sábado, 24 de outubro de 2015

Independência da Índia

A Índia passou a ser colônia inglesa no século XVII, área que corresponde hoje a atual Índia, Paquistão e Bangladesh. No século XIX, a Índia era considerada a joia mais preciosa da Coroa britânica, devido os seus 400 milhões de habitantes, que possibilitava um importante mercado consumidor dos produtos ingleses. Religiosamente a Índia era dividida entre muçulmanos e hindus os quais viviam em constante conflito.

Primeiros movimentos
No século XIX, iniciaram os primeiros movimentos pró-libertação da Índia. Em 1885 a elite hindu fundou o Partido do Congresso Indiano (PCI), para mobilizar a população contra a dominação inglesa no país. Contudo, era muito complicado mobilizar o país em torno de um mesmo ideal, pois a Índia estava dividida em duas religiões, muçulmana e hinduísta. Para piorar, o hinduísmo era composto por castas rigidamente estratificadas, fragmentando ainda mais a sociedade.
A parte muçulmana não se sentia representada pelo PCI, então em 1906 Mohamed Ali Jinnah fundou a Liga Muçulmana, para representar a parte muçulmana da Índia, cerca de 24% da população.


Gandhi e a resistência pacífica
Mohandas Karamchand Gandhi, nasceu em 1869, da casta dos vaícias ou vaixás, quando jovem foi estudar Direito na Inglaterra. Na metrópole tomou contato com outras religiões e estudou filosofia. Fortemente influenciado pelos escritores Henry Thoreau, estadunidense que defendia a desobediência civil e o russo Lenon Tolstoi, com seus ideais cristãos.
Após se formar em direito, foi exercer a profissão na África do Sul, outra colônia britânica, iniciando lá sua defesa aos hindus. Gandhi retornou para a Índia em 1914, onde ingressou no PCI e passou a liderar a campanha pela libertação de seu país, nas décadas de 1920 e 1930. Adotou o nome de Mahatma que significa grande alma, propôs a resistência pacífica utilizando a tática de desobediência civil.
60 mil indianos caminharam 300 quilômetros para
não comprar sal inglês
Gandhi conseguiu unir hindus e muçulmanos na luta contra o domínio inglês. Mahatma propunha um boicote aos produtos ingleses, os indianos não comprariam e não usariam mercadorias fabricados pelos ingleses. Assim, os indianos se organizaram e passaram a produzir e consumir seus produtos. Os indianos não deveriam obedecer nenhuma lei considerada injusta por eles além de não pagarem impostos aos britânicos.
Na década de 1930, Mahatma organizou uma das maiores mobilizações contra o monopólio inglês. A Marcha do Sal reuniu cerca de 60 mil pessoas, que caminharam em torno de 300 quilômetros até o mar, para ter acesso ao produto. Gandhi juntamente com as 60 mil pessoas foram presas, mas o monopólio do sal caiu.

Independência
O desgaste da Inglaterra durante a II Guerra Mundial e os vários prejuízos comerciais favoreceram a independência da Índia. O parlamento inglês, liderado pelo Partido Trabalhista, aceitou negociar com os líderes indianos a independência da Índia.
Após iniciada as negociações, muçulmanos e hindus entraram em conflito novamente, causando cerca de 1 milhão de mortos. Assim em 15 de agosto sugiram dois países: da parte centro-sul, surgiu a Índia de maioria hindu; do noroeste e nordeste surgiu o Paquistão Ocidental e Paquistão Oriental, respectivamente de maioria muçulmana. Em 1971, Paquistão Oriental constitui um país separado, de nome Bangladesh.

Tensão entre Índia e Paquistão
Mahatma Gandhi anunciou que faria uma viagem ao Paquistão em 1948, para estreitar as relações entre muçulmanos e hindus. Em 30 de janeiro de 1948 foi assassinado por hindu nacionalista radical. A partir de então, Índia e Paquistão estiveram em lados opostos e praticaram uma política de hostilidade mútua, que persiste até hoje.




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