sexta-feira, 16 de outubro de 2015

 Fenícios

Além de serem excelentes navegadores e comerciantes, os fenícios deixaram um alfabeto que serviu de base ao alfabeto latino, que utilizamos hoje.

1. O território da civilização fenícia
A cultura fenícia começou a desenvolver-se por volta do século XIV a.C. Os fenícios ocupavam uma estreita faixa de terra situada ao norte da atual Palestina, entre o litoral do mar Mediterrâneo e as montanhas, onde hoje é o atual Líbano.
Uma parte do território era muito fértil, onde a população explorava oliveiras, para fabricação de azeite de oliva, a agricultura de trigo e o corte de madeiras nobres, como cedro; a outra parte do território era muito quente e árida, com secas praticamente o ano inteiro.
As altas montanhas criavam dificuldades para os fenícios adentrar o continente e, por isso, eles voltaram seus esforços para o mar. O cedro das florestas possibilitou a construção de navios leves e resistentes, o que tornou os fenícios grandes navegadores do muno antigo.

2. As cidades-Estados fenícias
O fenícios eram conhecidos como o "Povo do Mar"
Como as áreas férteis que permitiam a ocupação humana eram muito estreitas e isoladas por montanhas, as cidades fenícias se desenvolveram de modo independente umas das outras, ao longo da costa ou ilhas do Mar Mediterrâneo. As principais foram as cidades portuárias de Bíblos, Sídon e Tiro.
O isolamento geográfico contribuiu para que os fenícios não formassem um império, mas um grupo de cidades-Estado independentes que rivalizavam entre si e lutavam e contra seus vizinhos poderosos, como os hititas, egípcios, assírios e babilônicos. Cada cidade-Estado tinha seu próprio rei, que era auxiliado por uma assembleia composta, em geral, de ricos comerciantes ou construtores de navios.

Mercadores fenícios
3. Fenícios: grandes artesãos e comerciantes
Os fenícios foram excelentes artesãos: produziam tecidos, joias, perfumes, vidro, cerâmica decorada, armas e objetos de madeira. Eles compravam lã na Mesopotâmia e linho, marfim e pedras preciosas no Egito. Por não possuírem muitas terras férteis, estarem em frente ao mar, e espremidos entre montanhas, os fenícios dedicaram-se ao comércio e a navegação.
Com o desenvolvimento da navegação, os fenícios conquistaram os mares e tronaram-se conhecidos piratas. Na Antiguidade era comum os marinheiros das embarcações mercantes atacarem outros navios para roubar mercadorias ou para capturara tripulantes e vendê-los como escravos.
A navegação avançada permitiu aos fenícios cruzar o mar mediterrâneo e chegar ao Oceano Atlântico. Foram fundadas colônias, chamadas de empórios, na costa da África e na Espanha, voltadas para o comércio e a troca de mercadorias. Nesses locais, eles adquiriam ouro, prata, estanho, cereais e também escravos.

Cartago: uma colônia fenícia
Escrita com alfabeto fenício, cerca de
900 a.C.
A colônia fenícia da Cartago foi fundada no século IX a. C. por cidadãos de Tiro. No século IV a.C., Cartago tornou-se um dos maiores impérios marítimos do Ocidente, dominando cidades do Norte da África, da Sicília e da Península Ibérica. A cidade entrou em declínio no século seguinte, quando se envolveu em uma série de conflitos com romanos, as chamadas Guerra Púnicas e, foi destruída.

4. O alfabeto fenício
A prática comercial dos fenícios os levou a adaptar conhecimentos adquiridos de outros povos às necessidades de seu cotidiano. Um exemplo foi o desenvolvimento de um alfabeto com 22 caracteres representando sons e consoantes da língua fenícia. O alfabeto fenício tornou a escrita mais simples e facilitou atividades ligadas ao comércio, como a confecção de listas de produtos.
A novidade do sistema de escrita alfabético é que cada um dos símbolos estava vinculado a sons, e não a ideias ou objetos. Para um fenício, não era necessário conhecer centenas de símbolos para escrever, como ocorria com as escritas egípcia e suméria.
Baal (deus) e Baalat (deusa)
Por volta do ano 1000 a.C. o alfabeto fenício se difundiu pela região do Mediterrâneo e foi adotado por povos da região. Mais tarde, foi adaptado pelos gregos, que introduziram as vogais. O sistema de escrita fenícia é o precursor dos alfabetos modernos.

5. A religião
Os fenícios eram politeístas. Cada deus representava um interesse ou uma necessidade humana, como a agricultura, a guerra, a lua, as artes. Na língua fenícia, deus era “el” e deus era “elat”. Mas El era também um deus específico, o pais dos deuses.

Cada cidade fenícia tinha seus próprios deuses. As deusas mais importantes eram Astarte, Baalat e Tanit. Baal, que podia significar senhor, era também o nome de vários deuses, dependendo da cidade. Havia também Yarih, deus da lua, Shamash, deus do sol, Reshef, deus da guerra. Ball Hammom era o deus supremo de Cartago, ao qual eram feitos sacrifícios, inclusive de crianças.




- Egito Antigo
- Império Persa
- Hebreus

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