Aulas On-Line de História

Pensamento Grego

O mundo grego desenvolveu uma forma inédita de registrar sua história, questionar e buscar entender o mundo, desenvolver cálculos matemáticos complexos e o estudo da ciência.

1. Nasce o registro histórico

O estudo de história surgiu na Grécia, como uma forma de narrar os acontecimentos sem apelar para os mitos. A primeira obra historiográfica que existe é a de Heródoto (484 a.C. a 425 a.C.), natural de Halicarnasso, que relata, entre outras coisas, a guerra entre as poleis gregas e o Império Persa. Outro historiador foi o ateniense Tucídides (460 a.C.) a 400 a.C.), que escreveu sobre a Guerra do Peloponeso.

Heródoto, o pai da história

2. A Filosofia, para além do pensamento mítico

A filosofia, que significa amor à sabedoria, nasceu na Grécia entre o final do século VII a.C. e início do século VI a.C., originou-se pela formação da junção de dois termos gregos: “philos”, que significa “amizade”, e “sophia”, cujo significado é “sabedoria”.

Os estudos de filosofia nasceram do desejo humano de explicar o ser humano: Qual é a origem do homem? O que é a verdade? O que é certo e justo? A filosofia, no início, era uma mistura de ciência, matemática, astronomia, história e a própria filosofia atual.

Tales de Mileto

Com a filosofia, os estudiosos procuravam responder a essas e a outras perguntas com argumentos racionais, diferentes das explicações dadas pelos mitos. O estudo filosófico grego, era feito por meio do debate de ideias contraditórias, que por meio delas, chegava-se a uma conclusão.

As obras de Tales, Sócrates, Platão e Aristóteles são representativas da forma de pensamento grega, chamada de filosofia, na qual se sustenta a tradição do pensamento Ocidental. Os filósofos que sucederam os gregos antigos sempre tomaram seus pensamentos como referência, citando-os seja para afirmar sua concordância com as ideias que desenvolveram ou para contrapor a elas.

Tales de Mileto, o primeiro filósofo

Sócrates

Tales de Mileto, considerado o primeiro filósofo grego, viveu no início do século VI a.C., em Mileto, uma cidade asiática controlada pelos gregos. Tales de Mileto e outros filósofos desse período buscavam explicar racionalmente a origem do mundo, mas sem abandonar sua herança cultural. Assim, eles retomavam os mitos em seus raciocínios, mas procuravam questioná-los, estabelecendo diferentes interpretações. Tales de Mileto afirmava que o princípio de tudo era a água.

Sócrates, um questionador

Sócrates viveu na cidade de Atenas entre os anos de 470 a.C. a 399 a.C. Ao contrário de outros filósofos gregos, ele não deixou textos escritos sobre suas ideias. Tudo o que sabemos sobre esse filósofo vem de registros de seus contemporâneos e de seus discípulos.

A principal característica da filosofia socrática é a dúvida. O próprio Sócrates afirmava não saber nada: “Só sei que nada sei” Ele questionava seus contemporâneos pelas ruas de Atenas, provocando a fragilidade dos conhecimentos deles. Por meio de perguntas aparentemente ingênuas, mas que na verdade conduziam a um raciocínio lógico, ele procurava levar os atenienses a perceber as próprias contradições. Para Sócrates, admitir a ignorância era o primeiro passo para atingir o conhecimento verdadeiro.

Platão e o mundo ideal

Sócrates foi acusado pelos governantes atenienses de criticar a lei grega e a crença nos deuses e de pervertes os jovens com sua filosofia. Ele foi preso e obrigado a tomar cicuta, um veneno que o levou a morte.

Platão e o mundo das ideias

Platão, que viveu de 428 a.C. a 348 a.C., foi o discípulo mais destacado de Sócrates e, além de registrar as ideias de seu mestre, criou uma filosofia própria, registrada quase inteiramente na forma de diálogos escritos. A república e As leis são duas de suas principais obras.

Segundo Platão, existia um mundo de formas e ideias que não podia ser alcançando na existência terrena. As coisas que vemos e sentimos nesse mundo eram, sombras ou imagens imperfeitas das formas ideias.

Aristóteles e o conhecimento lógico da natureza

Aristóteles que viveu entre 384 a.C. e 322 a.C., foi discípulo de Platão por vinte anos. Depois da morte de seu mestre, criou sua própria escola de filosofia em Atenas, que procurou estabelecer leis e regras sobre a forma de funcionamento tanto da natureza quanto das sociedades humanas, pois, para ele, cabia à filosofia aglutinar todos os saberes.

Pitágoras

Uma das contribuições aristotélicas foi a sistematização da lógica, o conjunto de regras que organizam o pensamento, permitindo chegar a conclusão correta. Aristóteles propunha, assim, a ideia de filosofia como totalidade do saber.

3. A matemática

Os conhecimentos matemáticos tiveram sua origem no Egito e na Mesopotâmia, e os gregos assimilarem esses conhecimentos, que se interessaram pelas técnicas e reconheceram a utilidade da Geometria.

Pitágoras

Pitágoras, matemático, filósofo, astrônomo, músico e místico grego, nasceu na ilha de Samos. Não se sabe ao certo quando nasceu e morreu Pitágoras mas calcula-se que viveu uma longa vida (entre 80 a 100 anos), entre a primeira metade do século VI a.C. e o início do século V a. C.

Hipócrates

A Escola Pitagórica defendia o princípio de que a origem de todas as coisas estava nos números, o atomismo numérico. No domínio da matemática, os estudos mais importantes atribuídos a Pitágoras são: a descoberta dos números irracionais, o teorema do triângulo retângulo (Teorema de Pitágoras), a descoberta da tabuada, o estudo de propriedades dos números (dos números ímpares regulares, dos números triangulares, etc).

4. Hipócrates e a medicina

A medicina era muito importante para os gregos, tanto que havia um deus médico, Asclépio, filho de Apolo. No século V a.C. a medicina grega avançou bastante com a prática de Hipócrates de Cós (460 a 380 a.C.).

Considerado o pai da medicina, Hipócretes afirmava que o tratamento das enfermidades deveria levar em conta as condições ambientais e sociais, assim como o estilo de vida do paciente.