sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Dinâmica Populacional
A dinâmica populacional nos faz compreender as mudanças que ocorreram na população, como nascimento, mortalidade e movimentos migratórios.

1. Crescimento da população
A população mundial aumenta quando há mais nascimentos do que mortes. A diferença entre o número de nascimentos (medido pela taxa de natalidade) e o número de mortes (medido pela taxa de mortalidade) corresponde ao crescimento vegetativo ou natural da população: natalidade -mortalidade = crescimento vegetativo.
Quando a natalidade é maior que a mortalidade, o crescimento é positivo: a população aumenta, se a mortalidade é maior que a natalidade o crescimento é negativo e a população diminui. A população de um lugar também pode aumentar ou diminuir com as migrações.
Nos últimos duzentos anos, o ritmo de crescimento populacional se acelerou, o que fez a população mundial passar de 1 bilhão, no ano de 1800, para 6 bilhões no ano 2000.
No século XX, a população do Brasil também aumentou significativamente até a década de 1930, devido a chegada de imigrantes. Depois o crescimento continuou devido a aceleração do crescimento vegetativo.

Taxa de natalidade
Indica quantas crianças nasceram a cada mil habitantes, no período de um ano. Por exemplo, em 2004 nasceram 21 crianças no Brasil em cada grupo de mil habitantes, o que dá um a taxa de natalidade de 21% (21 crianças nascidas por mil habitantes) no ano de 2004.

Taxa de mortalidade
Mostra o número de óbitos em um ano em cada grupo de mil pessoas. Em 2004, a taxa de mortalidade foi de 6,3% (6,3 mortes a cada mil pessoas) no ano de 2004. Portanto a taxa de crescimento vegetativo de 2004 foi de (21 – 6,3 = 14,7) 14,7 habitantes a cada mil pessoas.

2. Crescimento vegetativo acelerado
A partir da década de 1940, as obras de saneamento básico, as companhas de vacinação e os avanços da medicina fizeram com que a taxa de mortalidade caísse no Brasil. Em 1940, a taxa de mortalidade brasileira era de 25%, em 1960 passou para 13%.
A taxa de natalidade, que já era alta, continuou elevada e praticamente não se alterou: de 44%, em 1940, passou a 43%, em 1960. Com isso o crescimento vegetativo aumentou: passou de 1,9% ao ano em 1940, para 3% ao ano em 1960. A população absoluta aumentou de 41 milhões para 70 milhões de habitantes.
De 1970 em diante, a taxa de natalidade começou a diminuir, caindo de 38% em 1970, para 21%, em 2004. O resultado da queda da natalidade foi a redução do ritmo do crescimento vegetativo.

Fecundidade em queda
A população urbana brasileira é atualmente maior de 80%, por isso dizemos que o Brasil é um país urbano. O maior acesso às escolas facilita também o acesso a mais informações sobre métodos anticoncepcionais, que podem evitar a gravides. O alto custo de vida, faz com que os casais optem a ter poucos filhos, ou nenhum. E a inserção da mulher no mercado de trabalho. Assim a redução do número de filhos é uma das mudanças fundamentais que ocorrem com a urbanização.

Gravidez na adolescência
A fecundidade de mulheres adultas vem caindo ano a pós ano. No entanto, os casos de gravidez na adolescência entre os 10 e os 19 anos, vem aumentando muito em vários países, inclusive o Brasil, principalmente entre as pessoas de baixa renda. Em média, 20 % das crianças que nascem no país são filhos de adolescentes.

3. Expectativa de vida
Com a queda, desde de 1940, da taxa de mortalidade, a população esta vivendo mais. Há 3 décadas, era comum ouvir que o Brasil era um país de jovens. Atualmente, a situação mudou: metade dos brasileiros é composta de adultos, e quase 10% da população é composta por idosos.
Em 1950, a média de vida de um brasileiro era de 50, 9 anos, isto é, a expectativa de vida era de 51 anos. Essa expectativa saltou para 72,3 anos em 2006, segundo o IBGE. A expectativa de vida nos países desenvolvidos é alta. Os países ricos apresentam população idosa maior que a brasileira. No Brasil as regiões ricas como o sudeste e o Sul, tem expectativa de vida mais alta que as demais.

Envelhecimento da população
O fenômeno de envelhecimento é recente na população brasileira. Por isso, o país e as pessoas têm de se adaptar a essa tendência. Como os idosos requerem mais cuidados, é preciso melhorar o sistema de saúde. Nos próximos anos serão necessários mais médicos e especialistas em problemas típicos de velhice.
Além disso a questão previdenciária (aposentadoria). Muitos idosos sustentam suas famílias com os benefícios pago pela Previdência Social. Como milhões de brasileiros devem se aposentar nas próximas décadas, o governo será obrigado a obter recursos para o pagamento dos futuros aposentados. Tais recursos vem da contribuição previdenciária paga pelos trabalhadores e pelas empresas.

As mulheres vivem mais
Estima-se que a expectativa de vida da população brasileira chegue aos 75 anos de idade, em 2015, e aos 78 anos em 2026. Para as mulheres, a expectativa de vida é maior. Atualmente, elas vivem em média 7,6 anos a mais que os homens.
Há vários motivos para que a taxa de mortalidade masculina seja maior. As mortes por causa externas (homicídios, acidentes de trânsito e afogamentos) são mais frequentes em homens. Além disso, é comprovado que a vulnerabilidade às doenças ao longo da vida também é maior aos homens.

4. Transição demográfica
A transição demográfica acompanha a passagem da população rural para a urbana. É um processo que se desenvolve em 3 fases. Cada uma delas apresenta características específicas por causa da variação nas taxas de natalidade e mortalidade.

Controlando o crescimento vegetativo
Quando o crescimento vegetativo é muito baixo ou negativo, o governo costuma estimular o aumento da natalidade. Para isso, oferece incentivos, como a diminuição de impostos para os casais com filhos e a ampliação do período de licença para mães e pais que acabem de ter filhos.
Uma consequência do baixo crescimento vegetativo é a escassez de mão de obra, sobretudo em países em que grande parte da população está aposentada ou em vias de se aposentar. Nesse caso, o Estado pode recorrer à imigração e permitir que as vagas de emprego sejam ocupadas por imigrantes.

5. Distribuição etária
A estrutura etária de um local (cidade, estado, região ou país) mostra como sua população está distribuída por faixas de sexo e idade. Com isto podemos verificar quais as faixas etárias estão presentes nas regiões. Países ricos desenvolvidos como Alemanha, Itália, Japão e Suécia tem mais pessoas velhas que novas. Em países subdesenvolvidos há mais pessoas jovens que idosas.

·         Entre 0 até 19 anos: Jovens
·         Entre 20 até 59 anos: Adultos
·         Acima e 60 anos: Idosos
População Economicamente Ativa (PEA)
É a população que está no mercado de trabalho, exercendo funções remuneradas. Por um lado é bom que o país tenha bastante gente com idade para trabalhar, pois assim poderá dispor de um grande contingente de mão de obra. Por outro lado, é necessário criar empregos para todos e garantir o crescimento da economia e o desenvolvimento. 

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