segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Surgimento das Cidades

As primeiras cidades desenvolveram-se nas proximidades de grandes rios, de lá teriam água para beber, para dar aos animais e para irrigar as plantações, e através das cheias tinham a adubagem necessária para o plantio.

As primeiras cidades

O cultivo da terra permitiu que as sociedades produzissem mais alimentos. Com isso, a população humana cresceu mais rapidamente. Tornou-se necessário assim ampliar as áreas cultivadas e desenvolver técnicas para melhorar a produtividade do solo.
As cidades tiveram origem nas proximidades dos rios
As pequenas comunidades e aldeias começaram a se unir para construir sistemas de irrigação e aproveitar melhor as margens férteis dos rios. A união das aldeias provocou a formação das primeiras cidades, geralmente nas proximidades de grandes rios, pois a água era essencial para a agricultura. O surgimento das cidades indicava o nascimento das primeiras civilizações. Por se localizarem às margens de rios, ficaram conhecidas como civilizações fluviais:


a) No Vale do Rio Nilo: as cidades egípcias;
b) Entre Tigre e Eufrates: as cidades dos diferentes povos mesopotâmios;
c) Nos Vales dos rios Huang-He (Amarelo) e Yang-Tsé (Azul): as cidades chinesas;
d) No Vale do Rio Indo: as cidades harapenses.

As duas cidades mais antigas que se tem conhecimento são Jericó, na Palestina, ocupada cerca de 10.300 anos atrás, e Çatal Hüyük, na Turquia, erguida por volta de mil anos depois.

O comércio e a divisão do trabalho
A maior parte da população das cidades trabalhava na agricultura e na criação de animais. A construção de sistemas de irrigação e de outras técnicas agrícolas ajudou a produzir excedentes, ou seja, a obter mais alimentos do que o necessário para o consumo. Esses excedentes puderam ser trocados com os excedentes de outros povos, dando origem ao comércio.
Cidade de Çatal Hüyük
Como se produzia mais que o necessário para a sobrevivência, o excedente de alimentos sustentava também um grupo de trabalhadores que se dedicavam à prestação e serviços (médicos, soldados, sacerdotes) ou à fabricação de objetos (cerâmica, instrumentos de metal e tecidos). A especialização de trabalhadores em determinadas atividades profissionais é o que chamamos de processo de divisão do trabalho.
A necessidade de melhorar a produtividade agrícola e a divisão do trabalho também levaram as comunidades neolíticas a desenvolver e agilizava o preparo da terra para o cultivo.

A Idade dos Metais
Até a invenção da metalurgia, isto é, a técnica de trabalhar os metais, as comunidades fabricavam os objetos com pedras, osso e madeira. Há 8.000 anos, na região compreendida entre o Egito e a Índia, vários povos começaram a usar o metal para fazer utensílios.
O uso do metal trouxe muitas vantagens. Com ele podiam-se fabricar utensílios mais afiados e resistentes. No entanto, mesmo com o uso de metais, os instrumentos e pera continuaram a ser fabricados.

Idade do Cobre
O primeiro metal utilizado pelo homem foi o cobre, há cerca de 8.000 anos atrás, para fazer estatuetas e enfeites. Por ser um metal muito mole, era pouco usado em armas e ferramentas.
Com a divisão do trabalho surgiu o comércio
Por meio de golpes, os humanos conseguiam modelar o metal à forma desejada. Mais tarde passaram a usar o fogo para fundir o cobre. O metal em fusão era despejado em recipientes com cavidades e assumia, assim, a forma esperada.

Idade do Bronze
Mais duro e resistente que o cobre, o bronze passou a ser usado cerca de 6.000 anos atrás na produção de armas, ferramentas e outros objetos. O bronze é uma liga metálica obtida da fusão de cobre com estanho. Muitos povos, como os egípcios e os mesopotâmicos, conseguiram aumentar seu poder militar graças ao conhecimento desta técnica.

Idade do Ferro
O uso do fero era raro e só se difundiu a cerca de 3.500 anos atrás. Nesse momento descobriu-se que o minério de ferro retirado das jazidas, misturando a outros elementos químicos, como o carbono e o manganês, e aquecidos em altos fornos produzia liga bastantes resistentes.
Com o ferro foi possível fabricar armas mais duradouras, aperfeiçoar instrumentos agrícolas e criar novos tipos e utensílios e ferramentas, como o alicate. Foi o início de uma corria tecnológica que prossegue até hoje.

A centralização política
O desenvolvimento a agricultura e o crescimento populacional mudaram a organização de algumas sociedades humanas. Não se sabe ao certo como a mudança ocorreu, mas acredita-se que o chefe ou sacerdotes de uma família poderosa pode ter assumido o controle de uma região, transformando-se em rei.
Originou-se assim uma instituição que tinha plena autoridade sobre a população. É o que chamamos de processo de centralização política ou de formação do Estado.
Para garantir o controle sobre o conjunto da população, o rei tinha vários servidores. Eles desempenhavam tarefas em seu nome, como registrar as colheitas, armazenar grãos, cobrar impostos e organizar a defesa do território. O rei ainda podia fazer leis, julgar os crimes e, frequentemente, era responsável pelos rituais religiosos.

A invenção da escrita
A escrita suméria conhecida como cuneiforme
Um dos principais resultados do surgimento das cidades foi o desenvolvimento da escrita, por volta de 6.000 anos atrás. Isso se deveu a vários fatores, como a necessidade de contabilizar os produtos comercializados e os impostos arrecadados pelos servos do rei e o levantamento da estrutura as obras, que exigiu a criação de um sistema de sinais numéricos para realizar os cálculos geométricos.

Com a escrita, o ser humano criou uma forma de registrar suas ideias e de se comunicar. A linguagem escrita é especial porque permite que a vida de hoje seja conhecida pelas gerações futuras.

- Evolução do ser Humano
- A Vida do Homem no Paleolítico
-Mesolítico e a Era Glacial
-O Neolítico e a Revolução Agrícola

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