segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Feudalismo

O feudalismo foi um sistema social europeu originado da fusão da cultura romana com as tradições germânicas, após as invasões bárbaras e a queda do Império Romano no século V.

A feudalização da Europa
Durante o período das invasões bárbaras, as cidades foram esvaziadas, e muitos patrícios partiram para suas propriedades rurais em busca de refúgio, contribuindo para a ruralização da sociedade, no século V. Durante o Império Carolíngeo, era distribuído terras (ducado, marca, condado) aos seus colaboradores. Em busca de proteção militar, e ajuda econômica os donos dos feudos (senhor ou suserano), firmava um contrato pessoal de fidelidade com a população que fugia das cidades e necessitava proteção e trabalhar em suas terras (vassalos). Dando origem aos senhores feudais e o campesinato medieval.
O senhor feudal "oferecia" trabalho e proteção aos
seus vassalos
Ao final do século IX, ocorreram novas invasões na porção ocidental do continente europeu, promovidos pelos vikings- ao norte, húngaros- a leste, e sarracenos- península Ibérica e sul da península Itálica, ocorrendo a desintegração do Império Carolíngio. Os antigos colaboradores de Carlos Magno, formaram uma aristocracia e reproduziram em seus domínios o modelo de distribuição de terras a seus dependentes em forma de feudo (beneficio, segundo a língua dos povos germânicos,). Os feudos podiam tanto ser enormes territórios com cidades inteiras dentro deles, ou apenas uma fazenda, variando muito de um para o outro.
Aos primogênitos desta aristocracia era dado o direito de herança do título da propriedade e de explorar os camponeses, formando uma nobreza. Neste contesto, durante o século XI, o regime senhoril transformou o campesinato em servos, dando origem a servidão.
Os nobres possuíam um exército próprio, tinham poder de julgar, punir, criar moedas, cobrar pedágios e impostos em suas propriedades. Portanto, a autoridade exercida pelo senhor feudal, na prática, era superior à dos reis, que não tinham poder de interferência direta sobre as regras e imposições de um senhor feudal no interior de suas propriedades. Assim sendo, o feudalismo causou a descentralização política na Europa. 

Estrutura feudal
Na estrutura física do feudo era geralmente divididos em três partes:
1. Reserva ou manso senhorial: de domínio exclusivamente do senhor feudal;
2. Castelo: parte administrativa do feudo e moradia do senhor feudal;
8. Manso servil: área destinados aos servos para produção. Era dividido em várias áreas denominadas tenências. 
4. Terras comunais : onde a terra comum, matas, pastos, estábulos, moinhos, forno e celeiro que podem ser utilizados tanto pelo senhor quanto pelos servos;
Aos servos, restavam pagar várias taxas ao seu senhor, são elas:
Banalidades: pagamento de uma parte da produção para utilizar as instalações das terras comunais;
Talha: pagamento de 30% ou 40% de toda produção por utilizar as tenências. 
Capitação: pagamento de imposto por cabeça (per capta, em latim);
Corveia: os servos trabalhavam 3 dias na semana na reserva ou no castelo;
Mão morta: pagamento de uma taxa para permanecer na terra, à família do senhor feudal, quando este morria;
Formariage: pagamento de taxa ao senhor, quando algum servo se casava.

Sociedade feudal
A sociedade era basicamente composta por duas camadas principais: os senhores e os servos. Porém existiam os vilões, donos de pequenos lotes de terras. Com o passar do tempo, alguns destes vilões migraram para os feudos e transforaram-se em vassalos, em troca de proteção.
A Igreja tanto era suserana com o auto clero, quanto
vassala com o baixo clero
O clero, embora de muita importância na sociedade feudal, não constituía uma classe separada uma vez que os componentes do auto clero, também eram senhores e possuíam seus servos, baixo clero. Entretanto, a relação de suserania é mais complexa uma vez que as terras eram cedidas não aos camponeses, mas a outros senhores ou cavaleiros que assumiam um compromisso de fidelidade com o suserano. Este cedia terras em troca de mais poder e um aumento no contingente de seu exército. 
Cada feudo possuía seu exército, composto pelos cavaleiros nobres. Os servos eram convocados quando havia necessidade de reforço. O conjunto desses guerreiros formava a cavalaria. Celebrada pelos ideais de honra, lealdade e heroísmo, acavalaria era um grupo de guerreiros de elite. Ser cavaleiro era ambição de todos os jovens nobres. E, talvez a única forma de quem não fosse nobre de subir de classe social. Aos 7 anos o menino era enviado para um castelo de um nobre para servir como pajem do senhor e da sua dama. Em seguida tornava-se escudeiro (conservava as armas e o cavalo). Perto de 18 anos, se demonstrasse habilidades e virtudes guerreiras, era sagrado cavaleiro. 
Economia essencialmente rural
A Igreja nesse período assume a posição de único poder centralizado. Era dela que vinha toda a formação moral, social. O clero entraria em acordo com os reis e a nobreza com o intuito de expandir o ideário cristão. A conversão dos nobres deu margens para que os clérigos interferissem nas questões políticas. Muitas vezes um rei ou um senhor feudal doava terras para a Igreja em sinal de sua devoção religiosa. Dessa forma, a Igreja também se tornou uma grande “senhora feudal”.

Economia feudal
A agricultura era a fonte de sustento da maior parte da população. As aldeias e domínios tendiam a ser autossuficientes. Porém, embora a agricultura de subsistência tenha sido a base da economia feudal, o comércio e o artesanato não desapareceram.
O comércio era escasso, mas foi praticamente durante toda a Idade Média nas proximidades dos castelos. O uso de dinheiro nessas transições comerciais era reduzido, pois prevalecia a troca direta de produtos, chamada de escambo.

Surgimento dos burgos
O comércio também foi muito desigual em toda a Europa. Na região da Escandinávia, onde hoje estão a Noruega, Suécia e Finlândia, e na Península Itálica já havia, no século X, centros de comércio de longa distância com mercadores europeus orientais.

Cidades
Com a ruralização, as cidades praticamente terminaram, sobrando apenas as mais importantes comercialmente. A partir do século XI, as cidades ressurgem com nome de burgos. Nela viviam os burgueses, que exerciam várias atividades. Os burgueses eram de origem rural, que migraram para as cidades.
Coração Valente
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