domingo, 31 de janeiro de 2016
Índia
Antiga
A
decadência
das cidades harapenses, fez com que no ano 1900 a.C., a população migrasse para o Vale do Rio Ganges. Por volta de 1500 a.C., grupos nômades indo-europeus, chamados de árias ou arianos, vindos da Ásia Central, a procura de pastagens para seus rebanhos, invadiram a região do vale do rio Ganges e dominaram seus habitantes.
das cidades harapenses, fez com que no ano 1900 a.C., a população migrasse para o Vale do Rio Ganges. Por volta de 1500 a.C., grupos nômades indo-europeus, chamados de árias ou arianos, vindos da Ásia Central, a procura de pastagens para seus rebanhos, invadiram a região do vale do rio Ganges e dominaram seus habitantes.
Era védica
Com
o decorrer do tempo, estes agrupamentos humanos foram se fixando na região,
cultivando arroz, cevada, algodão, trigo e cana-de-açúcar. Dividiram-se então,
em vários povoados, governados por um chefe, o rajá, e um sacerdote.
Com
o passar do tempo, esses povoados foram crescendo. No século VI a.C., estes
povoados já se constituíram-se em 17 pequenos reinos, e passaram a expandir
seus domínios sobre o vale do rio Ganges. No século V a.C., o reino de Magadha subjugou os demais 16 reinos,
passando a dominar as rotas comerciais ao longo do rio ganhes, até a baía de
Bengala.
Cultura
As
lutas entre grupos arianos, pelo controle das terras próximas ao rio Ganges, deram
origem a um conjunto de hinos religiosos, preces, fórmulas mágicas, poemas e
contos muito antigos, repassados pela tradição oral pelos indianos, por 400
anos. Foram reunidos e escritos em sânscrito - língua escrita e falada pelos
indianos na época.
Sociedade

-Brâmanes: casta dominante, composta pelos . sacerdotes;
-Xátrias: formada pelos nobres guerreiros;
-Vaixás: comerciantes, artesãos e agricultores, eram obrigados a pagarem impostos e a servir na guerra;
-Sudras: constituída pelos servos, trabalhadores e dependentes do seu senhor;
-Párias: sem casta, chamados de intocáveis. Eram excluídos de direitos por serem considerados impuros por desobedecerem as leis religiosas.
Religião
A
religião ariana estava relacionada com às forças da natureza, como vento, fogo
e tempestade. Os deuses eram como os humanos, que se alegravam diante de
presentes e se entristeceriam diante do desprezo. Por esta razão, antes dos
arianos solicitarem um pedido, de boa colheita ou cura, os arianos faziam
sacrifícios ou ofertas de ouro e bebidas.
Por
volta do século VII a.C., houve uma fusão das culturas Harapense com a ariana e
surgiu o hinduísmo. Foram mantidas as divindades arianas e introduzido um deus
superior, o Brahma, que abrangeria
todo o universo.
Segundo
a crença hindu, o universo é constantemente destruído e reconstruído. Essa renovação
contínua é realizada através de três deuses: Brahma, Vishnu (o deus
preservador) e Shiva (simultaneamente
o criador e destruidor).
![]() |
Shiva a esquerda, Parvati a direita e Ganesha ao centro |
Shiva é o símbolo da regeneração, da
renúncia, da procriação é o criador do ioga e protetor dos ascetas- aqueles que renunciam aos prazeres mundanos- sua
representação com a palma da mão estendida, representa proteção. Shiva, é casado com Parvati (filha do Himalaia, montanha-deus), ela é considerada a suprema Mãe Divina e
todas as outras deusas são vistas como sua encarnação ou manifestação. Do
casamento de Shiva e Parvati, nasceram Ganesha (corpo humano e cabeça de elefante) é o deus que remove
obstáculos, guardião das estradas, patrono das letras e da aprendizagem; Skanda o deus guerreiro
O
bramanismo ou hinduísmo influencia diretamente a vida dos indianos. Desde a
manutenção do sistema de
castas, até na alimentação.
Carma
Para
justificar o sistema de castas, foi criado uma explicação religiosa, que
acabaria por se tornar um dos pontos importantes do hinduísmo é a reencarnação.
A alma passaria por um ciclo de encarnações, o samsara, para haver uma evolução da alma. Quando a alma atingir seu
nível superior, o moksha, já não será
mais necessário reencarnar. Esse seria o momento de libertação total do ser.
A
crença na reencarnação está ligada à ideia do carma, onde o universo é regido por uma lei inalterável, que
determina a secessão dos acontecimentos, aos quais as pessoas teriam de passar.
Assim, o modo de vida atual, que alguém enfrenta, é reflexo as vidas
anteriores. Para se libertar do samsara,
o indivíduo, deve percorrer alguns caminhos na sua vida terrena:
-Caminho do
conhecimento:
percebendo o mundo como ele realmente é, superando as ilusões criadas pela
ignorância;
-Caminho da ação: aceitar o sofrimento e renunciar
aos desejos materiais;
-Caminho da santidade
individual:
conseguido através da meditação, orações e a prática da ioga.
Importância dos
animais
A
dieta hindu, é vegetariana, excluindo o consumo da carne. A vaca é associada a
bondade. Shiva é representada,
algumas vezes, mantado em um touro branco, o Nandi, é ele quem o leva para as batalhas contra o demônio. O leão
é acossado a Parvati. O rato é
associado a Ganesha, porque é capaz
de abrir qualquer caminho, roendo o que encontra pela frente.
Na
cidade de Jaipur, ao norte da Índia, os macacos andam livremente, sem serem incomodados.
Segundo a crença, os macacos ajudam o deus Rama
a resgatar sua mulher Sita, das mãos
de Ravana, divindade ligada ao mal.
Importância do rio
Ganges
A
queima dos corpos após a morte é outro traço marcante dos indianos. Segundo
eles, Agni, o deus do fogo, consome
o corpo durante a queima e Yama, o
deus da morte, preserva a alma até a próxima encarnação. O ritual é feito às
margens dos rios, em especial ao Ganges, que os hindus acreditam ser o mais
sagrado. Ao menos uma vez em vida, os indianos têm que se banharem nas águas do
rio Ganges, para um ritual de purificação.
O budismo surgiu na
Índia
O
budismo surgiu na Índia, por volta do ano 500 a.C., mas não teve boa aceitação
no país. Contudo a doutrina budista se espalhou pelo oriente, principalmente no
Japão. O nascimento dessa doutrina está
ligado à história de vida do príncipe Sidarta Gautama, o qual vivia em um
palácio cercado de luxo e riqueza.
Insatisfeito
com a vida que levava, com 29 anos de idade decidiu abandonar tudo e vagar pelo
mundo. Após anos de meditação, o príncipe alcançou a iluminação espiritual,
torando-se Buda, que significa, o
iluminado. A partir de então, passou a pregar sua doutrina em todas as regiões
da Índia.
Buda,
se opunha ao sistema de castas, ganhando muitos adeptos, nas castas inferiores.
Um dos principais pontos da sua doutrina é a afirmação de que o caminho para a
superação dos sofrimentos atuais é conseguido através da purificação moral e
espiritual.
Coreia Antiga
A
Coreia foi povoada pela primeira vez, no paleolítico, pelas tribos Tungus, cuja
identidade cultural viria a marcar profundamente o território. As amostras de
cerâmica mais antigas encontradas na Coreia datam de 8000 a.C., e o período
Neolítico começou antes de 6000 a.C., seguido pela Idade do Bronze, por volta
de 2500 a.C.
A
primeira dinastia que governou a Coreia foi Tangun, cujo primeiro rei governou
a partir do ano 2333 a.C. Esse primeiro reino, com capital em Pyongyang, durou
12 séculos e dele se conservam alguns monumentos, altares e tumbas. Chegou ao
fim em 1122 a.C., após a invasão chinesa que, encabeçada por Kija, estendeu-se
por toda a península coreana até parte da Manchúria (nordeste da China).
O
reino de Kija ficou conhecido com o nome de Choson ("sossego da
manhã", "terra tranquila" ou "bela manhã"), chegando a
se estender da península até a Manchúria. Kija foi sucedido por monarcas
coreanos, como Yi Pyong-do, até que um de seus descendentes foi derrotado pelo
usurpador Wiman, em 194 a.C.
A
influência chinesa, já forte, aumentou com as conquistas e colonização dos Han
do oeste, em 108 a.C.. Após dominar a Coreia, o imperador chinês Wudi (Wuti)
subdividiu o país em quatro colônias organizadas de forma hierárquica e centralizada,
segundo a concepção confucionista do Estado.
Neste
meio tempo, os Estados do sul da Coreia agiam como uma ponte entre o continente
e o Japão. Pouco a pouco, a aristocracia coreana recuperou o poder sobre o
país, que formalmente continuou submetido à soberania chinesa. Os coreanos,
porém, haviam adotado o uso de metais trabalhados, o que, junto com outros
avanços técnicos e sociais, situava sua civilização entre as mais desenvolvidas
da Ásia oriental, depois da China.
O Japão Antigo
Devido ao isolamento do arquipélago japonês, sabe muito pouco sobre a história antiga do Japão.
Origem
A
ocupação do atual arquipélago japonês deu-se m torno de 35000 a.C., quando povos,
migraram para o leste do contente asiático, em busca de animais para caça e
frutos para coleta. Esta migração, foi feita através de faixas de terra que se
tornaram os estreitos da Coréia, Tsushima, La Pérouse e Tsugaru.
Após
a última idade do gelo, por volta de 12 000 a.C., o rico ecossistema do
arquipélago japonês promoveu o desenvolvimento humano. O período pré-cerâmico
foi seguido de duas culturas neolíticas, a de Jomon, considerada a mais antiga do mundo e posteriormente a Yayoi.
Cultura Jomon
A
cerâmica Jomon foi utilizada desde 8000 a.C., até o ano 300 a.C., neste
período, com o derretimento do gelo, e o aumento do nível do mar, a região foi transformada
em um arquipélago, isolando a população do resto da Ásia. Era baseada na
fabricação de instrumentos de pedra polida e de objetos de cerâmica, embora
ainda não se conhecesse a agricultura e a confecção de tecidos. Os japoneses
desse período viviam da caça, da pesca e da coleta.
Cultura Yayoi
A
cultura Yayoi desenvolveu-se entre os anos 250 a.C. e 250, aproximadamente.
Surgiu em Kyushu, impôs-se sobre a cultura Jomon e alcançou as zonas
setentrionais de Honshu. O cultivo do arroz, possivelmente trazido do sul da
China, foi um dos principais traços dessa cultura.
Dominavam
a confecção de tecidos de fibras vegetais, utilizavam metal e enterravam-se os
mortos em urnas de argila ou em pesados cofres de pedra. Neste período
iniciaram as guerras pelo poder, entre as aldeias, existindo uma rivalidade
entre elas.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Civilização
Harapense
A
civilização Harapense, foi
uma das mais evoluídas que já existio, Mohejo-Daro e Harapa, foram as primeiras
cidades planejas construídas.
Origem
Agrupamentos
humanos, se povoaram há cerca de 30 mil anos, ao norte da atual região conhecida
como subcontinente indiano, na Ásia. Esses grupos se concentraram no vale do
rio Indo, em terras dos atual Paquistão, próximo à fronteira com a Índia.
Em
torno do ano de 3000 a.C., dois desses povoados já haviam se transformado em
grandes centros urbanos, com cerca de 30 mil habitantes cada um. Eram
Mohejo-Daro e Harapa, que juntas se transformaram no centro da civilização harapense.
Mohejo-Daro e Harapa
As
duas cidades se caracterizaram pelo planejamento urbano. Ambas foram
construídas sobre plataformas, de até 12 metros de altura, para enfrentar a
cheia do rio Indo. Possuíam largas avenidas em formas retangulares. A população
dispunha de agua encanada e sistema de esgoto.
Agricultura
A
agricultura era a base da economia Harapense. Cultivavam trigo, cevada, tâmara, damasco,
ervilha, gergelim e melão entre outros. As duas cidades dispunham de um sistema
de armazenamento dos excedentes agrícolas. Os habitantes do vale Indo, foram os
primeiros a cultivar algodão, para a produção de tecidos.
Artesanato
A
civilização Harapense, desenvolveu um artesanato diversificado, que servia para
uso doméstico ou para destino do comércio, produziam:
- Instrumentos e
armas, como
martelo, facas, machados, brocas, espadas e flechas, feitos de pedra, osso,
madeira, bronze, cobre, chumbo e estanho;
- Utensílio
domésticos, como
panelas, travessas, jarras, potes e copos, feitos de argila, utilizados tanto
para fins decorativos como para o dia a dia;
-Joias, como braceletes, pentes e agulhas
de ouro, feitos com faiança[1], jade, turquesa e outras
pedras semipreciosas.
Comércio
O
comércio era forte entre as duas cidades. Os produtos comercializados variavam:
desde alimentos produzidos no vale Indo até objetos artesanais como joias,
pedras semipreciosas, utensílios domésticos e roupas. As joias, peças de
cerâmica e armas harapenses eram muito apreciadas por outros povos, em especial
os da Mesopotâmia.
![]() |
Sinetes, contendo inscrições harapenses, com data de 2500 a.C. |
Escrita
Para
facilitar e ampliar as transações comerciais, os mercadores criaram um sistema
de pesos e medidas válido para toda a região do Indo. Também utilizavam
pequenos sinetes (selos de pedra ou argila) entralhada para marcar suas
propriedades e mercadorias. Os sinetes possuíam figuras e um conjuntos de
sinais. Existiam em torno de 420 signos ou sinais.
Religiosidade
Os
harapenses adoravam uma deusa-mãe, com seios grandes, quadris largos e cabelos
penteados. Existia outro deus, cercado de animais, com chifres e ele era
representado, geralmente, sentado na posição de lótus e semilótus,
característica da ioga.
Declínio
Por
volta de 2000 a.C., a civilização Harapense entrou em declínio, provocado por
desastres ecológicos resultantes do desmatamento excessivo e da falta de água
para irrigação nas áreas agrícolas. A população abandonou a cidade e migraram
em direção ao vale do rio Ganges.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
A China Antiga
A
civilização chinesa surgiu às margens do Rio Amarelo, a partir da reunião de
aldeias neolíticas. Um longo período de disputas e combates antecedeu a
formação do Império Chinês.
Origem
O
homem habitava a China há quase 2 milhões de anos atrás. Por volta de 7.000
a.C. durante o período Neolítico, o território da atual China foi ocupado por
grupos seminômades de caçadores e coletores. Aproximadamente em 5000 a.C.,
esses humanos passaram a se organizar em tribos, estabelecendo a divisão das
tarefas: alguns praticavam a agricultura e outros a pecuária. Passaram também a
construir casas mais permanentes, o que indica o início de um processo de
sedentarização.
Na
época existiam seis culturas nos vales dos rios Huang-He (Amarelo) e Yang-Tsé
(Azul). O rio Amarelo tem esse nome por causa do loess, um sedimento amarelo
rico em calcário. Nessas terras férteis, a agricultura foi desenvolvida com o
cultivo do arroz e o painço.
As
culturas Yangshao e Longshan
No
Neolítico, o Vale do Rio Amarelo abrigava culturas importantes, como a Yangshao
e Longshan. Em suas aldeias praticavam-se a agricultura e a criação de cães,
porcos, bois, ovelhas e galinhas. As primeiras cidades da região surgiram a
partir de aldeias Longshan, que eram cercadas por muros de terra batida.
Os
artesãos dessas culturas produziam objetos de cerâmica, alguns com desenhos. Os
povos da cultura Yangshao também tinham o costume de usar grandes jarros de
cerâmica para enterrar os mortos.
Eles já dominavam a técnica da produção de seda. O tecido era confeccionado por meio de uma roca de fiar,feita de pedra, de lá saiam os fios, os quais produziam as roupas.
Eles já dominavam a técnica da produção de seda. O tecido era confeccionado por meio de uma roca de fiar,feita de pedra, de lá saiam os fios, os quais produziam as roupas.
Organização e poder
Apesar
da centralização do poder continuavam existindo chefes, geralmente grandes
proprietários de terras, que mantiveram o poder local. Apenas a dinastia Han
(206 a.C. – 220 d.C.) consolidou a centralização do poder e ampliou o território
chinês por meio de guerras externas e maior intercâmbio comercial.
A dinastia Hsia e
Shang
Por
volta de 1800 a.C., numa disputa entre tribos rivais, foi instituída a primeira
dinastia chinesa, Hsia, que durou até cerca de 300 anos. Foi substituída pela
dinastia Shang (1500 a.C.- 1100 a.C.).
O
fundador da dinastia Shang, o rei Chengtang, dominou a região central e o Leste
do vale do Rio Amarelo e fundou a sua capital na cidade de Xibo, onde seus
descendentes governaram por 400 anos.
Xibo
era bastante desenvolvida, com edifícios bem planejados e um eficiente sistema
de defesa, composto por extensas muralhas que defendiam a cidade.
No
período Shang, o comércio e a tecnologia do bronze tiveram grande
desenvolvimento. Além disso, iniciaram-se atividades como a tecelagem da seda e
a produção de cerâmicas brancas esmaltadas.
A dinastia Zhou
No
final do ano 1100 a.C., os Zhou, povo vindo do Oeste, tomaram a capital e
derrotaram os Shang, iniciando uma nova dinastia. Nesta dinastia foi unificado
o território invocando a autoridade conferida pelos deuses. O Mandato do Céu.
Outra forma de reforçar seu poder foi difundir sua língua e escrita.
O
domínio da dinastia Zhou enfraqueceu a partir do século VIII a.C. Os nobres
tornaram-se cada vez mais fortes, e centenas de pequenos reinos surgiram,
desafiando a autoridade do poder central. Entre os séculos V e VII a.C., sete
reinos enfrentaram-se violentamente, período chamado de reinos combatentes.
A dinastia Qin
Em
214 a.C., o período de fragmentação política chegou ao fim com a vitória de Qin
Shi Huang, do reino Qin. Ele anexou territórios dos outros reinos e
proclamou-se imperador dos chineses.
O
imperador criou um estado centralizado, com base em um código de leis que
abrangia todos os aspectos da sociedade chinesa. Para reforçar o poder
imperial, tomou medidas importantes, como a construção de grandes obras de
irrigação e a imposição de uma única moeda e em único sistema de escrita para
toda a China.
O
imperador Qin Shi Huang, iniciou a construção da Grande Muralha. Também mandou
queimae muitos livros e textos contrários ás suas ideias morais e políticas.
Quando morreu foi enterrado em uma tumba monumental. Sua morte deu início a
agitações políticas e revoltas populares. Um de seus líderes rebeldes foi Liu
Panga, que fundou a dinastia Han em 206 a.C.
A dinastia Han
A
dinastia Han restabeleceu o império e expandiu o território para regiões que
hoje correspondem ao Vietnã, às Coreias e à Ásia Central. Para controlar esses
vastos domínios, o imperador contava com o auxílio de funcionários palacianos
escolhidos mediante exames públicos.
Nesse
período, muitos povos e culturas diferentes viviam na China. Para reforçar a
autoridade estatal, o imperador ampliou o exército e impôs um sistema unificado
de pesos e medidas.
Foi
no período Han que se estabeleceu a Rota da Seda, a principal via comercial
entre a china e o Ocidente. A ampliação dos contatos comerciais contribuiu para
o desenvolvimento cultural da China e para o surgimento de uma nobreza urbana e
mercantil.
Organização social
Como
toda civilização, a chinesa também possuía uma hierarquia social.
O
imperador
Os
chineses antigos acreditavam que o imperador tinha a função de manter a
harmonia entre o mundo natural e o sobrenatural. Segundo essa crença, o
imperador mantinha um espécie de contato com o céu, através do qual recebia um
mandato para governar. Por esse contato, ele passava a ser o representante do
céu na Terra e manteria o cargo enquanto permanecesse como um homem de
virtudes.
O
julgamento das virtudes do imperador era atribuição exclusiva de céu e não
estava relacionado com suas ações ou forma de governar. Os chineses acreditavam
que os deuses manifestavam sua insatisfação em relação ao imperador por meio de
sinais: catástrofes naturais, conflitos sociais ou invasões de outros povos.
Com esses recados, os deuses anunciavam o fim do contrato entre o céu e o
imperador: ele podia ser substituído, por outro a qualquer momento, deixando de
ser mandatário do céu.
Essa
crença tornava legítima qualquer tentativa de derrubar o imperador: se um
adversário tentasse tomar seu lugar e não conseguisse, era sinal de que o
imperador ainda tinha o apoio do céu. Se, ao contrário, o adversário tivesse
sucesso, era sinal que o céu desaprovava este imperador.
Altos funcionários
O
imperador nomeava um grande número de funcionários que iriam ajuda-lo na tarefa
de governar o extenso território chinês. Diariamente, o imperador realizava
audiência durante as quais os funcionários relatavam os problemas do reino, e
ele tomava as decisões.
Os
altos funcionários era escolhidos diretamente pelo imperador. Esses homens
tinham como funções: cobrar impostos. Ministrar a justiça, assegurara o
policiamento, estabelecer calendário dos trabalhos, ordenar a construção e
manutenção das estradas, dos canais, das barragens e dos sistemas de irrigação,
estes altos funcionários, detinham um alto poder e foram denominados mandarins.
Além
dos mandarins, havia intelectuais a serviço do governo. Eles eram escolhidos
mediante concursos, dos quais só poderiam participar homens letrados. Poderiam
assumir funções culturais, como os poetas, ou desenvolver estudos científicos e
tecnológicos. A eles deve-se a invenção de instrumentos para facilitar a
navegação, como a bússola e a melhoria das técnicas agrícolas como irrigação e
bombeamento de água e a produção da seda. Tais invenções comprovam a grande
tecnologia desenvolvida pelos chineses, pois todas eles exigiam não só o
domínio dos cálculos e dos princípio da física, como também conhecimentos de
química.
A vida no campo
Havia
um pequeno grupo de pessoas que possuía a maior parte das terras e controlava a
produção agrícola. Mesmo tendo que se submeter ao poder do imperador mantinham
privilégios herdados dos seus ancestrais nobres. Viviam longe da capital do império,
mas tinham prestígio suficiente para influenciar as questões públicas em suas
localidades, constituindo, assim, uma nobreza local.
Porém,
não existiam somente os grandes proprietários rurais. Havia aqueles que
possuíam propriedades de tamanho médio e empregavam um pequeno número de
trabalhadores, e outros que tinham pequenas propriedades, onde trabalhavam
apenas os membros da sua família. Utilizavam instrumentos como o arado puxado
por bois e colocavam os filhos para realizar a semeadura. Esses pequenos
proprietários produziam apenas para a própria subsistência.
Agricultores
sem condições para arrendar terras vendiam o seu trabalho para os grandes
proprietários de terras, em troca de parte da colheita. O camponês assalariado
estava obrigado, de tempos em tempos, a prestar serviços gratuitos em obras
públicas.
A vida na cidade
Alguns
artesãos eram contratados pelo governo para confeccionar os tecidos para a
vestimenta do imperador e de sua família. Havia artesãos que estavam a serviço
dos altos funcionários ou grandes proprietários de terra, bem como pequenos
tecelões, que trabalhavam por conta própria.
Outro
trabalhador, característico era o puxador de carruagens, que transportavam
mercadorias e pessoas, em curtas distâncias, especialmente os homens ricos.
Essa forma de transporte esteve presente até meados do século XX.
Para
as grandes distâncias, era utilizados os barqueiros (a China tem um grande
número de rios navegáveis), que conduzia os barcos movidos a remo, que possuíam
diferentes formatos. Alguns eram dotados de cabines cobertas com esteiras e
serviam para transportar pessoas. Outros, mais simples, eram utilizados para o
transporte de carga e mercadorias.
Havia
diversos tipos de comerciantes que atuavam nos mercados das grandes cidades.
Esse grupo cresceu significativamente com as conquistas dos chineses sobre os
territórios vizinhos.
Moradias chinesas
As
casas da maioria dos chineses ricos eram construídas com adobe ou madeira, com
vários pavimentos. O piso da sala era coberto por tapetes e tecidos com lã
colorida, sobre os quais havia muitas almofadas, que serviam para sentar. Os
quartos tinham as paredes cobertas de tecidos finos bordados.
Alguns
homens pobres das cidades procuravam imitar os ricos. Cobriam o piso de suas
casas com peles de animais e ornamentavam as paredes com tecidos bordados. Suas
casas, porém eram bem menores que as dos ricos, dispondo apenas de um quarto
para toda a família. Para garantir a privacidade, usavam biombos pintados para
separa as camas.
Os
camponeses viviam em suas casas bem mais simples. De modo geral, a estrutura
dessas casas era feita com varas cruzadas, as paredes de barro e o teto de
sapé. Eram formadas por um único bloco subdividido com divisórias de madeira.
Ao fundo ficava a lareira, que servia ao mesmo tempo para cozinhar e aquecer o
ambiente. Os poucos utensílios, jarros, bacias e panelas serviam para preparar
e armazenar seu alimento básico: arroz. Nos dias de festa, completavam a
refeição com carne de porco ou de cachorro.
À
noite, os homens ricos eram os únicos a ter o privilégio de iluminar as casas.
Modeladas em bronze, as lamparinas tinham a forma de figuras humanas, com um
cilindro lateral onde era acesso o fogo. Dispondo de muito tempo livre, os
homens ricos procuravam iluminar suas casas para ampliar as atividades de lazer,
músicas, danças e jogos.
Arte e Cultura
Os
imperadores da dinastia Han recuperam os textos literários, religiosos e
filosóficos, proibidos no período Qin. Iniciou-se um fase de intensa
criatividade, na qual os letrados se voltaram para o estudo das tradições
presentes nos textos que haviam sobrevivido. Além de estudar textos antigos,
esses homens elaboraram textos novos, que valorizavam as crenças populares.
A
expansão do comércio e o maior contato com outras regiões despertaram o gosto
pelas artes. Surgiu, então, uma arte refinada, que refletia uma sociedade
preocupada com o luxo e, ao mesmo tempo, voltada para as crenças do passado.
Espelhos, baixelas de bronze, tapetes, esculturas, peças de terracota (argila
modelada e cozida na forno) e objetos decorativos de laca (resina extraída de
plantas).
A escrita ideográfica
chinesa
Os
primeiros caracteres da escrita chinesa eram desenhos que representavam objetos
relacionados ao cotidiano dos chineses. Lentamente, a escrita perdeu a função
de representar objetos e se transformou em uma escrita ideográfica, onde cada
símbolo ou combinação deles representava uma ideia.
Atividades econômicas
A
agricultura era uma das atividades econômicas mais importantes da China antiga.
Cultivavam-se cevada, arroz, trigo, melão, abóbora, pepino, cebola, alho e
painço. Outras culturas importantes também eram a da amoreira, pois as folhas
serviam de alimento para as criações de bicho-da-seda, e do cânhamo, utilizado
na produção de tecidos.
Bois
cavalos eram criados para o trabalho nos campos e para o transporte. No período
Zhou, o uso de bovinos para arar a terra e da prática da rotação de culturas,
que permitiu o aumento da produção agrícola.
Os
chineses também se destacaram na produção de tecidos de seda e na fabricação de
objetos de madeira, bronze e ferro. Muitas das peças produzidas pelos artesãos
do período Zhou e Han baseavam-se nas técnicas desenvolvidas no antigo período
Shang.
Filosofia e religião
Na
China antiga, religião e filosofia estavam relacionados. As duas principais
correntes filosóficas e religiosas foram o Confucionismo e o Taoísmo.
![]() |
Confúcio, viveu de 551 a.C. até 479 a.C. |
Confucionismo
O
filósofo Confúcio baseou seu pensamento em dois preceitos: yi,
equidade[1] e o yen, a generosidade. Para
o filósofo, o aperfeiçoamento do indivíduo conduziria ao aprimoramento da
sociedade.
Segundo
Confúcio, a base para uma sociedade ideal está na família. E a família ideal é
a patriarcal, onde os mais jovens obedecem aos mais velhos, os filhos os pais e
a mulher o maridos e aos sogros. A família deveria permanecer unida, sendo
obrigação dos filhos horarem seus pais, mesmo depois de casados, cuidando-os
quando idosos e doentes.
Taoísmo
![]() |
Símbolo yin e yang |
O
filósofo Lao-tse, fundou a corrente filosófica intitulada de taoísmo. Segundo ele,
o universo é regido por duas forças opostas e complementares: yin,
que representa a noite, frio, a passividade e a feminilidade o yang,
que representa o dia, calor a atividade e a masculinidade. A harmonia do
universo estaria no equilíbrio destas forças, sem o predomínio de uma sobre a
outra, formando assim uma unidade, o tao.
O culto dos
antepassados
Os chineses cultuavam uma infinidade de deuses: o deus dos Mortos, o deus do Céu, os deuses das Montanhas, os dos Quatro Mares, os dos Rios. Cada um deles possuía um templo próprio construído nos arredores das cidades.
A maioria dos chineses antigos estava ligada ao seu grupo familiar: o nome da família era transmitido de pais para filho por muitas gerações. Por causa disso, os ancestrais mais antigos eram cultuados e venerados como se fossem deuses.
A maioria dos chineses antigos estava ligada ao seu grupo familiar: o nome da família era transmitido de pais para filho por muitas gerações. Por causa disso, os ancestrais mais antigos eram cultuados e venerados como se fossem deuses.
Tanto
no campo quanto nas cidades, os chineses mantinham, suas casas um ambiente
reservado ao culto dos antepassados. Apesar de perder a condição de deuses
durante a dinastia Han, os antepassados continuaram sendo reverenciados pelos
chineses, que construíam pequenos altares, onde queimavam o incenso ao lado das
oferendas de comida e bebida.
A Muralha da China
A
Muralha da China, também denominada de Grande Muralha, corresponde a uma
intrigante construção arquitetônica edificada na época da China Imperial com
finalidade militar. O objetivo militar da Muralha da China era de impedir a
entrada de tribos nômades oriundas do Norte (Mongólia e da Manchúria), essa
construção pretendia defender o norte do país contra tais invasores.
A
construção da Muralha foi realizada no decorrer de dois milênios. Teve início
durante o império de Qin Shi Huang e abrangeu muitas dinastias, não é
constituída somente por uma estrutura e sim composta por várias muralhas. A
construção da Muralha teve início no ano 220 a.C. e sua conclusão ocorreu
somente no século XVI, na dinastia Ming.
![]() |
Muralha da China |
Os
chineses já dominavam diversos assuntos como matemática, astronomia, artes,
cartografia e possuíam domínio pleno em técnicas de engenharias destinadas à
construção de edificações tais como a muralha. Um dos principais, senão o mais
importante, exemplos de aplicação de conhecimentos de engenharia é a Muralha,
imensa construção arquitetônica que possui aproximadamente 8.851,8 quilômetros
de extensão, 7,5 metros de altura e 3,75 metros de largura, é considerada como
uma das mais fantásticas obras construídas pelo homem, hoje é reconhecida como
uma das sete maravilhas do mundo.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Os
Elamitas
A
cultura elamita, foi a primeira a desenvolver-se no Irã, ao lado da Suméria,
sendo uma das mais desenvolvidas da antiguidade.
Origem
Os
Elamitas são originarios do Vale do Nilo e fizeram parte das migrações
africanas rumo a Ásia, cerca de 8000 a.C a 5000 a.C. Os Elam ou Elão (em persa:
ایلام), se fixaram no território que corresponde ao atual sudoeste do Irã,
estendendo-se desde as terras baixas do Cuzestão à província de Ilam, bem como uma
pequena parte do sul do Iraque.
Existiu
de c. 2 700 a.C. até 539 a.C., em seguida ao chamado Período Proto-Elamita, o
qual teve início em c. 3 200 a.C., quando Susa, se tornaria ser a capital dos
elamitas, começou a ser influenciada por culturas do Planalto Iraniano.
Cultura
Sua
cultura teve um papel crucial no Império Gupta, especialmente durante a
dinastia aquemênida que o sucedeu, quando a língua elamita permaneceu entre as
que eram utilizadas oficialmente.
O
elamita não tem afinidades estabelecidas com qualquer outro idioma, e parece
ser uma língua isolada, como o sumério; alguns pesquisadores, no entanto,
propuseram a existência de um grupo maior, conhecido como elamo-dravídico.
Linguistas como Václav Blažek e Georgiy Starostin criticaram a hipótese do
elamo-dravídico, concluindo que o elamita teria relações com as línguas
afro-asiáticas; tais teorias, no entanto, sofreram duras críticas.
Religião e sociedade
Os
Elamitas praticavam politeísmo e a religião matriarcal, ou seja, uma deusa
tinha a maior relevância que os deuses. Por isto, destaca-se o culto a deusa
Kiririsha, um nome com cognatos é encontrado em outros sistemas religiosos de
povos desta região.
A sociedade elamita, era basicamente
matriarcal, algo raro na história das civilizações. Talvez por influência
religiosa ou a religião sofreu influência da sociedade.
Reino
O
surgimento de registros históricos por volta de 3 000 a.C. se deu de maneira
paralela ao processo na história mesopotâmica. No antigo período elamita (Média
Idade do Bronze, o Elam consistia de reinos que ocupavam o Planalto Iraniano,
centrados em Anshan, e, a partir do segundo milênio a.C., em Susa, nas terras
baixas do Cuzestão.
Os
elamitas foram rivais dos sumérios e dos acádios, e, posteriormente, dos
babilônios, na disputa pela hegemonia no Oriente Próximo, até que finalmente
foram dominados definitivamente por Nabucodonosor II da Babilônia, no século
VII a.C. quando a Babilônia caiu ante os persas de Ciro, o Grande, os elamitas
foram gradualmente absorvidos por outras populações iranianas e semitas.
Assinar:
Postagens (Atom)