Os Medos
Os
medos não deixaram fontes históricas escritas, devido a isto, sua língua e as
suas organizações sociais, econômicas e políticas são desconhecidas. O que se tem
de registro deste povo, estão em registros bíblico, nos textos dos assírios e
dos historiadores gregos. Devido a mesma origem, e praticamente a mesma
localização, planalto do Irã, há uma certa mistura entre medos e persas.
Heródoto, historiador grego, não faz distinção entre os medos e os persas,
chamando Guerras Médicas, as
guerras entre gregos e persas como se os dois povos fossem apenas um.
Origem
Por
volta de 2000 a.C., grupos humanos de origem indo-europeia, migraram dos territórios da atual
Rússia e se instalaram numa região de terras férteis entre a Mesopotâmia, a
Índia e o Golfo Pérsico. Com o tempo, esses grupos formaram dois povos, os
medos e os persas.
Os
medos, posteriormente, se fixaram próximo aos Montes Zagros, no Norte do
Planalto do Irã, região
geográfica conhecida como Média, por isto o nome Medo. Eles viviam da
agricultura e do pastoreio, dominavam a metalurgia do cobre, do bronze e do
ouro. Os medos se constituíram em vários pequenos reinos, sob comando de chefes
tribais, formando assim a Confederação Meda.
Império Medo
Um
dos chefes destas tribos confederadas, Dêioces, foi capturado por Sargão II,
rei da assíria e levado para Hamate, em uma das batalhas entre os assírios e os
medos. A partir de então os medos sentiram necessidade de unir seus clãs, em um
reino unificado.
No
século VII a.C., uniram as tribos, sob liderança do rei Ciaxeres, neto de
Dêioces. A partir de então, aumentaram sua força militar e começaram a ser
então os rivais mais perigosos da Assíria.
Com
um exército bem organizado, os medos se aliaram aos caldeus e juntos,
conseguiram vencer os assírios. Os medos passaram a dominar o planalto iraniano,
construindo um reino, centrado
na cidade de Ecbátana. A capital dos medos foi construída sob forte proteção de
sete muralhas circulares com demais fortificações coloridas que iam desde o
azul, passando pelo laranja até o prateado.
Ciaxeres
reorganizou a administração pública e modernizou o exército medo, seguindo o modelo assírio e
babilónico, o que lhe deu maior poder e facilidade de entrevir dentro e fora do
reino. Esse novo poder também facilitou a aliança com a Babilônia que foi
formalizada com o casamento da filha de Ciaxares com o filho de Nabopolasar,
Nabucodonosor.
Os
medos conquistaram o norte da Mesopotâmia, a Armênia e partes da Ásia Menor a
leste do rio Halys, que era a fronteira estabelecida com a Lídia. Dominaram, assim, vários povos,
entre eles os persas, que passaram a pagar altos impostos aos conquistadores.
Cyaxares
continuou sua expansão territorial, dirigindo-se para Anatólia, chocando assim
com o reino da Lídia (Anatólia). Com uma guerra de ganhos e perdas, sem grandes
vitórias, o levou a assinar um tratado de paz depois da Batalha do Eclipse, em
585 a.C.
Foi
imediatamente aprovado o tratado de paz, a qual foi consagrada com o casamento
da filha do rei lídio com o príncipe medo. Pouco depois deste acordou Ciaxares
morreu, deixando a seu filho Astiages um reino bem estruturado. Astiages foi o
último rei da sua linhagem por via direta paterna.
Fim do Império Medo
Em
meados do Século VI a.C., os persas se rebelaram contra a política de Astiages.
Em 550 a.C., Ciro II, conhecido como Ciro, o Grande, derrotou Astíages, capturando-o.
Após 3 anos de lutas, Ciro derrota definitivamente os Medos e liberta a Pérsia.
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