quarta-feira, 4 de novembro de 2015

 As Cidades Industriais e a Vida Operária


Com a Revolução Industrial, a vida dos trabalhadores entrou no ritmo da máquina e do relógio.

Os impactos ambientais da industrialização
Muitas mudanças que ocorreram na vida humana com a Revolução Industrial estruturaram-se na crença de que os recursos naturais eram infinitos e estavam a serviço do homem. Não havia a ideia de que o consumo desenfreado de matérias-primas e o uso de combustíveis fósseis pudessem causar danos ambientais, em muitos casos irreversíveis, e alterações climáticas que afetariam a vida humana.
A atividade industrial de larga escala acarretou grandes impactos ambientais na Inglaterra. A instalação de fábricas em regiões de rios levou à poluição das águas e a alteração do habitat de muitas espécies; a construção de ferrovias devastou grandes áreas de vegetação. Além disso, a população dos grandes centros industriais cresceu desordenadamente, causando muitos problemas urbanos, como o acúmulo de lixo e dejetos.

As atividades industriais trouxeram vários
 impactos ambientais
Do campo para as cidades
Para os trabalhadores, a mudança para as cidades significou a adoção de novos hábitos, que se chocavam com as tradições comunitárias e familiares que garantiam o contato e a solidariedade entre as pessoas.
Nas áreas rurais, a medição do tempo, como ocorre ainda hoje em muitas regiões, estava relacionada aos ciclos da natureza e às tarefas diárias: hora do amanhecer e do anoitecer, hora de arrebanhar o gado, ora de colher os grãos, etc. Os trabalhadores conduziam sua vida no ritmo das atividades agrícolas e pastoris. Nas cidades, entretanto, eles conheceram a disciplina do relógio.
Os relógios já existiam muito ates da Revolução Industrial, mas foi necessidade de sincronizar o trabalho das fábricas que difundiu o uso e a fabricação do produto. Com o relógio, foi possível disciplinar o horário de entrada e saída dos trabalhadores, o horário do almoço e o tempo gasto para realizar as tarefas produtivas.
Os operários eram submetidos a uma longa jornada de trabalho
A fim de garantir a nova disciplina, os patrões contrataram supervisores para vigiar o trabalho nas fábricas, instituíram prêmios para os operários mais disciplinados e multas para os descumpridores de horários e de outras normas. Em geral, nas fábricas, os operários eram impedidos de entrar com relógios, cabendo ao supervisor avisar a hora de terminar o trabalho.

Ruas, moradias e alimentação
Nas cidades industriais inglesas, a população operária comprimia-se em bairros de ruas estreitas, sinuosas e sujas, tomada de mendigos, prostitutas e desempregados. Relatos da época destacam o aspecto esfumaçado dos bairros operários, o cheiro nauseante de sujeira e alimentos estragados e a miséria que tomava conta das ruas.
Os bairros industriais careciam de infraestrutura adequada
As casas, geralmente de dois andares e geminadas, abrigavam um grande número de pessoas. O quarto ficava no piso superior, onde todos se amontoavam para dormir. No andar de baixo havia a cozinha.
Os banheiros eram foças, já que não existia rede de esgotos. Eles ficavam fora da casa e exalavam um cheiro horrível. Em alguns bairros, havia um serviço de limpeza de fossas, cujos resíduos eram vendidos como esterco aos agricultores, em outros bairros os detritos eram jogados na própria rua. A água era fornecida em bicas, poços e fontes públicas espalhadas pelas cidades, ode se formavam longas filas para a população obter o precioso líquido.

A alimentação nas casas dos operários era muito pobre e consistia basicamente em batata, arenque (tipo de peixe), tripa de animais, orelha de porco e pé de cabrito, acompanhado de pão.  Nessas péssimas condições, diversas doenças, como a cólera e a tuberculose, atingiam com frequência os trabalhadores e suas famílias.



-Revolução Industrial 
-Segunda Revolução Industrial
-Movimento Operário no Século XIX

Nenhum comentário:

Postar um comentário