Fases do Capitalismo
Com o fim do
feudalismo na Europa, originou-se uma nova forma de gerir a economia, o
capitalismo. A partir do século XIII, com o renascimento urbano e comercial nas
grandes cidades e as grandes navegações surgiu uma nova classe social, a
burguesia, dedicada ao comércio e ao sistema financeiro. Os mercados
comerciais, a partir do século XV, se expandiram para outros continentes, Ásia,
América, África e Oceania, inserindo-os nesta nova fase da DIT (Divisão Internacional do trabalho).
1. Capitalismo
a) Principal objetivo é o lucro;
b) Fundamentado nos meios de produção e na
propriedade privada;
c) O principal meio de troca para adquirir
mercadorias é o dinheiro ou seus substitutos (talão de cheques, cartão de
crédito e de débito, boleto bancário, etc.);
d) É baseado na economia de mercado (lei
da oferta e procura);
e) É baseado no trabalho assalariado, como
o trabalhador não tem mercadorias para venda em troca de seu salário vende sua
mão de obra.
f)
A sociedade é dividida por classes, e neste contexto veremos muitas
lutas de classes;
O Capitalismo é
dividido em três fases:
a) Capitalismo Comercial;
b) Capitalismo Industrial;
c)
Capitalismo Financeiro ou Monopolista.
Capitalismo Comercial
Baseado no comércio
entre as metrópoles e suas colônias, com o Pacto Colonial, surgindo a primeira
Divisão Internacional do Trabalho (DIT). Este comércio era basicamente de
metais preciosos e especiarias, vindo das colônias, em troca de produtos
manufaturados. Esta troca de mercadorias propiciou o acúmulo de metais para
Europa, propiciando o advento de outra fase do capitalismo, o Capitalismo
Industrial.
Mercantilismo
a) Balança Comercial favorável: todo pais
deveria exportar mais que importar;
b) Protecionismo Alfandegário: Taxas e
impostos de produtos oriundos de outros países, com o objetivo de proteção dos
produtos nacionais;
c) Metalismo: a riqueza das nações eram
medidas através do acumulo de prata e ouro;
d) Monopólio ou Pacto Colonial: as colônias só poderiam comercializar com
suas respectivas metrópoles.
Capitalismo
Industrial
Esta fase do
capitalismo é iniciada na Inglaterra com a Revolução Industrial. A produção
industrial é a maior fonte de lucro. A relação entre trabalhador e trabalho é
típica do capitalismo. Com trabalho assalariado, o trabalhador produz e compra
os produtos, dando um dinamismo econômico. Já que o capitalismo é a venda de
produtos, e o trabalhador não dispõe de capital, o que ele vende é sua força de
trabalho.
Com o aumento da
industrialização os países produtores necessitavam de matérias primas e
expandir seus mercados consumidores. Para tanto, o Pacto Colonial era um
empecilho, foi nesta época que muitas das colônias americanas conseguiram sua
“independência”.
A pós as potencias
europeias perderem colônias na América, olham para outro continente, agora a
África, dando início a sua partilha no que ficou conhecido como Imperialismo.
Capitalismo
Financeiro ou Monopolista
Esta fase do
capitalismo desenvolve-se principalmente com o fim da I Guerra Mundial. Com o
acúmulo de capital nas outras fases, surgiram bancos, bolsa de valores e
grandes grupos empresariais a fim de multiplicar ainda mais o capital. A fusão
de capital de financiamento e capital industrial originou um novo tipo de capital
o capital financeiro, operado na bolsa de valores ele é a essência do
capitalismo moderno.
Monopólios e
Oligopólios
A monopolização ou
ainda pior a oligopolização é a concentração de muito capital por poucos grupos
ou pessoas em vários setores da economia (grandes grupos financeiros, grandes
grupos industriais, grandes grupos de mídia). Nesta fase as empresas fundem-se
em grandes grupos a fim de se protegerem do que elas mesmas criaram, uma
capitalismo feroz.
O monopólio e a sua
“evolução” o oligopólio é quando uma ou mais empresas detém a oferta de algum
tipo de produto ou serviço, existem quatro tipos de oligopólio:
a) Cartel: é formada
por empresas diferentes, mas que produzem o mesmo tipo de produto, que se juntam
para assim estabelecer o preço de tal produto.
b) Truste: são
empresas que se fundem para formar uma única empresa. Podendo se subdividir em:
* horizontal:
empresas que produzem o mesmo produto e detém este mercado;
*vertical: empresas
que detém todo o processo de produção, desde o plantio até a industrialização
do produto.
c) Conglomerado: são
empresas que diversificam sua produção para alcançar mercados diversos;
d) Holding: é uma
empresa, que administra outras empresas de diversos ramos da economia.
Estado como
empresário
Com a quebra da bolsa
de valores de Nova Yorque em 1929, o liberalismo entra em colapso. Muitas
empresas pedem falência, e até serviços básicos deixam de ser fornecidos. Neste
contexto entra o Estado como agente empreendedor. O Estado deixa de ser um
agente econômico e passa a ser proprietário de empresas (estatais), sendo um
agente regulador da economia, o qual contrata, produz e determina preço.
O Capitalismo
Financeiro Monopolista
A pós a II Guerra
Mundial ocorreu a expansão de empresas multinacionais, que hoje chamamos de
trans-nacionais. Empresas, geralmente estabelecidas em países desenvolvidos,
mantiveram sua sede em seus países de origem, e abriram unidades em países
subdesenvolvidos. Atraídos por incentivos fiscais, mão de obra barata,
abundância de matéria prima e novos mercados consumidores. Isto permitiu que
ocorresse no Brasil, Argentina, México, África do Sul e Índia uma
industrialização. E que posteriormente surgisse o Tigres asiáticos com Cinga
Pura, Taiwan, Coréia do Sul e Hong Kong.
Retomada do
Neoliberalismo
No final da década de
1970 e início da década de 1980, o liberalismo clássico retorna ao cenário
econômico na Inglaterra, especialmente no governo da primeira ministra
Thatcher. Mas com as lições da crise de 1929 ele recebe duras críticas, em
especial de setores esquerdistas da sociedade. Mas é na Década de 1990 que ele
tem seu auge na América do Sul. Pregando uma economia de mercado e
privatizações e trazendo desemprego para os trabalhadores.
No Rio Grande do Sul
o neoliberalismo tem um importante aliado: Antônio Britto, governador do PMDB.
Na época o RS possuía três grandes bancos estaduais, todos eles geradores de
lucros para o Estado. Fechou a Caixa Econômica Estadual, privatizou o Banco
Meridional (adquirido pelo Santander) e enfraqueceu o Banrisul. Privatizou a
CRT, além de repassar rodovias importantes para a inciativa privada, que passou
a pedagiá-las. Promoveu demissões do funcionalismo público concursado com o
chamado PDV. No final de seu governo o estado do RS continuava endividado e sem
as empresas que por décadas foram construídas pelos gaúchos.
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