terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Último Reinado (1070 a.C. à 332 a.C.)


Apesar de sua força, os faraós continuaram a enfrentar revoltas internas. Por volta de 1070 a.C., líderes religiosos rebelaram-se contra o governo central e acabaram assumindo o poder. Esse acontecimento é considerado o marco inicial do último reinado, caracterizado por invasões dos assírios e dos persas ao território controlado pelos egípcios.
Invasões
Após a morte de Ramsés XI em 1070 a.C., Smendes assumiu a autoridade sobre a parte norte do Egito governando a partir da cidade de Tânis. O sul foi efetivamente controlado pelos sumos sacerdotes de Amon em Tebas, que reconheceram Smendes apenas formalmente. O sacerdote Piankh conseguiu deter a expansão do Reino de Kush que havia dominado boa parte do Alto Egito.
Durante este período, os líbios tinham se instalado no Delta Ocidental, com o passar do tempo os líderes tribais começaram a aumentar sua autonomia. Os príncipes líbios assumiram o controle do delta sob Shoshenk I em 945 a.C., fundando a dinastia chamada Líbia ou Bubastilas que governaria por cerca de 200 anos. Shoshenk também ganhou o controle do sul do Egito, colocando seus familiares em importantes cargos sacerdotais, como forma de controlar o poder dos sacerdotes de Amon de Tebas. Shoshenk também invadiu a Palestina durante o reinado do rei Roboão assim como também restaurou o comércio com Biblos, aumentando a poder da dinastia.
Sob Osorkon II, o Egito auxiliando os reinos Sírio-Palestinos conseguiu defender-se dos assírios. Muitas guerras civis se seguiram o que causou a divisão administrativa do Egito sob várias dinastias. O controle líbio começou a ruir quando duas dinastias rivais surgiram, uma centrada em Leontópolis (XIII dinastia) e outra em Saís (XXIV dinastia). No entanto, a constante ameaça cuxita do sul forçou as três dinastias se unirem para combatê-los.
Em 770 a.C., os cuxitas invadiram e dominaram o Egito. Seu imperador Kashta, assumiu o poder como faraó. Teve início, assim, uma dinastia de faraós cuxitas, a XXV dinastia. Os representantes desta dinastia, utilizavam uma coroa com imagem de duas serpentes, simbolizando seu domínio sobre dois reinos: Kush e Egito.
O governante cuxita Taraca, foi enterrado em uma pirâmide construída na atual cidade de Nuri, próximo das montanhas de Jabel Barcal. A partir de então, a localidade passou a abrigar uma grande quantidade de pirâmides.
Com a dinastia cuxita, o Egito conheceu uma série de
faraós negros
O prestígio de longa data do Egito diminuiu consideravelmente. Seus aliados estrangeiros haviam caído sob a esfera de influência assíria, e em 700 a.C., a guerra entre os dois países era inevitável. O faraó Chabataka empreendeu uma batalha contra os assírios saindo vitorioso. Seu sucessor, Taharka, incentivou revoltas na Palestina assíria assim como conseguiu, em 673 a.C. expulsar os assírios das redondezas.
A partir do ano 671 a.C., os assírios começaram seus ataques contra o Egito. Em 657 a.C., o Egito foi dominado pelos assírios, ocupando Mênfis, e saqueando os templos de Tebas e os cuxitas foram expulsos.
Em 653 a.C., o rei Psamético I expulsou os assírios com ajuda de mercenários gregos. Os gregos também formaram a primeira marinha do Egito. Contudo, a autonomia egípcia não iria durar por muito tempo.

Em 525 a.C., os persas, liderados por Cambises II, começaram sua conquista do Egito, eventualmente, capturando o faraó Psamético III na Batalha de Pelusa. Cambises II, em seguida, assumiu o título formal de faraó, governando o Egito de Susa, deixando o Egito sob o controle de uma satrapia. Em 332 a.C., foi a vez dos gregos, por meio de Alexandre, o Grande, conquistar o Egito das mãos dos persas.








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