segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A Proclamação da República no Brasil

Entre os republicanos havia civis e militares. Entre os civis, predominavam os que defendiam a instalação de uma República federativa, ou seja, de um regime parlamentar baseado na autonomia das províncias. Entre os militares, predominavam os positivistas, que queriam implantar um governo forte e centralizado.

1. O golpe militar
O golpe militar para derrubar o governo é preparado para 20 de novembro. O governo organiza-se para combater o movimento. O último encontro aconteceu em 11 de novembro de 1889, na casa do marechal Deodoro da Fonseca, escolhido para liderar o golpe contra a monarquia. Temendo uma possível repressão, os rebeldes antecipam a data para o dia 15. Com algumas tropas sob sua liderança, Deodoro cerca o edifício, consegue a adesão de Floriano Peixoto, chefe da guarnição que defende o ministério, e prende todo o gabinete.
Dom Pedro II, que se encontra em Petrópolis, tenta contornar a situação: nomeia um novo ministro, Gaspar Martins, velho inimigo do marechal Deodoro.
A escolha acirra ainda mais os ânimos dos militares. Na tarde do dia 15, a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, em sessão presidida por José do Patrocínio, declara o fim da monarquia e proclama a República. Dois dias depois a família real embarca para Portugal, em sigilo.

2. Relações exteriores
Recebida com restrições na Inglaterra, a proclamação da República foi saudada com entusiasmo na Argentina e a aproximou o Brasil dos EUA. Ocorreu o deslocamento do eixo diplomático brasileiro de Londres para Washington se deu com a entrada do Barão do Rio Branco para o Ministério das Relações Exteriores. Com a República, o Estado unitário existente no Império foi substituído pelo Estado federativo. Nesse momento foi instituída uma Bandeira Nacional e uma Constituição republicana.

3. Propaganda republicana
A propaganda republicana foi centrada na associação entre Independência, Abolição e República, como o caminho para a “libertação e progresso” da pátria. Ocorreram vários encontros entre civis e militares no Rio de Janeiro. De um lado, a classe proprietária era representada por Quintino Bocaiuva, Aristides Lobo e Rui Barbosa; do outro lado, os militares Benjamim Constant, Sena Madureira e Sólon Ribeiro, porta-vozes dos ideais positivistas. Elaboram uma nova bandeira, hino da república, trocaram o nome de ruas, até a nomenclatura do Brasil.

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