sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Civilização Harapense

A civilização Harapense, foi uma das mais evoluídas que já existio, Mohejo-Daro e Harapa, foram as primeiras cidades planejas construídas.

Origem
Agrupamentos humanos, se povoaram há cerca de 30 mil anos, ao norte da atual região conhecida como subcontinente indiano, na Ásia. Esses grupos se concentraram no vale do rio Indo, em terras dos atual Paquistão, próximo à fronteira com a Índia.
Em torno do ano de 3000 a.C., dois desses povoados já haviam se transformado em grandes centros urbanos, com cerca de 30 mil habitantes cada um. Eram Mohejo-Daro e Harapa, que juntas se transformaram no centro da civilização harapense.

Mohejo-Daro e Harapa
As duas cidades se caracterizaram pelo planejamento urbano. Ambas foram construídas sobre plataformas, de até 12 metros de altura, para enfrentar a cheia do rio Indo. Possuíam largas avenidas em formas retangulares. A população dispunha de agua encanada e sistema de esgoto.

Agricultura
A agricultura era a base da economia Harapense. Cultivavam trigo, cevada, tâmara, damasco, ervilha, gergelim e melão entre outros. As duas cidades dispunham de um sistema de armazenamento dos excedentes agrícolas. Os habitantes do vale Indo, foram os primeiros a cultivar algodão, para a produção de tecidos.

Artesanato
A civilização Harapense, desenvolveu um artesanato diversificado, que servia para uso doméstico ou para destino do comércio, produziam:
- Instrumentos e armas, como martelo, facas, machados, brocas, espadas e flechas, feitos de pedra, osso, madeira, bronze, cobre, chumbo e estanho;
- Utensílio domésticos, como panelas, travessas, jarras, potes e copos, feitos de argila, utilizados tanto para fins decorativos como para o dia a dia;
-Joias, como braceletes, pentes e agulhas de ouro, feitos com faiança[1], jade, turquesa e outras pedras semipreciosas.
Comércio
O comércio era forte entre as duas cidades. Os produtos comercializados variavam: desde alimentos produzidos no vale Indo até objetos artesanais como joias, pedras semipreciosas, utensílios domésticos e roupas. As joias, peças de cerâmica e armas harapenses eram muito apreciadas por outros povos, em especial os da  Mesopotâmia.

Sinetes, contendo inscrições harapenses,
com data de 2500 a.C.
Escrita
Para facilitar e ampliar as transações comerciais, os mercadores criaram um sistema de pesos e medidas válido para toda a região do Indo. Também utilizavam pequenos sinetes (selos de pedra ou argila) entralhada para marcar suas propriedades e mercadorias. Os sinetes possuíam figuras e um conjuntos de sinais. Existiam em torno de 420 signos ou sinais.

Religiosidade
Os harapenses adoravam uma deusa-mãe, com seios grandes, quadris largos e cabelos penteados. Existia outro deus, cercado de animais, com chifres e ele era representado, geralmente, sentado na posição de lótus e semilótus, característica da ioga.
Declínio
Por volta de 2000 a.C., a civilização Harapense entrou em declínio, provocado por desastres ecológicos resultantes do desmatamento excessivo e da falta de água para irrigação nas áreas agrícolas. A população abandonou a cidade e migraram em direção ao vale do rio Ganges.



[1] Faiança é uma cerâmica ou pedra vitrificada, com brilho lustroso.






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