Surgimento das Cidades
As
primeiras cidades desenvolveram-se nas proximidades de grandes rios,
de lá teriam água para beber, para dar aos animais e para irrigar as plantações, e através das cheias tinham a adubagem necessária para o plantio.
As primeiras cidades
O
cultivo da terra permitiu que as sociedades produzissem mais alimentos. Com
isso, a população humana cresceu mais rapidamente. Tornou-se necessário assim
ampliar as áreas cultivadas e desenvolver técnicas para melhorar a
produtividade do solo.
As cidades tiveram origem nas proximidades dos rios |
As
pequenas comunidades e aldeias começaram a se unir para construir sistemas de
irrigação e aproveitar melhor as margens férteis dos rios. A união das aldeias
provocou a formação das primeiras cidades, geralmente nas proximidades de
grandes rios, pois a água era essencial para a agricultura. O surgimento das
cidades indicava o nascimento das primeiras civilizações. Por se localizarem às
margens de rios, ficaram conhecidas como civilizações fluviais:
a)
No Vale do Rio Nilo: as cidades egípcias;
b)
Entre Tigre e Eufrates: as cidades dos diferentes povos mesopotâmios;
c)
Nos Vales dos rios Huang-He (Amarelo) e Yang-Tsé (Azul): as cidades chinesas;
d)
No Vale do Rio Indo: as cidades harapenses.
As
duas cidades mais antigas que se tem conhecimento são Jericó, na Palestina,
ocupada cerca de 10.300 anos atrás, e Çatal Hüyük, na Turquia, erguida por
volta de mil anos depois.
O comércio e a divisão do trabalho
A
maior parte da população das cidades trabalhava na agricultura e na criação de
animais. A construção de sistemas de irrigação e de outras técnicas agrícolas
ajudou a produzir excedentes, ou seja, a obter mais alimentos do que o
necessário para o consumo. Esses excedentes puderam ser trocados com os
excedentes de outros povos, dando origem ao comércio.
Cidade de Çatal Hüyük |
Como
se produzia mais que o necessário para a sobrevivência, o excedente de
alimentos sustentava também um grupo de trabalhadores que se dedicavam à
prestação e serviços (médicos, soldados, sacerdotes) ou à fabricação de objetos
(cerâmica, instrumentos de metal e tecidos). A especialização de trabalhadores
em determinadas atividades profissionais é o que chamamos de processo de
divisão do trabalho.
A
necessidade de melhorar a produtividade agrícola e a divisão do trabalho também
levaram as comunidades neolíticas a desenvolver e agilizava o preparo da terra
para o cultivo.
A Idade dos Metais
Até
a invenção da metalurgia, isto é, a técnica de trabalhar os metais, as
comunidades fabricavam os objetos com pedras, osso e madeira. Há 8.000 anos, na
região compreendida entre o Egito e a Índia, vários povos começaram a usar o
metal para fazer utensílios.
O
uso do metal trouxe muitas vantagens. Com ele podiam-se fabricar utensílios
mais afiados e resistentes. No entanto, mesmo com o uso de metais, os
instrumentos e pera continuaram a ser fabricados.
Idade
do Cobre
O
primeiro metal utilizado pelo homem foi o cobre, há cerca de 8.000 anos atrás,
para fazer estatuetas e enfeites. Por ser um metal muito mole, era pouco usado
em armas e ferramentas.
Com a divisão do trabalho surgiu o comércio |
Por
meio de golpes, os humanos conseguiam modelar o metal à forma desejada. Mais
tarde passaram a usar o fogo para fundir o cobre. O metal em fusão era
despejado em recipientes com cavidades e assumia, assim, a forma esperada.
Idade
do Bronze
Mais
duro e resistente que o cobre, o bronze passou a ser usado cerca de 6.000 anos
atrás na produção de armas, ferramentas e outros objetos. O bronze é uma liga
metálica obtida da fusão de cobre com estanho. Muitos povos, como os egípcios e
os mesopotâmicos, conseguiram aumentar seu poder militar graças ao conhecimento
desta técnica.
Idade
do Ferro
O
uso do fero era raro e só se difundiu a cerca de 3.500 anos atrás. Nesse
momento descobriu-se que o minério de ferro retirado das jazidas, misturando a
outros elementos químicos, como o carbono e o manganês, e aquecidos em altos
fornos produzia liga bastantes resistentes.
Com
o ferro foi possível fabricar armas mais duradouras, aperfeiçoar instrumentos
agrícolas e criar novos tipos e utensílios e ferramentas, como o alicate. Foi o
início de uma corria tecnológica que prossegue até hoje.
A centralização política
O
desenvolvimento a agricultura e o crescimento populacional mudaram a
organização de algumas sociedades humanas. Não se sabe ao certo como a mudança
ocorreu, mas acredita-se que o chefe ou sacerdotes de uma família poderosa pode
ter assumido o controle de uma região, transformando-se em rei.
Originou-se
assim uma instituição que tinha plena autoridade sobre a população. É o que
chamamos de processo de centralização política ou de formação do Estado.
Para
garantir o controle sobre o conjunto da população, o rei tinha vários
servidores. Eles desempenhavam tarefas em seu nome, como registrar as
colheitas, armazenar grãos, cobrar impostos e organizar a defesa do território.
O rei ainda podia fazer leis, julgar os crimes e, frequentemente, era
responsável pelos rituais religiosos.
A invenção da escrita
A escrita suméria conhecida como cuneiforme |
Um
dos principais resultados do surgimento das cidades foi o desenvolvimento da
escrita, por volta de 6.000 anos atrás. Isso se deveu a vários fatores, como a
necessidade de contabilizar os produtos comercializados e os impostos
arrecadados pelos servos do rei e o levantamento da estrutura as obras, que
exigiu a criação de um sistema de sinais numéricos para realizar os cálculos
geométricos.
Com
a escrita, o ser humano criou uma forma de registrar suas ideias e de se
comunicar. A linguagem escrita é especial porque permite que a vida de hoje
seja conhecida pelas gerações futuras.
- Evolução do ser Humano
- A Vida do Homem no Paleolítico
-Mesolítico e a Era Glacial
-O Neolítico e a Revolução Agrícola
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