sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O Cristianismo e sua Influência
O cristianismo, a religião com maior número de adeptos em todo o mundo, nasceu em uma província do Império Romano. A religião romana, era politeísta, pois os romanos cultuavam vários deuses. Em um dos territórios dominados pelos romanos predominava o monoteísmo, isto é, o culto a um Deus único e universal. Tratava-se da Judeia, chamada de palestina pelos romanos, que dominaram em 63 a.C.

Dominação romana
A Judeia, tinha sido conquistado por Roma, na sua fase imperial, no ano de 63 a.C. A administração romana na Judeia, seguia o modelo romano de administração dos povos dominados: era dado liberdade de culto, desde que os sacerdotes mantivessem o controle da população e não desafiassem Roma.
A região tinha grande importância econômica dentro do império romano. Havia uma importante produção artesanal de produtos em couro, cerâmica, perfumes e tecidos. Possuía importantes portos, estradas e centros urbanos. Mas nada comparado à forte agricultura, especializada em cereais, hortaliças e plantas aromáticas. Nesse território viviam os descentes dos antigos hebreus[1].
Contudo, como em outras regiões anexadas por Roma, a região sofria com uma alta carga tributária, ocorrendo assim, constantes levantes contra o domínio imperial. Nos primeiros anos do século I, a região estava dominada por insatisfação contra o domínio romano.
Por este período, surgiu em Nazaré um homem chamado Jesus que passou a transmitir ensinamentos em cidades da Judeia, como Cesareia, Cafarnaum, Samaria e Jerusalém. Jesus pregava a existência de um Deus único, o amor ao próximo, a compaixão e a humildade. Suas pregações não eram contra o poder político de Roma na região, mas afrontavam o poder sacerdotal do Templo de Jerusalém, que estava sob domínio dos fariseus.
Em suas pregações, Jesus se colocava como o Messias, o enviado por Deus, como estava previsto nas escrituras. Essa atitude desagradou autoridades judaicas e romanas. Os judeus acusavam Jesus de insultar a Deus, e os romanos temiam que ele incitasse seus seguidores contra o Império Romano.
Os primeiros cristãos eram levados para as arenas,
onde eram atrações circenses, sendo devorados
 por  leões ou tigres famintos
Preso às vésperas de uma data religiosa judaica importante, a Páscoa, Jesus foi julgado pelo Sinédrio (conselho responsável pelos assuntos da comunidade judaica). Pôncio Pilatos, administrador romano da Judeia, pressionado pelos fariseus, condenou-o a morrer na cruz, pena de morte aplicada aos criminosos e rebeldes da época.

As primeiras comunidades cristãs
A mensagem de esperança, logo chegou aos setores marginalizados da região: mulheres, pescadores, pastores e agricultores foram os primeiros adeptos de Jesus. Esta mensagem estava fadada a reformar o judaísmo ou a criar uma nova religião.
Logo após a execução de Jesus, a repressão romana contra seus seguidores foi violenta. As obras de jesus só tiveram continuidade por meio dos chamados apóstolos, grupos de homens que o acompanhava em suas pregações. Paulo de Tarso, judeu e cidadão romano, não conheceu Jesus pessoalmente, mas é considerado seu apóstolo por ser o responsável em organizar o cristianismo como religião e divulgar sua mensagem, além do mundo judaico, por todo o Império Romano, a partir da Palestina.
Catacumbas, locais no subsolo onde os primeiros cristãos
se reuniam

As perseguições no Império Romano
Ao longo do século I, os cristãos ganharam muitos adeptos e passaram a o incomodar as autoridades romanas. Como os cristãos se recusavam adorar o imperador e os deuses romanos, foram acusados pelas autoridades a trair o Estado e desrespeitar as tradições romanas, e consequentemente, serem considerados criminosos. Este ato punha em xeque o caráter divino das autoridades romanas, o que poderia comprometer a estabilidade do império.
Os seguidores do cristianismo sofreram perseguições e vários foram condenados à morte nas arenas e, em alguns casos sofreram a condenação na cruz. O auge das perseguições contra os cristãos ocorreu no início do século IV, durante o governo do imperador Diocleciano. Foram baixados quatro éditos imperiais, proibindo a religião e dando ordem para prender os líderes religiosos.
Imperador Constantino liberou a religião
cristã em 313 d.C. e antes de morrer
se converteu ao cristianismo
Para fugir das tentativas de submissão promovidas pelas autoridades romanas e conseguir realizar seus cultos, os primeiros cristãos se reuniam e se escondiam em catacumbas, que eram galerias subterrâneas. Os cristãos tomavam outras medidas para garantir a segurança do grupo. Por exemplo, para um indivíduo ingressar nas comunidades cristãs, devia ser apresentado por um adepto. Somente após de várias provas de fé, o candidato seria considerado membro do grupo.
Apesar das fortes perseguições, o cristianismo foi ganhando novos adeptos. A nova crença acabou por influenciar a religiosidade de grande parte dos romanos, inclusive altos escalões de militares e dos magistrados. Em 313 d.C., o imperador Constantino publicou o Édito de Milão, dando liberdade de culto aos cristãos e, encerrando as perseguições do Estado romano ao cristianismo. O próprio Constantino se converteu ao cristianismo.




[1] Eles esperavam a vinda de um messias, que seria enviado por seu Deus. Para uma parte dos habitantes da Judeia, esse, messias seria Jesus, um judeu humilde, que teria nascido na cidade de Belém e passou sua infância na cidade de Nazaré. Contudo, muitos judeus não acreditaram que ele fosse o messias esperado.




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