segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Agentes internos do relevo
Além dos agentes externos, as formas do relevo terrestre também são modeladas e estruturadas pelos movimentos das placas tectônicas e pelo vulcanismo. Esses são chamados de agentes internos.

1. A Deriva Continental
Durante séculos os seres humanos acreditaram que os continentes fossem fixos na crosta terrestre. Desde que surgiram os primeiros mapas da América e da África, porém, apontou-se para o encaixe das costas atlânticas desses dois continentes.
Mas foi o alemão Alfred Wegener que, no início do século XX, ao participar e uma expedição na Groenlândia, constatou que as placas e gelo quebravam e se afastavam. Com base nessa constatação, ele desenvolveu a Teoria da Deriva Continental. Wegener imaginava que a crosta flutuava sobre o magma e que, como as placas de gelo, os continentes se afastavam.
Segundo essa teoria, há cerca de 200 milhões de anos todos os continentes formavam um só bloco, o continente Pangeia rodeada por um só oceano, o Platalassa. Ao longo de milhões e anos, essa massa continental dividiu-se em blocos, dando origem aos atuais continentes e oceanos.

Os argumentos de Wegener
Wegener recolheu fósseis de plantas e animais no Brasil e na África e constatou a presença de solo e rochas do mesmo tipo nas costas dos dois continentes. Fósseis idênticos também foram encontrados nos territórios de outros continentes.
A teoria apresentada foi contestada pela comunidade científica da época porque, apesar das evidências, Wegener não conseguia explicar o que gerava os movimentos da crosta.

2. As placas tectônicas
Na década de 1960, cientistas comprovaram a Teoria da Deriva Continental e decifraram como e por que os continentes se separam. Por meio de expedições submarinas, encontraram fendas no fundo do oceano Atlântico por onde o magma aflorava e formava novas rochas. Os especialistas recolheram amostras e rochas em diferentes pontos do leito oceânico e constataram que as rochas e formação mais recente estavam próximas às fendas. À medida que se afastavam encontravam rochas cada vez mais antigas. Dessa forma, confirmaram que o fundo do oceano Atlântico esta aumentando e que os continentes americano e africano estão se afastando.
Essas descobertas foram fundamentais para explicar que a litosfera não é uma massa rochosa compacta. Ela tem espessura variável, com média de 110 Km, e é compartimentada por fraturas profundas. Os fragmentos rochosos que compõe a litosfera são chamados de placas tectônicas.
Essas placas deslizam sobre o manto e exercem pressões uma sobre as outras, provocando choques, atritos, fraturas e dobramentos. As áreas de encontro dessas placas são frequentemente atingidas por terremos e vulcões. As cordilheiras e as fossas abissais também tem origem nos movimentos tectônicos.

O deslocamento das placas
As placas se deslocam em diversas direções, afastando-se e chocando-se umas contra as outras por causa da enorme pressão exercida pelo manto sobre a crosta terrestre. As diferenças de temperaturas, que são muito altas, e  materiais do interior da Terra formam correntes ascendentes ou descentes, conhecidos como correntes de convecção. Essas correntes exercem pressão sobre as placas, causando seus movimentos, que podem ser divergentes, quando elas se afastam, ou convergentes, quando se chocam.

Movimento divergente das placas
A maior parte das placas que realizam movimentos divergentes encontra-se no fundo dos oceanos. Por suas bordas estarem se afastando, o material vindo do manto aflora com mais facilidade, atingindo o leito oceânico. O material magmático vai acumulando e sendo resfriado gradualmente, dando origem a novas rochas, que se agregam às já existentes.
Ao longo de milhões de anos, o afloramento constante de magma nos fundos oceânicos resulta na formação de grandes cadeias montanhosas, em geral submersas, chamadas cadeias mesoceânicas ou dorsais. Desse processo resulta a expansão o fundo os oceanos.

Movimentos convergentes das placas
O movimento convergente das placas atua e diferentes maneiras sobre a superfície terrestre, causando granes transformações no relevo. No choque das placas, a borda formada por materiais menos densos e menos resistentes torna-se mais maleável pelo atrito gerado e tende a se dobrara pela força da outra placa. Ao longo de milhões de anos, esse processo de dobramento eu origem a grane cadeias montanhosas, como os Andes na América do Sul, e o Himalaia na Ásia.
Já a placa formada por materiais mais densos e mais resistentes tende a mergulhar no manto. Nesse processo, conhecido como subducção, o material rochoso que compõe a placa volta a fundir-se em magma. É o caso da placa de Nazca, que pressiona a Sul-americana e mergulha sob esta. Enquanto ocorre a subducção da placa de Nazca, na borda continental a placa Sul-americana se dobra, formando a cordilheira dos Andes.
A cordilheira do Himalaia também é resultado do encontro de placas que se chocam. Outro tipo de movimento ocorre quando as placas eslizam horizontalmente em movimentos opostos, produzindo falhas. As falhas, como a de San Andres, dão origem a várias formas de relevo, como escarpas, vales e serras.

O ponto mais alto e o derretimento dos Alpes
Na cordilheira do Himalaia, na Ásia, estão as montanhas mais altas da Terra. Na década de 1990, os especialistas asseguraram que o nonte do Everest é o ponto mais alto da Terra, com 8848 metros de altura, aumentando alguns centímetros por ano, por causa do movimento das placas tectônicas. O monte Everest é localizado na fronteira entre o Nepal e o Tibete.
O gelo que recobre as montanhas dos Alpes diminui cerca de 3% ao ano. Se o derretimento continuar nessa velocidade, até 2050 as montanhas dos Alpes não terão mais seus cumes brancos durante o ano todo. Os cientistas preveem que, até 2050, as geleiras ou “neves eternas” terão derretido pela elevação da temperatura no planeta causada pelo aquecimento global.

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