sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Surgimento das Cidades

As primeiras cidades surgiram a partir das aldeias neolíticas, as quais se desenvolveram nas proximidades de grandes rios. Estas localidades lhes ofereciam água para beber, para dar aos animais e para irrigar as plantações, e, através das cheias tinham a adubagem necessária para o plantio. O trabalho passou a ser dividido de acordo com o sexo e idade.

1. As primeiras cidades
O cultivo da terra permitiu que as sociedades produzissem mais alimentos. Com isso, a população humana cresceu mais rapidamente. Tornou-se necessário assim ampliar as áreas cultivadas e desenvolver técnicas para melhorar a produtividade do solo.
As cidades tiveram origem nas proximidades dos rios
As pequenas comunidades e aldeias começaram a se unir para construir sistemas de irrigação e aproveitar melhor as margens férteis dos rios. A união das aldeias provocou a formação das primeiras cidades, geralmente nas proximidades de grandes rios, pois a água era essencial para sobrevivência e para agricultura. O surgimento das cidades indicava o nascimento das primeiras civilizações. Por se localizarem às margens de rios, ficaram conhecidas como civilizações fluviais:
a) No Vale do Rio Nilo: as cidades egípcias;
b) Entre Tigre e Eufrates: as cidades dos diferentes povos mesopotâmios;
c) Nos Vales dos rios Huang-He (Amarelo) e Yang-Tsé (Azul): as cidades chinesas;
Cidade de Çatal Hüyük
d) No Vale do Rio Indo: as cidades harapenses.
As duas cidades mais antigas que se tem conhecimento são Jericó, na Palestina, ocupada cerca de 10.300 anos atrás, e Çatal Hüyük, na Turquia, erguida por volta de mil anos depois.

2. A divisão e especialização do do trabalho
O trabalho passou a ser dividido de acordo o sexo e a idade. Os homens se dedicavam a caça, a cuidar dos rebanhos e a segurança do grupo.
A maior parte da população das cidades trabalhava na agricultura e na criação de animais. As populações das aldeias, após a sedentarização, começaram a crescer, foi necessário então, aumentar  a oferta de alimentos. A necessidade, de melhorar a produtividade agrícola e a divisão do trabalho, também levaram as comunidades neolíticas a desenvolver e agilizava o preparo da terra para o cultivo.
As construções de sistemas de irrigação e de outras técnicas agrícolas, como o arado puxado por animais e adubação do solo, ajudou a produzir excedentes, ou seja, a obter mais alimentos do que o necessário para o consumo.  A partir de então, os habitantes das primeiras aldeias puderam a se dedicar a outras atividades. A especialização de trabalhadores em determinadas atividades profissionais é o que chamamos de processo de divisão do trabalho.
Com a divisão do trabalho surgiu o comércio
Como se produzia mais que o necessário para a sobrevivência, o excedente de alimentos sustentava também um grupo de trabalhadores que se dedicavam à prestação e serviços (médicos, soldados, sacerdotes, construtores) ou à fabricação de objetos (cerâmica, instrumentos de metal e tecidos).

O comércio
Com a especialização do trabalho, os excedentes agrícolas passaram a ser trocados com os excedentes de outros povos, dando origem ao comércio. Quem produzia um determinado produto, trocava por outro. Quem fabricava um pote trocava por uma ferramenta, ou por alimento, por exemplo.
Estas trocas eram feitas diretas entre quem produzia determinado produto e, em muitos casos atrapalhava o ofício. Ao passar, sugiram pessoas especializadas em trocar produtos, que viriam a ser chamados de comerciantes.

A centralização política em torno de um rei, padronizou
as comunidades
A centralização política
O desenvolvimento a agricultura e o crescimento populacional mudaram a organização de algumas sociedades humanas. Não se sabe ao certo como a mudança ocorreu, mas a teoria mais aceita é de que o chefe dos primeiros aldeamentos saíram dentre os que se destacavam militarmente na proteção dos agrupamentos, ou de alguém que possuísse as melhores terras (maior poder econômico), ou ainda de quem pudesse ter boas relações sociais com os demais. 
Dentre estes, provavelmente saíram os primeiros reis. Originou-se assim uma instituição que tinha plena autoridade sobre a população. É o que chamamos de processo de centralização política ou de formação do Estado.
Para garantir o controle sobre o conjunto da população, o rei tinha vários servidores. Eles desempenhavam tarefas em seu nome, como registrar as colheitas, armazenar grãos, cobrar impostos e organizar a defesa do território. O rei ainda podia fazer leis, julgar os crimes e, frequentemente, era responsável pelos rituais religiosos.

A invenção da escrita
A escrita suméria conhecida como cuneiforme
Um dos principais resultados do surgimento das cidades foi o desenvolvimento da escrita, por volta de 6.000 anos atrás. Isso se deveu a vários fatores, como a necessidade de contabilizar os produtos comercializados e os impostos arrecadados pelos servos do rei e o levantamento da estrutura as obras, que exigiu a criação de um sistema de sinais numéricos para realizar os cálculos geométricos.

Com a escrita, o ser humano criou uma forma de registrar suas ideias e de se comunicar. A linguagem escrita é especial porque permite que a vida de hoje seja conhecida pelas gerações futuras.










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