Dinâmica Populacional
A dinâmica populacional nos faz compreender as
mudanças que ocorreram na população, como nascimento, mortalidade e movimentos
migratórios.
1. Crescimento da população
A população mundial aumenta quando há mais nascimentos
do que mortes. A diferença entre o número de nascimentos (medido pela taxa de
natalidade) e o número de mortes (medido pela taxa de mortalidade) corresponde
ao crescimento vegetativo ou natural da população: natalidade -mortalidade =
crescimento vegetativo.
Quando a natalidade é maior que a mortalidade, o
crescimento é positivo: a população aumenta, se a mortalidade é maior que a natalidade
o crescimento é negativo e a população diminui. A população de um lugar também
pode aumentar ou diminuir com as migrações.
Nos últimos duzentos anos, o ritmo de crescimento
populacional se acelerou, o que fez a população mundial passar de 1 bilhão, no
ano de 1800, para 6 bilhões no ano 2000.
No século XX, a população do Brasil também aumentou
significativamente até a década de 1930, devido a chegada de imigrantes. Depois
o crescimento continuou devido a aceleração do crescimento vegetativo.
Taxa de natalidade
Indica quantas crianças nasceram a cada mil
habitantes, no período de um ano. Por exemplo, em 2004 nasceram 21 crianças no
Brasil em cada grupo de mil habitantes, o que dá um a taxa de natalidade de 21%
(21 crianças nascidas por mil habitantes) no ano de 2004.
Taxa de mortalidade
Mostra o número de óbitos em um ano em cada grupo de
mil pessoas. Em 2004, a taxa de mortalidade foi de 6,3% (6,3 mortes a cada mil
pessoas) no ano de 2004. Portanto a taxa de crescimento vegetativo de 2004 foi
de (21 – 6,3 = 14,7) 14,7 habitantes a cada mil pessoas.
2. Crescimento vegetativo acelerado
A partir da década de 1940, as obras de saneamento
básico, as companhas de vacinação e os avanços da medicina fizeram com que a
taxa de mortalidade caísse no Brasil. Em 1940, a taxa de mortalidade brasileira
era de 25%, em 1960 passou para 13%.
A taxa de natalidade, que já era alta, continuou
elevada e praticamente não se alterou: de 44%, em 1940, passou a 43%, em 1960.
Com isso o crescimento vegetativo aumentou: passou de 1,9% ao ano em 1940, para
3% ao ano em 1960. A população absoluta aumentou de 41 milhões para 70 milhões
de habitantes.
De 1970 em diante, a taxa de natalidade começou a
diminuir, caindo de 38% em 1970, para 21%, em 2004. O resultado da queda da
natalidade foi a redução do ritmo do crescimento vegetativo.
Fecundidade em queda
A população urbana brasileira é atualmente maior de
80%, por isso dizemos que o Brasil é um país urbano. O maior acesso às escolas
facilita também o acesso a mais informações sobre métodos anticoncepcionais,
que podem evitar a gravides. O alto custo de vida, faz com que os casais optem
a ter poucos filhos, ou nenhum. E a inserção da mulher no mercado de trabalho.
Assim a redução do número de filhos é uma das mudanças fundamentais que ocorrem
com a urbanização.
Gravidez na adolescência
A fecundidade de mulheres adultas vem caindo ano a pós
ano. No entanto, os casos de gravidez na adolescência entre os 10 e os 19 anos,
vem aumentando muito em vários países, inclusive o Brasil, principalmente entre
as pessoas de baixa renda. Em média, 20 % das crianças que nascem no país são
filhos de adolescentes.
3. Expectativa de vida
Com a queda, desde de 1940, da taxa de mortalidade, a
população esta vivendo mais. Há 3 décadas, era comum ouvir que o Brasil era um
país de jovens. Atualmente, a situação mudou: metade dos brasileiros é composta
de adultos, e quase 10% da população é composta por idosos.
Em 1950, a média de vida de um brasileiro era de 50, 9
anos, isto é, a expectativa de vida era de 51 anos. Essa expectativa saltou
para 72,3 anos em 2006, segundo o IBGE. A expectativa de vida nos países
desenvolvidos é alta. Os países ricos apresentam população idosa maior que a
brasileira. No Brasil as regiões ricas como o sudeste e o Sul, tem expectativa
de vida mais alta que as demais.
Envelhecimento da população
O fenômeno de envelhecimento é recente na população
brasileira. Por isso, o país e as pessoas têm de se adaptar a essa tendência.
Como os idosos requerem mais cuidados, é preciso melhorar o sistema de saúde.
Nos próximos anos serão necessários mais médicos e especialistas em problemas
típicos de velhice.
Além disso a questão previdenciária (aposentadoria).
Muitos idosos sustentam suas famílias com os benefícios pago pela Previdência
Social. Como milhões de brasileiros devem se aposentar nas próximas décadas, o
governo será obrigado a obter recursos para o pagamento dos futuros aposentados.
Tais recursos vem da contribuição previdenciária paga pelos trabalhadores e
pelas empresas.
As mulheres vivem mais
Estima-se que a expectativa de vida da população
brasileira chegue aos 75 anos de idade, em 2015, e aos 78 anos em 2026. Para as
mulheres, a expectativa de vida é maior. Atualmente, elas vivem em média 7,6
anos a mais que os homens.
Há vários motivos para que a taxa de mortalidade
masculina seja maior. As mortes por causa externas (homicídios, acidentes de
trânsito e afogamentos) são mais frequentes em homens. Além disso, é comprovado
que a vulnerabilidade às doenças ao longo da vida também é maior aos homens.
4. Transição demográfica
A transição demográfica acompanha a passagem da
população rural para a urbana. É um processo que se desenvolve em 3 fases. Cada
uma delas apresenta características específicas por causa da variação nas taxas
de natalidade e mortalidade.
Controlando o crescimento vegetativo
Quando o crescimento vegetativo é muito baixo ou
negativo, o governo costuma estimular o aumento da natalidade. Para isso,
oferece incentivos, como a diminuição de impostos para os casais com filhos e a
ampliação do período de licença para mães e pais que acabem de ter filhos.
Uma consequência do baixo crescimento vegetativo é a
escassez de mão de obra, sobretudo em países em que grande parte da população
está aposentada ou em vias de se aposentar. Nesse caso, o Estado pode recorrer
à imigração e permitir que as vagas de emprego sejam ocupadas por imigrantes.
5. Distribuição etária
A estrutura etária de um local (cidade, estado, região
ou país) mostra como sua população está distribuída por faixas de sexo e idade.
Com isto podemos verificar quais as faixas etárias estão presentes nas regiões.
Países ricos desenvolvidos como Alemanha, Itália, Japão e Suécia tem mais
pessoas velhas que novas. Em países subdesenvolvidos há mais pessoas jovens que
idosas.
·
Entre 0 até 19 anos: Jovens
·
Entre 20 até 59 anos: Adultos
·
Acima e 60 anos: Idosos
População Economicamente Ativa (PEA)
É a população que
está no mercado de trabalho, exercendo funções remuneradas. Por um lado é bom
que o país tenha bastante gente com idade para trabalhar, pois assim poderá
dispor de um grande contingente de mão de obra. Por outro lado, é necessário
criar empregos para todos e garantir o crescimento da economia e o
desenvolvimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário