II Império Babilônio ou Império Caldeu
O
II Império da Babilônia ficou famoso na história pela construção dos Jardins Suspensos
da Babilônia, pela dominação aos hebreus, levando-os como cativos e pela
destruição do Templo de Jerusalém.
Caldeus
Os
caldeus eram povos semitas do sul da Mesopotâmia que habitavam na margem
oriental do rio Eufrates. Apesar dos assírios serem um povo guerreiro e
violento, não tinham capacidade administrativa para controlar seu vasto império,
não conseguindo unificar o território. Aproveitando-se
desta fragilidade, os caldeus comandados monarca Nabopossalar, já tinha sido
governante de uma das províncias dominadas pelos assírios, dominaram a cidade
de Nínive, em 612 a.C.
Os
caldeus transformaram a cidade de Babilônia com seu centro administrativo e com
a morte do rei assírio Assurbanipal (690-627 a.C.), o governante da Babilônia,
Nabopolossar (625-605 a.C.), reafirmou alianças com os povos medos e persas e
concretizou a derrota assíria, dando início ao expansionismo territorial.
Expansionismo
Nabucodonosor |
As
primeiras cidades que os caldeus tomaram após a derrota dos assírios foram
Assur e Nínive (cidade que tinha a maior biblioteca da Antiguidade). Sete anos
após a conquista, o imperador Nabopossalar faleceu, deixando o poder nas mãos
de seu filho Nabucodonosor, tentou
restaurar a época de Hamurábi, sendo responsável pelas principais mudanças na
Mesopotâmia que caracterizaram a importância da cultura Caldéia.
Na
busca pelo poder, Nabucodonosor investiu fortemente no exército para conquistar
os territórios do Egito e dos assírios em sua totalidade. Não satisfeito,
expandiu a hegemonia caldeia para Jerusalém, Fenícia e Arábia, que estavam mais
despreparados para as invasões. Ainda estavam sob seu domínio a Palestina, a
Síria e o Elam, tornando-o o mais poderoso rei do Oriente.
Mas
as conquistas foram feitas através de violentas repressões contra os inimigos,
como o “Cativeiro da Babilônia”, que exigiu a deportação em massa dos judeus de
Jerusalém para a Mesopotâmia.
Administração
O
reinado de Nabucodonosor durou 42 anos (604 a.C. à 562 a.C.) e tornou-se o período
mais áureo da Babilônia. As conquistas realizadas pela expansão territorial
babilônica fizeram com que Nabucodonosor adquirisse imensas riquezas, o que o
possibilitou a realização de grandes obras arquitetônicas. Reconstruiu a cidade
da Babilônia e a cercasse, construiu os Jardins Suspensos e a reconstruiu do
Zigurate de Babel ou Torre de Babel.
“Os
Jardins Suspensos’ eram compostos por seis terraços em forma de andares,
sustentados por grandiosas colunas. Os jardins foram construídos em terraços
por andares, superpostos de onde nasciam flores e árvores exóticas. Os Jardins Suspensos da Babilônia, foram construídos como um presente para a sua esposa meda, que sentia falta do terreno montanhoso
onde havia nascido.
Torre de Babel ao fundo e os Jardins Suspensos em um primeiro plano |
A
Torre de Babel, fora construída cerca do ano 3000 a.C., (o nome Babilônia
deriva de Babel, quer dizer 'Portal de Deus' em acadiano ou em hebraico
'confusão'). Era uma torre de várias elevações com aparência piramidal, e que
possuía no topo um templo dedicado ao deus Marduk.
Dominação persa
Os
refinamentos da cidade da Babilônia transformaram-na numa cidade de corrupta e
imoral e, pouco a pouco, suas defesas militares foram enfraquecidas. Em 539 a.
C., Ciro, rei da Pérsia, aproveitou-se da decadência moral e militar da grande
cidade e a atacou, de forma implacar tornando impossível qualquer resistência.
Os
exércitos persas entraram na cidade ao som dos aplausos da população local, algo
incomum para uma conquista na Antiguidade. Isto ocorreu devido a corrupção e as
imoralidades vividas na corte de Nabonide, seu último rei, provocaram enorme
descontentamento do povo, facilitando ainda mais a conquista pelos persas.
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