sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Os Medos

Os medos não deixaram fontes históricas escritas, devido a isto, sua língua e as suas organizações sociais, econômicas e políticas são desconhecidas. O que se tem de registro deste povo, estão em registros bíblico, nos textos dos assírios e dos historiadores gregos. Devido a mesma origem, e praticamente a mesma localização, planalto do Irã, há uma certa mistura entre medos e persas. Heródoto, historiador grego, não faz distinção entre os medos e os persas, chamando Guerras Médicas, as guerras entre gregos e persas como se os dois povos fossem apenas um.

Origem
Por volta de 2000 a.C., grupos humanos de origem indo-europeia, migraram dos territórios da atual Rússia e se instalaram numa região de terras férteis entre a Mesopotâmia, a Índia e o Golfo Pérsico. Com o tempo, esses grupos formaram dois povos, os medos e os persas.
Os medos, posteriormente, se fixaram próximo aos Montes Zagros, no Norte do Planalto do Irã, região geográfica conhecida como Média, por isto o nome Medo. Eles viviam da agricultura e do pastoreio, dominavam a metalurgia do cobre, do bronze e do ouro. Os medos se constituíram em vários pequenos reinos, sob comando de chefes tribais, formando assim a Confederação Meda.

Império Medo
Um dos chefes destas tribos confederadas, Dêioces, foi capturado por Sargão II, rei da assíria e levado para Hamate, em uma das batalhas entre os assírios e os medos. A partir de então os medos sentiram necessidade de unir seus clãs, em um reino unificado.
No século VII a.C., uniram as tribos, sob liderança do rei Ciaxeres, neto de Dêioces. A partir de então, aumentaram sua força militar e começaram a ser então os rivais mais perigosos da Assíria.
Com um exército bem organizado, os medos se aliaram aos caldeus e juntos, conseguiram vencer os assírios. Os medos passaram a dominar o planalto iraniano, construindo um reino, centrado na cidade de Ecbátana. A capital dos medos foi construída sob forte proteção de sete muralhas circulares com demais fortificações coloridas que iam desde o azul, passando pelo laranja até o prateado.
Ciaxeres reorganizou a administração pública e modernizou o exército medo, seguindo o modelo assírio e babilónico, o que lhe deu maior poder e facilidade de entrevir dentro e fora do reino. Esse novo poder também facilitou a aliança com a Babilônia que foi formalizada com o casamento da filha de Ciaxares com o filho de Nabopolasar, Nabucodonosor.
Os medos conquistaram o norte da Mesopotâmia, a Armênia e partes da Ásia Menor a leste do rio Halys, que era a fronteira estabelecida com a Lídia. Dominaram, assim, vários povos, entre eles os persas, que passaram a pagar altos impostos aos conquistadores.
Cyaxares continuou sua expansão territorial, dirigindo-se para Anatólia, chocando assim com o reino da Lídia (Anatólia). Com uma guerra de ganhos e perdas, sem grandes vitórias, o levou a assinar um tratado de paz depois da Batalha do Eclipse, em 585 a.C.
Foi imediatamente aprovado o tratado de paz, a qual foi consagrada com o casamento da filha do rei lídio com o príncipe medo. Pouco depois deste acordou Ciaxares morreu, deixando a seu filho Astiages um reino bem estruturado. Astiages foi o último rei da sua linhagem por via direta paterna.

Fim do Império Medo

Em meados do Século VI a.C., os persas se rebelaram contra a política de Astiages. Em 550 a.C., Ciro II, conhecido como Ciro, o Grande, derrotou Astíages, capturando-o. Após 3 anos de lutas, Ciro derrota definitivamente os Medos e liberta a Pérsia.








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