Cultura Chavín
Entre
os anos de 1000 a.C., e 200 a.C., um agrupamento humano se estabeleceu no
território do atual Peru, o qual foi denominado de cultura Chavín
Economia
Inicialmente,
os chavín viviam da pesca, principalmente de enchovas, realizada em pequenos
barcos e com redes bem finas. Para facilitar o armazenamento e o transporte, os
peixes eram secos e moídos.
Pintura em tecido de algodão |
Com
o passar do tempo, a pesca deixou de ser a principal atividade econômica,
cedendo lugar para a agricultura. A construção de grandes canais para a irrigação,
permitiu desenvolver as culturas de abóbora, batata, feijão, milho, algodão,
aipim e abacate.
O
comércio era praticado por eles assim como o artesanato. Produziam objetos de
ouro, cerâmica e tecidos decorados com figuras geométricas representando seres
humanos e animais.
Religião
Os
chavín ergueram grandes centros cerimoniais composto de montes piramidais construídos
com adobe e pedras, com 6 a 18 metros de altura e até 450 metros de
comprimento. O mais famoso templo, foi construído no ano 850 a.C., e ficava
próximo do local onde seria edificada a cidade de Chavín de Huantar.
Ruínas do templo Chavín datado de 850 a.C. em Chavín de Huantar, Peru |
Diante
do templo estendia-se um pátio retangular. Dentro dele havia outro pátio
circular, que ficava cerca de 5 metros abaixo. Para permitir o acesso a ele
foram construídas escadas.
Dentro
do templo havia um cômodo principal, no qual era escavado um buraco para o fogo
sagrado, em que a população se reunia para prestar culto comandado pelos
sacerdotes. Os sacerdotes acumulavam a chefia política e constituíam o mais
rico grupo da sociedade chavín.
Os
chavín ofereciam aos seus deuses conchas e objetos de quartzo. Eles também
adoravam o jaguar, considerado senhor da floresta, e o caimão, um animal
semelhante ao jacaré, considerado o senhor das águas.
O
declínio de Chavín de Huántar está relacionado com a instabilidade e revolta
sociais ocorridas entre 500 e 300 a.C., o que teria provocado seu declínio,
resultando no abandono do local. Um tempo depois, uma pequena aldeia ocuparia a
praça circular do templo antigo e algumas pedras do complexo foram reutilizadas
em novas construções.
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