Mesopotâmia
O Clima da da região conhecido como Mesopotâmia[1] é quente e seco durante a maior parte do ano, e sua vegetação é pobre Apesar disso, os povos da região souberam aproveitar-se dos dois grandes rios existentes no local: Tigre e o Eufrates, onde hoje se localizam o Iraque e o
Kuait. A presença desses rios e de seus afluentes assegurava o abastecimento
constante de água e solos favoráveis ao cultivo, pois as cheias tornavam
férteis as terras das margens. Isso facilitava o desenvolvimento da agricultura
e do pastoreio, os povos da antiguidade buscavam regiões férteis, próximas a
rios, para desenvolverem suas comunidades.
A região da mesopotâmia era uma excelente opção, pois
garantia a população: água para consumo, rios para pescar e via de transporte
pelos rios. Outro benefício oferecido pelos rios eram as cheias que
fertilizavam as margens, garantindo um ótimo local para a agricultura. Desde 3500
a.C. vários povos lutaram pelo controle das terras férteis da Mesopotâmia.
Características gerais
Apesar de existirem muitas diferenças entre os povos
que ocupavam a Mesopotâmia, eles possuíam algumas características em comuns. A
maioria da população era composta de agricultores que trabalhavam em terras
pertencentes aos reis e aos sacerdotes, a quem pagavam tributos. No geral, eram povos politeístas, pois acreditavam em
vários deuses ligados à natureza. No que se refere à política, tinham uma forma
de organização baseada na centralização de poder, onde apenas uma pessoa
(imperador ou rei) comandava tudo. A economia destes povos era baseada na
agricultura e no comércio nômade de caravanas.
Algumas pessoas se especializaram em desenvolver técnicas
que melhorassem a produção agrícola, criaram instrumentos para medir e calcular
o tamanho dos terrenos e a quantidade de água necessária para irriga-las.
Projetaram a construção de um sistema de represas para acumular água e de
canais para irrigação.
Os registros escritos mais antigos foram encontrados
em ruínas de um templo na cidade de Uruk, onde hoje se encontra o Iraque, com
data aproximada de 6.000 anos. Eram gravados na argila úmida com a ponta de um
estilete de vime em forma de cunha. Por isso esse sistema recebeu o nome de
cuneiforme.
Este modelo de escrita evoluiu lentamente:
a) Escrita pictográfica: no início, com a escrita pictográfica, objetos,
animais e pessoas eram representados por meio de desenhos figurativos que
lembravam o objeto representado;
b) Escrita ideográfica: os desenhos passaram a representar também ações e
sentimentos. Por exemplo, os animais que significavam pássaro ao lado aqueles
que significavam ovo designavam a ação de dar a luz.
Astronomia
Os mesopotâmicos não diferenciavam a astronomia a
astrologia. Para eles, os astros celestes eram sinais da vontade e do aviso dos
deuses. Pela posição de uma constelação no céu, os mesopotâmicos buscavam
sinais do início e o fim de uma guerra, do futuro de um governante ou mesmo
revelações sobre traços da personalidade de uma pessoa.
A partir da observação do movimento aparente do sol e
da lua, elaboraram um calendário lunar, dividindo o ano em 12 partes. Esse
calendário servia principalmente para indicar os melhores momentos para o
plantio e colheita. Previram eclipses o Sol e da Lua.
Os progressos na astronomia e na agricultura foram
possibilitados pelo conhecimentos matemáticos que os mesopotâmios também
desenvolveram. Eles resolviam problemas de geometria, aritmética por meio de
fórmulas matemáticas.
Religião
Os mesopotâmios eram politeístas. Entre estes deuses
destacavam-se: Na (deus do céu), Enlil (deus do ar), Enriki (deus da água) e
Ninhursag (deusa mãe-terra).
Para os mesopotâmicos, os deuses eram semelhantes aos
seres humanos, com diferença que eram poderosos e imortais. Eles casavam,
tinham filhos, ficavam tristes, zangados, e podiam ser cruéis, invejosos ou
caridosos.
Os templos representavam a moradia dos deuses na
Terra. Normalmente eram construídos sobre uma torre de escadas chamada
Zigurate. Nas salas dos templos, os sacerdotes realizavam diferentes rituais
religiosos: sacrifício de animais, práticas mágicas e oferendas de estátuas aos
deuses.
Arquitetura
Zigurate, tina forma piramidal, construída com espécie de degraus |
Sua função religiosa era muito importante, pois os
antigos mesopotâmicos acreditavam que os zigurates serviam de morada para os
deuses. Através destas construções, acreditavam que os deuses estariam mais
perto da sociedade. Logo, somente os sacerdotes poderiam acessar as partes
internas do zigurate.
Curiosidades: A "Torre de Babel" era, na
verdade, um zigurate vertical de aproximadamente 90 metros de altura. Foi
construído durante o reinado do imperador babilônico Nabucodonosor II.
Organização social
Um grande número de pessoas vivia nas cidades, que
eram formadas por uma área urbana e várias aldeias agrícolas em seu entorno. A
população da maioria dessas cidades estava dividida em 3 grupos sociais: a
elite, os trabalhadores livres e os escravos.
A elite era composta pelo rei com sua família, os
altos funcionários do governo e os sacerdotes, que eram os donos das terras.
Tinha o grupo dos comerciantes, que realizavam as trocas comerciais com outros
povos.
Os trabalhadores livres eram compostos pelos pequenos
comerciantes, que atuavam nos mercados dentro das cidades, os escribas que
trabalhavam nos templos e palácios e os artesãos, que fabricavam armas, joias,
vasos de luxo, tecidos, objetos de cerâmicas e tijolos.
Os escravos eram compostos por quem era prisioneiro de
guerra, pagamento de dívida ou alguém que cumpria pena por algum crime. Os
escravos eram encarregados de cumprir as tarefas mais pesadas.
-Egito Antigo
-Império Persa
[1] A palavra mesopotâmia tem origem grega e significa "terra entre
rios".
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