobre montanhas se desprende, provoca forte atrito com as rochas e com o solo, arrastando por milhares de anos transforma o aspecto dessas montanhas.

Ventos
A ação do vento pode ser muito intensa, como nos desertos. Nessas áreas secas, os ventos carregam pequenos grãos de areia que se chovam contra as rochas, acelerando seus desgaste e alterando-lhes as formas. Os ventos também podem provocar o acúmulo de camadas de areia móveis: as dunas.

A ação humana
O ser humano é um importante agente transformador da paisagem. Para atender ás suas necessidades, ele modifica o relevo criando novas formas. Atualmente, a tecnologia permite que os aterros avancem pelo mar, criando ilhas artificiais.
A ação humana também contribui para acelerar o processo de erosão do relevo. Entra essas ações destacam-se as queimadas de vegetação nativa e as derrubadas de florestas, que deixam o solo desprotegido e muito exposto á erosão causada pelas chuvas. Por causa da ação da gravidade, as áreas de encostas são erodidas mais facilmente.
a) Assoreamento: o depósito dos sedimentos no leito e na foz dos rios causa assoreamento (acúmulos de sedimentos em corpos d’água). Os resultados são enchentes e até mesmo a mudança de curso dos rios.
b) Voçorocas: a devastação da vegetação deixa grandes extensões de terra exposta a erosão. Em alguns lugares, as águas das chuvas cavam sulcos tão profundos na superfície que impedem essas áreas de serem cultivadas ou usadas na criação de animais. A recuperação destas áreas é muito difícil.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

EM 30 DE SETEMBRO DE 1937, Era Vargas - O general Eurico Gaspar Dutra e o presidente Getúlio Vargas divulgam o Plano Cohen. O documento forjado citava uma conspiração comunista para tomar o poder.

Política do Café com Leite

Paulistas e mineiros se alternavam no poder. Até 1930 foram quase quatro décadas de hegemonia política dos dois partidos, PRP e PRM. A alternância no poder, que consagrou a hegemonia política dos dois estados, ficou conhecida como República do café-com-leite.

Prudente de Morais
(
1894-1898)
 
PRP, f
azendeiro paulista
1. Modelo político
Com a posse do paulista Prudente José de Morais na Presidência, em 1894, o poder passava das mãos dos setores militares para os políticos liberais. A base político-social desses políticos eram as oligarquias agrárias do Sudeste, sobretudo de São Paulo (maior produtor de café) e Minas Gerais (produtora de leite), representadas por seus respectivos partidos, o PRP (Partido Republicano Paulista) e o PRM (Partido Republicano Mineiro). 
Oligarquias

Campos Sales
(
1898-1902)

 PRP, fazendeiro paulista
A supremacia política era exercido pelas oligarquias estaduais. Em cada estado, uma família ou grupo de famílias muito ricas, ligadas ao latifúndio, controlavam a política. Para algum político ser eleito, conseguiria mediante ligação com algumas dessas famílias. O federalismo, foi o modo encontrado para cada oligarquia estadual ter liberdade de dominar politicamente seus currais. Cada estado possuía a sua oligarquia, as principais eram:
a) Mineira: latifundiários ligados a produção de café (2º maior produtor do Brasil) e da pecuária;
b) Paulista: latifundiários ligados a produção de café;
c) Gaúcha: latifundiários ligados a criação da pecuária;
d) Baiana: latifundiários ligados a criação de gado e de produção de cacau.
Rodrigues Alves
(
1902-1906)
PRP,
 f
azendeiro paulista
Os partidos políticos eram estaduais. Cada partido elegia seus deputados, que iriam para a Capital Federal e lá defendiam os interesses específicos de seus estados. Nos estados maiores: Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, os respectivos partidos PRR, PRP e PRM também serviam para reunir os homes poderosos até que chegassem a algum entendimento político. Contudo as elites paulista e mineira precisavam de apoio de outros estados para governar. 
Afonso Pena
 (
1906-1909)

 PRM,  político mineiro, 
morreu durante o mandato

A terceira oligarquia mais importante
Os deputados gaúchos, estavam ligados aoS estancieiros, que por sua vez estavam ligados ao mercado interno. Vendiam charque, consumido pela população mais pobre do Brasil. Eram sensíveis aos problemas da população mais pobre. Por estar na fronteira com o Uruguai e especialmente Argentina, que voltara a ser a grande rival brasileira, o estado concentrava 30% do exército nacional. Por esta razão, e também por serem positivistas, os políticos gaúchos sempre tiveram um relacionamento bom com os militares, e quase sempre o ministro da guerra era um militar do Sul.
Os políticos gaúchos eram os grandes contestadores da política “café com leite”. Na figura do habilidoso senador Pinheiro Machado, muitos políticos acatavam suas decisões. Influenciava a Comissão Verificadora. Controlava a “degola” de políticos eleitos, conseguindo votos de políticos nordestinos, e atrapalhando muito a vida do PRP.

Política dos governadores

Durante a presidência de Campos Sales (1898-1902), os acordos tornaram-se em um grande pacto de dominação, conhecido como política dos governadores. Tratava-se de um acordo para garantir o controle do poder, onde o presidente dava seu reconhecimento e apoio aos candidatos das oligarquias estaduais nas eleições regionais e recebia em troca o apoio desses governos ao candidato oficial na eleição presidencial. Além disso, os governos estaduais se comprometiam a eleger bancadas no Congresso Nacional que apoiassem a política do governo federal. 
Nilo Peçanha
 (1909-1910)
político fluminense
vice-presidente, assumiu
após a morte de Afonso Pena
Em relação às eleições, vale lembrar que o voto não era secreto, como hoje. O eleitor votava sob o olhar do presidente da mesa eleitoral. Assim, o governo dominante em cada estado ganhava geralmente as eleições porque controlava todo o processo eletivo, desde o registro de eleitores e candidatos até a apuração dos votos, o reconhecimento e a diplomação dos candidatos eleitos por meio da Comissão de Verificação de Poderes, no Congresso Nacional, que era uma comissão especial controlada pelos governistas que estavam no poder que analisava se o eleito era a favor ou contra o governo, se fosse contra era impedido de tomar posse, isto se chamava de degola.

Clientelismo 
Hermes da Fonseca
 (
1910-1914)
 
PRC, militar e político gaúcho
Para o mecanismo de controle funcionar, era preciso do apoio dos chefes políticos regionais e locais, os coronéis, que garantiam o voto dos eleitores de sua área de influência aos candidatos governistas.
Os coronéis eram os líderes políticos do interior, geralmente grandes proprietários de terras. Na realidade os coronéis eram as pessoas mais ricas da região onde moravam, mas entre eles havia também comerciantes, médicos, padres ou advogados. Eles eram a base de sustentação política das oligarquias, representantes e beneficiários do governo estadual nos seus municípios. Controlavam a política nas suas localidades com a autoridade recebida do partido republicano, com poderes para obrigar o eleitorado a votar nos candidatos por ele indicado. Seus métodos de ação eram o clientelismo, ou seja, a relação de dependência entre o eleitor e o coronel por meio de proteção e favores aos clientes (presentes, emprego, escola, etc.), e a força bruta, com seus jagunços.
O sustentáculo da estrutura oligárquica era o pacto entre as elites agrárias, isto é, a política dos governadores. O mundo que deu origem a essa política era o agrário rural. Este teve dificuldades para lidar com os problemas nascidos do processo de crescimento das cidades e do aparecimento de camadas sociais desligados do mundo rural.

Venceslau Brás
(
1914-1918)
PRM, político mineiro
2. A economia estrangeira, rural e industrial
O Brasil continuava dependendo de capital estrangeiro, com uma economia agroexportadora e com um industrialização incipiente, o café ainda era o principal produto de exportação brasileiro, e vai continuar assim até 1929. Contudo outras atividades agrícolas eram representativas no Brasil. Durante a republica velha é que vai se dar os primeiros passos para a industrialização brasileira.

Dependência do capital estrangeiro
Os bancos ingleses, continuavam emprestando dinheiro tanto ao governo quanto aos fazendeiros, com juros altíssimos. O banco inglês, aqui instalado, London and Brazilian Bank, tinha mais capital que o Banco do Brasil.

Os ingleses se concentraram no setor terciário: eram donos de ferrovias, empresas de gás e luz elétrica. Eram também os grandes comerciantes, que compravam e revendiam os produtos primários brasileiros. A partir do início da I Guerra Mundial, diminuiu o capital inglês e aumentou o capital norte americano, mas ficaram concentrados nos setores primário: fazendas e minas; e secundário: indústrias.
Delfim Moreira
 (
1918-1919) PRM, vice-presidente,
 assumiu no lugar
 de Rodrigues Alves,
 impedido de tomar
posse  por doença
Nos anos de 1920, a Ford e a GM instalam montadoras de automóveis no Brasil. No Sul, produtores gaúchos tentam criar frigoríficos próprios, mas não conseguem. Tinham a concorrência dos norte-americanos Armour e Swift. Em 1921, venderam suas instalações para a companhia Anglo. 

Charqueadas gaúchas
Na região de fronteira, continuava a criação de gado, para a fabricação de charque, que abastecia o mercado interno. Durante a I Guerra Mundial, o Sul ira exportar carne para os países envolvidos no conflito, contudo ficaram dependentes dos frigoríficos americanos, alemães e ingleses estabelecidos na região. Nas regiões do Vale dos Sinos e Serra com a colonização alemã e italiana, foi introduzido o modelo de pequena propriedade familiar, que produziram produtos voltado ao mercado interno: banha, arroz, milho batata. Porcos, vinhos e frutas.

Epitácio Pessoa
 (
1919-1922)
PRM, político paraibano
Borracha 
A pós a segunda revolução industrial, começaram a surgir a bicicleta e os automóveis. Para fabricar os pneus era necessário o látex, sua matéria prima para fabricação da borracha. Entre 1890 e 1913 o Brasil tornou-se o maior exportador de borracha do mundo, aproveitando o fato de que as seringueiras, árvores que fornecem o látex, eram naturais da Amazônia.
Nas cidades amazônicas de Manaus e Belém, teatros, igrejas, mansões revelam a riqueza propiciada pela extração do látex. Tinham telefone, eletricidade, bondes e agua encanada, verdadeiro luxo para a maioria das cidades da época. Grandes artistas europeus se apresentaram no belos teatros, pala a elite local.
Se os fazendeiro enriqueciam, e desenvolviam as cidades, os extratores eram pobres e explorados. Geralmente nordestinos fugidos da crise, chegavam nas fazendas sem ter dinheiro, compravam fiado no armazém do dono, e o que ganhavam com o  trabalho não cobria as dívidas, trabalhavam em um regime de servidão.
Artur Bernardes
(
1922-1926)
 PRM, político mineiro
Ingleses e holandeses começaram a investir em grandes plantações em suas colônias asiáticas, especialmente na Malásia e Indonésia. Frente a concorrência estrangeira e a baixa nos preços a partir de 1913 começou o declínio do ciclo. 

Cacau
Nas primeiras décadas do século XX, o cacau plantado no sul da Bahia, em ilhéus, chegou a representar cerca de 4% das exportações. Os fazendeiro e comerciantes enriqueceram, enquanto que os trabalhadores continuavam em situação miserável. As mulheres trabalhavam igual aos homens. Salvador, usufruiu das divisas, grandes construções foram erguidas: palacetes e o teatro municipal. Novamente a concorrência estrangeira atrapalhou a produção nacional. Plantações desenvolvidas nas colônias inglesas na África fizeram o preço baixar.
Washington Luís
(
1926-1930)
PRP, político fluminense,
mas fez carreira
política em São Paulo
Algodão 
Inicialmente era voltado para exportação. Contudo, com o início da industrialização nacional, esta matéria prima apenas conseguiria abastecer as indústrias locais. Em São Paulo, plantava-se algodão em meio as plantações de café.

Açúcar
O Nordeste continuou sua plantação de açúcar, iniciado no mercantilismo. Passou por uma modernização: os antigos engenhos, foi substituído por modernas usinas. Contudo, além da concorrência estrangeira, sofriam internamente com as plantações fluminenses e paulistas.

Demais produtos
Em vários outros estados se produzia feijão, mandioca, milho etc. Muita coisa era plantadas em pequenas plantações, ou terras eram arrendadas, com o sistema de meia. Os camponeses eram subordinados aos coronéis (que detinham as terras arrendadas) e as comerciantes (que os “financiavam”).

Industrialização
O surgimento de fábricas brasileiras foi de modo espontâneo, pois o governo federal não tinha uma política industrial. No século XIX, surgiram poucas fábricas de tecidos (9 ao total). No século XX algumas indústrias instalam-se no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, mas as principais estão no Rio de Janeiro e em São Paulo, aproveitando as divisas deixados pelo café, terem mão de obra e por serem estados com um mercado consumidor em potencial.
Apesar de possuir minérios, como aço e ferro, a indústria nacional era essencialmente de bens de consumo: tecidos, alimentos, bebidas. Uma das raras exceções foi a instalação da siderúrgica estrangeira belgo-mineira, em 1921. Durante a I Guerra Mundial, além de não terem os concorrentes europeus, o Brasil eleva suas exportações de bens de consumo para Europa. Contudo a indústria brasileira era refém das máquinas importadas da Europa e dos EUA.




-República da Espada
-Semana da Arte Moderna
-Guerra de Canudos

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

EM 29 DE SETEMBRO DE 1964, Jornalismo - Publicados pela primeira vez os quadrinhos de Mafalda, personagem criada pelo argentino Joaquín Lavado "Quino", no semanário de Buenos Aires "Primera Plana". 

domingo, 27 de setembro de 2015

União Ibérica


A União Ibérica ocorreu entre os anos de 1580 e 1640 quando Portugal e Espanha foram governados por um único rei. Com ela o Tratado de Tordesilhas deixou de existir, pois Portugal e Espanha passaram a ser um único reino.

1. Caos dinástico
Dom Sebastião de Avis, nasceu em Lisboa no ano de 1557, neto de d. João III de Avis. Foi coroado rei aos três anos de idade, devido a sua menor idade, ficou sob tutela de seu tio avô paterno, o cardeal d. Henrique e por sua avó d. Catarina, sendo educado por padres jesuítas.
Em 1568, assumiu o trono lusitano, com a ambição de ampliar o império português e o cristianismo contra os infiéis mouros. Devido ao seu comprometimento com a Igreja Católica, foi lhe concedido uma bula papal, consagrando-o como cruzado. 
Comandou pessoalmente as campanhas portuguesas na África. Desembarcou em 1574 no Marrocos, não obtendo sucesso. Em 1578 desembarcou novamente no Marrocos com um exército de mais de 15.000 homens, para o segundo enfrentamento. Em 4 de agosto de 1578, durante a batalha de Alcácer-Quibir, seu exército foi derrotado pelo sultão Abd al-Malik, e, d. Sebastião acabou desaparecendo misteriosamente com 24 anos de idade. O desaparecimento do rei, gerou um sentimento de messianismo na população portuguesa, a partir de então acreditou-se que o jovem rei, a qualquer momento, retornaria à Portugal, assumindo o trono novamente.
Em seu lugar assumiu o trono português, seu tio avô o ex-tutor, cardeal d. Henrique de Avis, falecendo em seguida sem deixar herdeiros diretos. Durante seu reinado, o cardeal-rei instituiu um conselho de cinco governadores que, em seguida ao seu sepultamento, assumiu interinamente o governo. 
A dinastia de Avis que reinava desde a consolidação do Estado Nacional português em 1385, desaparecia vítima da falta de herdeiros, ocasionada pela morte prematura do jovem rei em uma batalha e pelas imposições das leis canônicas que impediam o cardeal de ter filhos. O próprio d. Henrique, depois de consagrado rei solicitou ao papa a dispensa do voto do celibato para poder casar-se e deixar um herdeiro dinástico para Portugal, sendo negado pelo o papa.
Vários pretendentes surgiram reclamando o direito da coroa portuguesa: dona Catarina de Médicis, rainha da França, que se dizia descendente de dom Afonso III (que havia governado Portugal no século XV); dona. Catarina, duquesa de Bragança e sobrinha do cardeal d. Henrique (a que reunia maiores direitos); Manuel Felisberto, duque de Savóia e dom Antônio, Prior do Crato, ambos, sobrinhos do rei; Alberto de Parma e Felipe II, rei da Espanha, bisnetos de dom Manuel, o Venturoso.

2. União de Portugal e Espanha
Contando com o apoio da nobreza e burguesia portuguesa, d. Felipe, ordenou a invasão de Portugal. Tropas espanholas chegaram a Lisboa, comandadas pelo duque de Alba, lutaram e venceram o  Prior do Crato, que fugiu para a Inglaterra e d. Felipe foi considerado legítimo sucessor de d. Henrique.

Rei Felipe I de Portugal 

Devido a epidemia da Peste Negra em Lisboa, os Estados Gerais (assembleia que reunia representantes do clero, nobreza e povo) reuniram-se na cidade do Tomar (antiga cede da Ordem de Cristo, versão portuguesa dos Cavaleiros Templários franceses) entre os dias de 16 a 23 de abril de 1581. Felipe II, foi corado rei português sob o título de Felipe I de Portugal. Perante a assembleia aceitou o princípio de ser um rei com duas coroas, jurando manter autonomia jurídica e administrativa aos portugueses.
Portugal passou a ser governado por um vice-rei, nomeado por d. Felipe, contudo os cargos públicos e as administrações das posses coloniais seriam feitos por portugueses. Em 24 de abril de 1581, d. Felipe desembarcou em Lisboa, sendo recebido com festa pelos seus novos súditos.

A Era de Ouro
Por um período de aproximadamente 100 anos, a Espanha viveu seu apogeu, tornando-se o reino mais poderoso da Europa. Seus navios saíam abarrotados de ouro e prata da América. Especiarias chegavam pra os europeus vindos de suas rotas comerciais do oriente. Surgiram grandes artistas.

3. O fim da União Ibérica
O gigantismo do Império espanhol e o comprometimento com a Igreja de Roma trouxeram desgastes econômicos à Espanha. A Espanha estava em guerra com quase todos os países europeus que adotaram religiões protestantes. Toda a riqueza oriunda das Américas foi gasta para a criação de um exército que tinha como principal arma uma Esquadra Naval que ficou conhecida como Invencível Armada Espanhola. O reino lutava ao mesmo tempo em três frentes de batalhas:
- Mediterrâneo: enfrentava o avanço do Império Turco Otomano, o infiel muçulmano;
- Atlântico: enfrentava as poderosas Inglaterra e Holanda, refúgio da heresia protestante; 
- América: o paganismo e o fetichismo dos povos indígenas. 
O espanhol, além de soldado  era um  defensor e vingador da fé católica. Usado como agente para conversão religiosa. Estes esforços de guerra levaram a ruína das finanças espanholas. Após a morte de Felipe II, subiram ao trono outros dois Felipes, o III e o IV, que não conseguiram reorganizar o reino.

Desgastes com as guerras
A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), abalaram os recursos da dinastia Habsburgo (los Áustrias, como os espanhóis os chamam). Em março de 1640, a frota do real espanhola foi batida pelos holandeses na batalha das Dunas. Em junho, aproveitando-se da debilidade de Madri, a Catalunha, liderada por Paul Claris, presidente da Generalitat, rebela-se e expulsa os castelhanos. No ano seguinte, em janeiro de 1641, os catalães batem o exército do rei em Montjuic. 

Consequência da União Ibérica  
O Tratado de Tordesilhas deixou de existir e os colonos portugueses da América passaram a transpor a Linha imaginária de Tordesilhas. 
Os reinos que eram inimigos da Espanha, passaram imediatamente a serem inimigos de Portugal. A Espanha que estava em guerra contra Holanda, fez com que os portugueses cortassem relações comerciais com os Holandeses. Com isto foi quebrado o acordo açucareiro entre Portugal e Holanda, ocasionando a invasão do território brasileiro por parte da Companhia das Índias Ocidentais dando inicio as invasões Holandesas no Brasil. 
Os esforços de guerra levaram a Espanha e Portugal foi para uma crise econômica , devido aos altos gastos.

Rebelião dos Bragança
Cansados dessa situação os portugueses se rebelaram contra o dominação espanhola. Em 1º de dezembro de 1640, o Duque de Bragança em Portugal, apoiado pelo Cardeal Richelieu da França, proclamou-se Rei de Portugal, com o título de  d. João IV,dando início a dinastia dos Bragança. 
Portugal recuperara a autonomia, após 60 anos, em que estivera ligado à Espanha. Anos depois os Holandeses seriam expulsos do Brasil com ajuda de nativos e colonos brasileiros já descontentes com a administração holandesa.
EM 28 DE SETEMBRO DE 1992, Nova República - A Câmara dos Deputados aprova por 441 votos a favor, 38 abstenções e 23 contra, a abertura do processo de impeachment de Fernando Collor de Mello, Presidente da República.

Os Bárbaros

Todos os que não tinham se romanizados, que não falavam Latim ou Grego, eram chamados de bárbaros pelos romanos. Essa denominação abrangia quem não se comportava como romano dentro ou fora das fronteiras do império. Os povos chamados de bárbaros, eram os que viviam fora das fronteiras do império.

1. Economia e sociedade bárbara
Sua economia era baseada na caça, na pesca e na agricultura rudimentar. Não tendo conhecimento das técnicas agrícolas, pois não sabiam reaproveitar o solo esgotado pelas plantações. A propriedade da terra era coletiva e quase todo trabalho era executado pelas mulheres. Os homens, quando não estavam caçando ou lutando, gastavam a maior parte de seu tempo bebendo ou dormindo.  Eram nômades ou viviam em meio as florestas. 
Socialmente eram divididos em clãs, os chefes das tribos ficavam com as melhores terras. estes chefes tribais dariam origem aos senhores feudais.
Quase que inexistia uma organização política elaborada. Eram povos sem administradores, cobradores de impostos e juízes nem tinham leis escritas. Em época de paz eram governados por uma assembleia de guerreiros, formada pelos homens da tribo em idade adulta. Essa assembleia não tinha poderes legislativos e suas funções se restringiam à interpretação dos costumes. Também decidia as questões de guerra e de paz ou se a tribo deveria migrar para outro local. Em época de guerra, a tribo era governada por uma instituição denominada comitatus. Era a reunião de guerreiros em torno de um líder militar, ao qual todos deviam total obediência. Esse líder era eleito e tomava o título de Herzog.
Em suas sociedades tribais, sem uma unidade política, os bárbaros seguiam leis que não eram escritas, mas apoiadas nos costumes, exemplo de lealdade com parentes, chefes e companheiros. A sociedade era patriarcal, o casamento monogâmico e o adultério severamente punido. Em algumas tribos proibia-se até o casamento das viúvas. O direito era consuetudinário, ou seja, baseava-se nos costumes.
A guerra era um elemento central na vida dos povos germânicos, por isso o chefe guerreiro era uma figura muito importante. As vitórias desses líderes nas guerras propinavam terras para a agricultura, garantindo a sobrevivência de todo o povo e o poder da aristocracia.
Inicialmente, os líderes guerreiros eram aclamados por uma assembleia, o comitatus. Os eleitos dirigiam o bando armado nas conquistas e, depois da vitória, dividiam o butim (espólio, saque) entre eles. Com o tempo, essa liderança passou a ser hereditária. Acreditava-se que o eleito descendia dos deuses ancestrais da tribo e era, portanto, uma figura sagrada.
Com a entrada dos germânicos nos territórios romanos, os líderes guerreiros passaram a dominar grandes extensões de terra e tornaram-se reis.
Eram politeístas, mas cada tribo tinha sua própria crença e seus próprios deuses. Cultuavam seus ancestrais e as forças da natureza. Os principais deuses eram: Odim, o protetor dos guerreiros; Thor, o deus do trovão; e Fréia, a deusa do amor. Acreditavam que somente os guerreiros mortos em combate iriam para o Valhala, uma espécie de paraíso. As Valquírias, mensageiras de Odin, visitavam os campos de batalha, levando os mortos. As pessoas que morriam de velhice ou doentes iriam para o reino de Hell, onde só havia trevas e muito frio.
Dentre os grupos bárbaros destacamos os: 
a) Germanos: de origem indo-européia, habitavam a Europa Ocidental. As principais nações germânicas eram: os vigiados, ostrogodos, vândalos, bretões, saxões, francos etc. Entre os povos bárbaros, os germanos foram os mais significativos para a formação da Europa Feudal.
b) Eslavos: provenientes da Europa Oriental e da Ásia, compreendiam os russos, tchecos, poloneses, sérvios, entre outros. 
c) Tártaro-mongóis: eram de origem asiática. Faziam parte deste grupo as tribos dos hunos, turcos, búlgaros, entre outros

2. As invasões bárbaras
Devido à expansão do Império, a partir do século I, os romanos mantinham contato pacífico com povos bárbaros, principalmente os germanos. Muitos desses povos migraram para o Império Romano e chegaram a ser utilizados no exército como mercenários. Porém, no século V, os germanos foram pressionados pelos hunos, que eram de origem asiática que além de violentos e abeis guerreiros eram ambiciosos e deslocaram-se em direção à Europa e atacaram os germanos, levando-os invadir o Império Romano, que enfraquecido pelas crises e guerras internas, não resistiu às invasões e decaiu. No antigo mundo romano nasceram vários reinos bárbaros: 
a) Reinos dos Visigodos: situado na península ibérica, era o mais antigo e extenso. Os visigodos ocupavam estrategicamente a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico, que lhes permitia a supremacia comercial entre a Europa continental e insular. 
b) Reino dos Ostrogodos: localizam-se na península Itálica. Os ostrogodos se esforçaram para salvaguardar o patrimônio artístico-cultural de Roma. Restauraram vários monumentos, para manter viva a memória romana. Conservaram a organização político-administrativa imperial, o Senado, os funcionários públicos romanos e os militares godos. 
c) Reino do Vândalos: o povo vândalo atravessou a Europa e fixou-se no norte da África. Nesse reino houve perseguição aos cristãos, cujo resultado foi a migração em massa para outros reinos, provocando falta de trabalhadores, e uma diminuição da produção. 
d) Reino dos Suevos: surgiu a oeste da península Ibérica e os suevos viviam da pesca e da agricultura. No final do século VI, o reino foi absorvido pelos visigodos, que passaram a dominar toda península. 
e) Reino dos Borgúndios: os borgúndios migraram da Escandinava, dominaram o vale do Ródano até Avinhão, onde fundaram o seu reino. Em meados do século VI, os borgúndios foram dominados pelos francos. 
f) Reino do Anglo-Saxões: surgiu em 571, quando os saxões venceram os bretões e consolidaram-se na região da Bretanha.

As novas invasões
A decadência do Império Romano do Ocidente foi acelerada pela invasão de povos bárbaros.
No processo de invasão e formação dos reinos bárbaros, deu-se ao mesmo tempo, a "barbarização" das populações romanas e a "romanização" dos bárbaros. Na economia, a Europa adotou as práticas econômicas germânicas, voltada para a agricultura, onde o comércio era de pequena importância, se ruralizando. 
Apesar de dominadores, os bárbaros não tentaram destruir os resquícios da cultura romana; ao contrário, em vários aspectos assimilaram-na e revigoraram-na. Isso se deu, por exemplo, na organização política. Eles que tinham uma primitiva organização tribal, adotaram parcialmente a instituição monárquica, além de alguns mecanismos e normas de administração romana. Muitos povos bárbaros adotaram o latim com língua oficial. Os novos reinos converteram-se progressivamente ao catolicismo e aceitaram a autoridade da Igreja Católica, à cabeça da qual se encontrava o bispo de Roma. Com a ruptura da antiga unidade romana, a Igreja Católica tornou-se a única instituição universal europeia. Essa situação lhe deu uma posição invejável durante todo o medievalismo europeu.
Durante toda a Alta Idade Média, o território da Europa central foi alvo de outros povos, tantos migrantes pacíficos como guerreiros conquistadores. Desde o tempo de Carlos Martel, os sarracenos, efetuavam sucessivos ataques no litoral meridional da Europa e avançavam sobre as penínsulas Ibérico e Itálica.
Entre os séculos VIII e X, uma nova onda de invasões varreu a Europa: eram os vikings (normandos), vindos da Escandinávia, e os húngaros ou magiares, vindo do leste europeu (planície Húngara).
Com seus guerreiros a cavalo, os magiares pilhavam a região que hoje vai da Itália à Alemanha. Somente foram derrotados e cristianizados no final do século X. Os vikings fixaram-se ao norte do continente, nas atuais Rússia, Irlanda e Grã-Bretanha. Suas investidas eram muito rápidas: vinham em barcos pequenos e velozes pelos rios e pelo litoral, atacavam e saqueavam. Seu dinamismo e sua técnica de navegação os levaram, entre os séculos VIII e XI, para as regiões mais distantes, como a Islândia, Groenlândia e o norte da América.
Átila, o Huno

EM 27 DE SETEMBRO DE 1540, Reforma Religiosa - Reconhecida oficialmente a ordem dos jesuítas.

sábado, 26 de setembro de 2015

A colonização e a Administração na América portuguesa

As capitanias hereditárias foram o primeiro sistema de administração implantada pela Coroa portuguesa na América

1. As capitanias hereditárias
Como as primeiras expedições não encontraram metais preciosos, somente nos anos 1530, a Coroa portuguesa optou por introduzir aqui a produção de uma artigos muito valorizado na Europa: o açúcar. Porém, para implantar esse cultivo, o governo português não tinha recursos para assumir diretamente a colonização do Brasil, D. João III então, decidiu usar um sistema que tivera sucesso na colônias próximas ao litoral da África; a divisão do território em grandes lotes de terras. A solução foi transferir essa tarefa para particulares. Assim, em 1534, a colônia foi dividida em quinze grandes faixas de terra, as capitanias hereditárias.
Contudo entre 1534 e 1536, foram distribuídas 14 capitanias. As capitanias se estendiam do litoral até a linha imaginária estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas. Cada capitania era comandada por um capitão donatário, escolhido pelo rei entre os nobres portugueses, os chamados fidalgos. Os donatários podiam passar a seus herdeiros o controle sobre as terras que administravam, mas não poderiam vendê-las.

Direitos e deveres dos donatários
As relações entre o rei, os donatários e os colonos eram estabelecidas pela carta de doação. Nela, o donatário era definido como ocupante da terra, mas esta continuava sobe domínio do rei de Portugal. Havia outro documento, o floral, que estabelecia direitos e deveres de todos. Os donatários poderiam conceder lotes para os colonos católicos explorarem, as chamadas sesmarias. Tinham direito de escravizar os indígenas para o trabalho agrícola, montar engenhos, cobrar impostos. 
Poderiam ainda fundar povoados e vilas. Detinham o monopólio da navegação fluvial, das moendas e engenhos, além de aplicar leis nas terras sob sua jurisdição. Tudo isto em troca de defender militarmente o território de sua capitania, de ataques de índios e europeus, além de fazer cumprir o monopólio real do pau-brasil e do comércio colonial e, no caso de serem encontrados metais preciosos, pagar um quinto de seus valor para a Coroa.

O insucesso das capitanias
De todas as capitanias, apenas duas tornaram-se viáveis: a de São Vicente, no sul, cujo donatário era Martim Afonso de Sousa, e a de Pernambuco, no norte, pertencente a Duarte Coelho. Nesses locais, o cultivo de açúcar foi bastante lucrativo e permitiu a continuidade da colonização.
Nas demais capitanias, vários fatores podem ter contribuído para o insucesso:  a distância entre as capitanias e a metrópole; a dimensão territorial das capitanias (algumas com mais de 400 000Km²); vários donatários não possuíam recursos suficientes e por isso nem chegaram a tomar posse de suas terras; os constantes ataques dos indígenas, revoltados com a escravização e os ataques de piratas e corsários franceses.

2. Os governo gerais
Com o insucesso do sistema da capitanias, a Coroa portuguesa criou o governo-geral, um centro político para administrar toda a América portuguesa. O novo sistema de governo-geral não eliminou as capitanias hereditárias, mas as completou. Foi criado oficialmente em 1548, por meio de um documento denominado Regimento Real. De acordo com ele, o governador-geral nomeado pelo rei deveria cuidar da colonização e da justiça, organizar as rendas, nomear funcionários para todas as capitanias, incentivar a lavoura de cana-de-açúcar, procurar metais preciosos no interior, defender os colonos e explorar o pau-brasil.
Entre 1548 e 1572, o Brasil teve três governadores-gerais: Tomé de Souza, Duarte da Costa e Mem de Sá. Seus auxiliares diretos eram: o ouvidor-mor (responsável pela justiça, perdão ou castigo aos réus); o provedor-mor (encarregado das finanças, arrecadação e gastos); e o capitão-mor, responsável pela defesa e vigilância do litoral.

A primeira capital
Para sediar o governo geral do Brasil, a capitania da Bahia de Todos-os-Santos foi comprada pela Coroa dos herdeiros de seu falecido donatário e transformou-se em capitania real, sendo controlada diretamente pela metrópole. A área era naturalmente bem protegida. Assim, em 1549, nasceu a cidade de salvador, a primeira capital da colônia. Ali também se instalou a sede do primeiro bispado, responsável pelos assuntos religiosos em toda a colônia.

As Câmaras Municipais
As decisões sobre a vida cotidiana dos colonos cabiam às Câmaras Municipais, responsáveis pelo governo das vilas e cidades. Algumas atribuições das Câmaras eram: regular as edificações das cidades e a limpeza das ruas; fixar penas para os que faltassem às procissões; controlar pesos e medidas dos produtos feitos pelas artesãos; determinar a prisão dos acusados de perturbar a ordem.
Somente os chamados homens-bons (proprietários de terras e escravos, que eram portugueses ou seus descentes) podiam ser eleitos vereadores das Câmaras Municipais
Aqueles que exerciam trabalhos manuais, os degredados e os não cristãos não podiam ser eleitos. O comando político das vilas e das cidades estava nãos mãos de uma minoria, formada pelos homens-bons.

Governo de Tomé de Sousa
Foi o primeiro governador-geral. Instalou-se na Bahia de Todos os Santos, onde fundou a primeira capital da colônia em 1549, Salvador. Trouxe centenas de colonos aos quais doou sesmarias para que formassem fazendas. A atividade principal era a lavoura de cana-de-açúcar, mas também se desenvolveu a pecuária. 
Veio no mesmo navio um grupo de jesuítas, liderados pelo padre Manuel da Nóbrega. Fundou o primeiro bispado da colônia, dando início ao trabalho de catequese dos indígenas, os religiosos pretendiam fazê-los abandonar suas crenças e convertê-los ao catolicismo.

Governo de Duarte da Costa
Ao chegar, em 1553, trouxe colonos e jesuítas, entre os quais José de Anchieta. Nesse governo, o Brasil foi ocupado por franceses, iniciando uma guerra que durou mais de dez anos. Por sua atividade na catequese indígena, Anchieta ficou conhecido como “o apóstolo do Brasil”.

Governo de Mem de Sá


Ao chegar, em 1557, procurou restabelecer o completo domínio luso na colônia, concentrando esforços na expulsão dos franceses. Também, por sugestão da coroa, foram organizados em várias regiões da colônia, as missões ou reduções indígenas, que fortaleceu a colonização portuguesa.

O governo de Mem de Sá, que durou 16 anos, consolidou o domínio português na América: além de expulsar os corsários franceses, pacificou os indígenas rebeldes e, utilizando-se de poucos recursos, fortaleceu as atividades econômicas na colônia. O próprio Mem de Sá acumulou riquezas (dois grandes engenhos, escravos, gado, além de significativa soma em dinheiro. Foi homenageado por Anchieta em um dos seus poemas, “Feitos de Mem de Sá”.

A divisão em dois governos-gerais
Com a morte do governador Mem de Sá, em 1752, a Coroa decidiu dividir a administração da colônia entre dois governadores: D. luís de Brito, que ficou com a porção norte, com a capital salvador, e, D. Antônio Salema, que se estabeleceu na porção sul com a capital no Rio Janeiro. Em 1578, a administração voltou a ser unificada até 1621.