sexta-feira, 24 de julho de 2015

Fases do Capitalismo 
Com o fim do feudalismo na Europa, originou-se uma nova forma de gerir a economia, o capitalismo. A partir do século XIII, com o renascimento urbano e comercial nas grandes cidades e as grandes navegações surgiu uma nova classe social, a burguesia, dedicada ao comércio e ao sistema financeiro. Os mercados comerciais, a partir do século XV, se expandiram para outros continentes, Ásia, América, África e Oceania, inserindo-os nesta nova fase da DIT (Divisão Internacional do trabalho).
1. Capitalismo
a)       Principal objetivo é o lucro;
b)       Fundamentado nos meios de produção e na propriedade privada;
c)    O principal meio de troca para adquirir mercadorias é o dinheiro ou seus substitutos (talão de cheques, cartão de crédito e de débito, boleto bancário, etc.);
d)       É baseado na economia de mercado (lei da oferta e procura);
e)       É baseado no trabalho assalariado, como o trabalhador não tem mercadorias para venda em troca de seu salário vende sua mão de obra.
f)        A sociedade é dividida por classes, e neste contexto veremos muitas lutas de classes;
O Capitalismo é dividido em três fases:
a)       Capitalismo Comercial;
b)       Capitalismo Industrial;
c)       Capitalismo Financeiro ou Monopolista.
Capitalismo Comercial
Baseado no comércio entre as metrópoles e suas colônias, com o Pacto Colonial, surgindo a primeira Divisão Internacional do Trabalho (DIT). Este comércio era basicamente de metais preciosos e especiarias, vindo das colônias, em troca de produtos manufaturados. Esta troca de mercadorias propiciou o acúmulo de metais para Europa, propiciando o advento de outra fase do capitalismo, o Capitalismo Industrial.
Mercantilismo
a)       Balança Comercial favorável: todo pais deveria exportar mais que importar;
b)   Protecionismo Alfandegário: Taxas e impostos de produtos oriundos de outros países, com o objetivo de proteção dos produtos nacionais;
c)       Metalismo: a riqueza das nações eram medidas através do acumulo de prata e ouro;
d)  Monopólio ou Pacto Colonial: as colônias só poderiam comercializar com suas respectivas metrópoles.
Capitalismo Industrial
Esta fase do capitalismo é iniciada na Inglaterra com a Revolução Industrial. A produção industrial é a maior fonte de lucro. A relação entre trabalhador e trabalho é típica do capitalismo. Com trabalho assalariado, o trabalhador produz e compra os produtos, dando um dinamismo econômico. Já que o capitalismo é a venda de produtos, e o trabalhador não dispõe de capital, o que ele vende é sua força de trabalho.
Com o aumento da industrialização os países produtores necessitavam de matérias primas e expandir seus mercados consumidores. Para tanto, o Pacto Colonial era um empecilho, foi nesta época que muitas das colônias americanas conseguiram sua “independência”.
A pós as potencias europeias perderem colônias na América, olham para outro continente, agora a África, dando início a sua partilha no que ficou conhecido como Imperialismo.
Capitalismo Financeiro ou Monopolista
Esta fase do capitalismo desenvolve-se principalmente com o fim da I Guerra Mundial. Com o acúmulo de capital nas outras fases, surgiram bancos, bolsa de valores e grandes grupos empresariais a fim de multiplicar ainda mais o capital. A fusão de capital de financiamento e capital industrial originou um novo tipo de capital o capital financeiro, operado na bolsa de valores ele é a essência do capitalismo moderno.
Monopólios e Oligopólios
A monopolização ou ainda pior a oligopolização é a concentração de muito capital por poucos grupos ou pessoas em vários setores da economia (grandes grupos financeiros, grandes grupos industriais, grandes grupos de mídia). Nesta fase as empresas fundem-se em grandes grupos a fim de se protegerem do que elas mesmas criaram, uma capitalismo feroz.
O monopólio e a sua “evolução” o oligopólio é quando uma ou mais empresas detém a oferta de algum tipo de produto ou serviço, existem quatro tipos de oligopólio:
a) Cartel: é formada por empresas diferentes, mas que produzem o mesmo tipo de produto, que se juntam para assim estabelecer o preço de tal produto.
b) Truste: são empresas que se fundem para formar uma única empresa. Podendo se subdividir em:
* horizontal: empresas que produzem o mesmo produto e detém este mercado;
*vertical: empresas que detém todo o processo de produção, desde o plantio até a industrialização do produto.
c) Conglomerado: são empresas que diversificam sua produção para alcançar mercados diversos;
d) Holding: é uma empresa, que administra outras empresas de diversos ramos da economia.
Estado como empresário
Com a quebra da bolsa de valores de Nova Yorque em 1929, o liberalismo entra em colapso. Muitas empresas pedem falência, e até serviços básicos deixam de ser fornecidos. Neste contexto entra o Estado como agente empreendedor. O Estado deixa de ser um agente econômico e passa a ser proprietário de empresas (estatais), sendo um agente regulador da economia, o qual contrata, produz e determina preço.
O Capitalismo Financeiro Monopolista
A pós a II Guerra Mundial ocorreu a expansão de empresas multinacionais, que hoje chamamos de trans-nacionais. Empresas, geralmente estabelecidas em países desenvolvidos, mantiveram sua sede em seus países de origem, e abriram unidades em países subdesenvolvidos. Atraídos por incentivos fiscais, mão de obra barata, abundância de matéria prima e novos mercados consumidores. Isto permitiu que ocorresse no Brasil, Argentina, México, África do Sul e Índia uma industrialização. E que posteriormente surgisse o Tigres asiáticos com Cinga Pura, Taiwan, Coréia do Sul e Hong Kong.
Retomada do Neoliberalismo
No final da década de 1970 e início da década de 1980, o liberalismo clássico retorna ao cenário econômico na Inglaterra, especialmente no governo da primeira ministra Thatcher. Mas com as lições da crise de 1929 ele recebe duras críticas, em especial de setores esquerdistas da sociedade. Mas é na Década de 1990 que ele tem seu auge na América do Sul. Pregando uma economia de mercado e privatizações e trazendo desemprego para os trabalhadores.

No Rio Grande do Sul o neoliberalismo tem um importante aliado: Antônio Britto, governador do PMDB. Na época o RS possuía três grandes bancos estaduais, todos eles geradores de lucros para o Estado. Fechou a Caixa Econômica Estadual, privatizou o Banco Meridional (adquirido pelo Santander) e enfraqueceu o Banrisul. Privatizou a CRT, além de repassar rodovias importantes para a inciativa privada, que passou a pedagiá-las. Promoveu demissões do funcionalismo público concursado com o chamado PDV. No final de seu governo o estado do RS continuava endividado e sem as empresas que por décadas foram construídas pelos gaúchos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário