terça-feira, 10 de novembro de 2015

Governo Collor


Collor entrou para a história, como o primeiro presidente eleito por voto direto, após o golpe militar de 1964, o último tinha sido Jânio quadros em 1960. Além disso, foi o primeiro presidente deposto democraticamente, através de um processo de impedimento, chamado de impeachment. 

Eleições de 1989
A situação econômica do Brasil se encontrava caótica em 1989. O país estava em uma hiper inflação, chegando na casa de 80% ao mês. A sociedade se manisfestava contra o governo Sarney através de greves. A impopularidade do presidente era tão forte, que nenhum candidato à presidência se dizia governista. 
Vários políticos lançaram-se como candidato a presidência, como Mário Covas, Paulo Mluff, Leonel Brizola, Aureliano Chaves, Collor e Lula. Terminado o primeiro turno, foi apresentado duas propostas distintas: Fernando Collor de Melo (PRN), membro de uma família tradicional de Alagoas, ex governador de seu estado, que teve sua vida pública ligado à ditadura; Luís Inácio Lula da Silva (PT), sindicalista, parlamentar constituinte de 1988, ligado ao movimento operário.
Collor se apresentava como "caçador de marajás", pautando sua campanha ao combate a corrupção e apresentando-se como um candidato "novo", frente aos políticos tradicionais. Após uma intensa campanha e o famoso debate eleitoral da Rede Globo às vésperas do pleito, onde há indícios de manipulação editorial, Collor venceu com cerca de 35 milhões de votos, contra 31,1 milhões de Lula.

Governo
Quando Collor assumiu a presidência, a inflação batia o teto de 85% ao mês, para combatê-la lançou um polêmico plano econômico, chamado de Plano Collor, que estabelecia:
-Bloqueio de todos o dinheiro por 18 meses, que estava depositado no sistema financeiro, acima de 50 mil Cruzados Novos;
-Congelamento dos preços;
-Demissão de funcionários públicos;
-Aumento de impostos;
-Elevação de juros;
-Eliminação de impostos de importação de vários produtos.
Devidos à estas medidas a economia estagnou, ocorreram demissões, muitas empresas se fragilizaram frente ao capital internacional ou faliram e a duras penas a inflação foi contida. Após o término do período de 18 meses, o dinheiro da população foi devolvido e, com ele, a inflação retornou. Collor então, lançou outro plano econômico, chamado Plano Collor II, que entre outras coisas privatizou algumas empresas estatais.

O impeachment
A insatisfação popular contra o governo de Collor devido a recessão econômica era grande. Contudo, houve um aumento de sua impopularidade quando, em 13 de maio de 1992, foi descoberto o Esquema PC Farias. Paulo César Farias, tesoureiro da campanha eleitoral de Collor, encabeçava um vasta rede de corrupção envolvendo empresários e o governo, a fim de tirar privilégios do Estado em troca de propina.
A população reagiu, e surgiram os caras-pintadas, estudantes que saíam às ruas com seus rostos pintados, protestando contra a corrupção, pressionando assim o Congresso Nacional a votar favorável ao impeachment do presidente. Em setembro de 1992, os deputados federais votaram favoráveis ao pedido de impeachment, cabendo aos Senado julgar o presidente. Percebendo sua derrota, momentos antes de ser julgado pelos senadores, Collor renunciou. Contudo, foi julgado culpado pelos senadores, tendo seus direitos políticos suspensos por 8 anos.
- Governo Sarney
-Governo Itamar Franco

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