domingo, 6 de setembro de 2015

II Guerra Mundial

A II Guerra Mundial, foi oficialmente declarada em 01 de setembro de 1939 quando as tropas alemãs invadiram a Polônia, colocando em lados opostos as forças do Eixo e as forças dos Aliados.

1. Formação do Eixo e dos Aliados
A década de 1930, foi marcada pela consolidação dos regimes nazi-fascistas na Alemanha e Itália, e por avanços territoriais dos países do Eixo, dando um indício de que haveria uma nova guerra.

Alemanha Nazista
Com Hitler no poder, a Alemanha desconsiderou o Tratado de Versalhes, e, em segredo investiu pesadamente em tecnologia militar e reaparelhou o seu exército, ampliou o efetivo militar de 100 mil homens para mais de 3 milhões. Em 1935 Hitler rompeu de forma oficial com os acordos do Tratado de Versalhes e retirou a Alemanha da Liga das Nações. 
A Alemanha de Hitler era governada pelo Partido Nazista. O partido era organizado militarmente, adotando a tática de reprimir com violência os grupos que considerava perigosos ao seu projeto político e a pureza da “raça ariana”: judeus, comunistas, homossexuais, negros, ciganos e pessoas com deficiência foram alvos da violência nazista. As pessoas que pertenciam a esses grupos eram espancadas, assassinadas ou tinham suas empresas depredadas. 


Campos de Concentração
Ao chegarem ao poder, os nazistas passaram a deter os membros pertencentes aos grupos de "inimigos" e enviá-los para prisões especiais, os campos de concentração.
O primeiro campo de concentração começou a funcionar na cidade alemã de Dachau em março de 1933, poucos meses depois da ascensão de Hitler ao poder. Outros campos foram construídos no anos seguintes. Alguns deles serviram como campos de trabalho forçado (Campos de Concentração), onde os prisioneiros morriam em grande número, em decorrência das condições desumanas às quais eram submetidos, além de trabalho escravo, a experimentos científicos, aos cientistas alemães, como cobaias humanas. Alimentação insuficiente, excesso de trabalho físicos, violência, tortura e condições desumanas de alojamento, era a regra destes campos. 

O expansionismo alemão
Os nazistas defendiam uma política externa expansionista. Em seus discursos exaltados, Hitler estimulava o orgulho do povo alemão, que fora humilhado pós I Guerra, ao propor não apenas a reconquista dos territórios perdidos após 1918, mas a anexação de todos os territórios estrangeiros onde houvesse comunidades de língua alemã, formando assim a Grande Alemanha, o III Reich.
Os nazistas baseavam-se na teoria do espaço vital, isto é, na ideia de que a nação alemã devia ocupar uma área de tamanho e riquezas naturais compatíveis com a capacidade de desenvolvimento de sua população. Hitler defendia que o povo alemão “ariano”, era superior aos demais e que, portanto, possuía o direito de ocupar o espaço pertencente a seus vizinhos, usufruindo de suas terras férteis e das riquezas naturais.
Em 1936, o exército alemão, em vias de recuperação, executou sua primeira operação militar de importância, ao ocupar a Renânia, território alemão que havia sido desmilitarizado após o fim da I Guerra.
Em 1938, os nazistas derrubaram o governo austríaco e anexaram a Áustria ao III Reich, onde 90% dos austríacos aprovaram a anexação. No mesmo ano, Hitler exigiu à Tchecoslováquia que cedesse a região dos Sudetos (área rica em minérios), justificando que era habitados na sua maioria por alemães. Essa exigência era uma afronta a um país independente, e um ataque alemão ao tchecoslovacos seria o início de uma nova grande guerra. 
França e Inglaterra, contudo, temendo um morticínio semelhante ao da I Guerra Mundial, adotaram a postura de evitar um conflito armado a qualquer custo e apoiaram o plano nazista, assinando o Tratado de Munique. O governo tchecoslovaco foi obrigado a entregar os Sudetos à Alemanha, cerca de 20% tchecoslovaco. Pouco tempo depois, Hitler invadiu toda a Tchecoslováquia.

Itália Fascista
A  Itália saiu vencedora da I Guerra, conseguiu ganhar territórios nos Alpes e nas proximidades do Mar Adriático. Contudo seus ganhos territórias não condiziam com  os gastos que tivera durante o conflito, além de serem muito poucos para a ambição fascista de construir uma grande Itália. Para tanto, o governo de Mussolini implantou uma modernização industrial no país, investindo no aparelhamento de seu exército, preparando a Itália para a guerra.

O expansionismo italiano
Os fascistas italianos, inspirados no antigo Império Romano, desejavam dominar a costa do mar Mediterrâneo e setores do Norte da África. Presentes na Líbia desde 1911, os italianos conquistaram a Etiópia em 1935, tomando a capital Adis Abeba. A Liga das nações condenaram a invasão e proibiram os países membros manterem comércio com a Itália. Contudo EUA e Alemanha, que não faziam parta da Liga das Nações continuaram comercializando com a Itália. 


Japão Imperial
O Japão saiu vitorioso da I Guerra Mundial, terminou a guerra como a maior potência capitalista do extremo oriente, possuidor do maior e mais aparelhado exército, além de possuir o maior parque industrial e de dominar todo o comércio da região, fazendo da China sua área de exploração econômica. Contudo o pais sofria (e sofre) com a escacasses de recursos naturais (ferro, carvão, petróleo), em seu território para alimentar sua poderosa industria, ficando dependente de importações das commodities.

O expansionismo japonês
Em 1931, o Japão invadiu e ocupou a província chinesa da Manchúria, a região rica em minérios e possuidor de solos férteis, colocando lá um governo de sua confiança. Em 1937, o Japão atacou grande parte da China. A Liga das nações, cartolada pela França e Inglaterra não interviu contra o Japão em favor dos chineses.

A formação do Eixo Roma-Berlim-Tóquio
As ambições imperialistas de anexações de territórios aproximaram Itália, Alemanha e Japão. Em maio de 1939, a Alemanha nazista e a Itália fascista assinaram um pacto em que se comprometiam a defender-se mutuamente em caso de agressão. Em setembro de 1940, o Japão, pela sua política expansionista na Ásia, foi convidado por Hitler a se juntar com a Itália e Alemanha, formando um aliança militar e econômica. Com o Pacto Tripartite, surgiu as Forças do Eixo, resultantes do Pacto de Berlim-Roma-Tóquio, assinado entre Hitler, Mussolini e Hiroito.

Tratado de Não Agressão 
Em agosto de 1939 Hitler e Stálin, celebraram um pacto secreto, chamado de Pacto Germânico Soviético, um pacto de não agressão mútua, garantindo que os soviéticos não atacariam o exército alemão em marcha para o leste, recebendo em troca o direito de ocupar parte do território polonês. 
O Pacto de Não Agressão, propiciou também, tempo para Stalin preparar o Exército Vermelho para uma possível guerra. Transferiu grande parte da indústrias para o Leste, longe dos bombardeiros alemães, Stálin pôde aumentar a produção de armas e munições, reequipando seu, que se tornava uma poderosa máquina de guerra.

A formação dos Aliados
A ocupação da Tchecoslováquia em março de 1939 trouxe a certeza de que as ambições de Hitler eram ilimitadas e punham em perigo a paz europeia.
Mudando sua postura, os governos da França e da Inglaterra decidiram não mais aceitar as agressões alemãs: a partir daquele momento qualquer ação de Hitler para anexar novos territórios provocaria uma reação armada de ingleses e franceses em defesa do país ameaçado.

2. A eclosão da II Guerra Mundial
Em 01 de setembro de 1939, sob o pretexto da recusa polonesa em entregar ao Reich a cidade de Dantzig, território de população majoritariamente alemã que servia de ligação com a Prússia Oriental, as tropas de Hitler invadiram a Polônia utilizando uma nova tática de guerra: aguerra rápida,  blitzkrieg, que utilizava a velocidade proporcionada pelas armas modernas, como caminhões, tanques, aviões para avançar rapidamente, surpreendendo o inimigo. Diante da agressão à Polônia, a Inglaterra e a França cumpriram sua ameaça e declaram guerra à Alemanha, iniciando o conflito. O exército polonês bem que tentou resistir, contudo o exército alemão e mostrou sua superioridade, impondo-se. A desigualdade dos exércitos, foi apresentada logo na invasão alemã, quando a cavalaria polonesa tentou conter o avanço dos poderosos tanques de guerra alemães (panzers).

Campos de Extermínio
A ocupação nazista na Polônia, em uma ano, levou cerca de 400 mil poloneses aos campos de Campos de Concentração, na Alemanha. Foi com a invasão à Polônia, que os nazistas puseram em prática todo o ódio de seu regime: construíram os campos de solução final aos judeus e de inimigos do regime (Campos de Extermínio), onde eram mortos judeus, ciganos, negros, presos políticos, doentes físicos e mentais e homossexuais. Muitos dos corpos eram incinerados.
Tantos nos Campos de Concentração quanto nos Campos de Extermínio eram utilizados triângulos para parte frontal de suas camisas de na parte lateral de suas calças, para identificar os diferentes tipos de presos:
Triângulo amarelo: usado para identificar os judeus, formado dois triângulos sobrepostos, para formar a Estrela de Davi;
Triângulo negro sobre um amarelo: usado para identificar os  arianos casados com judeus;
Triângulo vermelho: usado para identificar os 
inimigos políticos, como comunistas, sociais-democratas, liberais, anarquistas e maçons;
Triângulo verde: usado para identificar os criminosos comuns;
Triângulo roxo: usado para identificar os presos por motivos religiosos, como as Testemunhas de Jeová, que negavam-se a participar das  campanhas militares da Alemanha nazista e a renegar sua fé assinando um termo declarando que serviriam a Adolf Hitler;
Triângulo azul: usado para identificar os imigrantes;
Triângulo castanho: usado para identificar os ciganos:
Triângulo negro: usado para identificar as lésbicas e mulheres anti-sociais (alcoólatras, grevistas, feministas, deficientes e mesmo anarquistas);
Triângulo rosa: usado para identificar os homens homossexuais .

3. A conquista da Europa Ocidental
O embate direto entre o Eixo e os Aliados se deram em 1940, quando os nazistas partiram para a a conquista da Escandinávia, ao norte da Europa. Os exércitos ingleses e franceses, excessivamente presos às táticas baseadas na potência estática dos canhões, não se mostraram preparados para enfrentar a blitzkrieg
Dessa forma, em alguns meses, os nazistas conquistaram a Polônia, Noruega. Ainda quando os nazistas lutavam contra os noruegueses, Hitler iniciou a conquista da Holanda  e da Bélgica, abrindo caminho para a conquista da França e Inglaterra.

A invasão da França
Em 14 de Junho de 1940 a Alemanha, com um sentimento de revanche pela humilhação com a assinatura do Tratado de Versalhes, invade a França com todo o seu poderio bélico. Após intensos bombardeios liderados pela força aéria alemã, a Luwftwaffe, apoiados por terra de pesados tanques de guerra, colunas de blindados e lança chamas os franceses, grandes vencedores da I Guerra, não resistem por muito tempo ao podroso exército nazista.  Tomam Paris e hasteiam a bambeira nazista na Torre Eiffel e destituem o presidente Albert Lebrun.
Hitler manda trazer à Paris o mesmo vagão de trem que os alemães assinaram sua rendição na I Guerra. Neste vagão que ocorreu a divisão da França em duas partes:
Norte: parte mais industrializada, incluía Paris, ficava sob domínio alemão;
Sul: a cidade de Vichy sediava um governo francês, colaboracionista aos alemães, através do general Philippe Pétain (1856-1951),  sujeitou-se às imposições dos nazistas e passou a adotar medidas antissemitas e perseguir os inimigos de Hitler.
Resistência francesa
Enquanto a França se encontrava ocupada, o general Charles de Gaulle exilado em Londres, liderava a resistência francesa. Organizou as tropas da França Livre, criada em Londres em 1940, as quais lutaram ao lado das tropas aliadas na libertação da França e a invasão da Alemanha.
Por meio de discursos pelo rádio, de Gaulle pedia aos franceses que resistissem. Organizou-se os grupos de guerrilha urbana, os grupos de partisans ou maquis, o movimento de resistência francês era bastante amplo e foi o que mais auxiliou os exércitos regulares dos Aliados, tendo importantes atuações durante a França ocupada. A resistência na França repassava informações estratégicas, praticava atos de sabotagem, atentados e, principalmente, auxiliou na preparação e execução da invasão aliada do Dia D.


Demais resistências
Outros governantes e militares antinazistas derrotados pelos alemães refugiaram-se também na Inglaterra, de onde organizaram forças para resistir à ocupação inimiga. A Polônia e a Tchecoslováquia tiveram governos no exílio. 
Na Iugoslávia, grupos armados sob o comando do comunista Josip Broz Tito enfrentaram os alemães com táticas de guerrilha impondo uma série de derrotas ao inimigo.
Na Polônia, a resistência mantinha escolas clandestinas para cultivar a cultura nacional, reprimida pelos alemães. Praticava também ações de guerrilha, culminando com o levante de Varsóvia de 1º de agosto de 1944, esmagado pelos nazistas, que destruíram completamente a cidade.

A batalha contra a Inglaterra
Com a rendição da França, restava ao nazistas derrotar a Inglaterra. Hitler planejava conquistar as ilhas britânicas transportando seus tanques e soldados em barcaças pelo Canal da Mancha. Para que a travessia fosse possível, porém, era necessário destruir as defesas inglesas por meio de bombardeios aéreos, que foram iniciados em julho de 1940, pela Luftwaffe.
Com a queda da França, a Inglaterra encontrava-se sozinha na guerra contra o Eixo. Winston Churchill, substitui como primeiro ministro a Neville Chamberlain e inicia a resistência inglesa aos alemães, investe na modernização da Real Força Aérea britânica (RAF)  e, por meio de seus discursos no rádio, pedia ao ingleses que resistissem e tentava levantar a auto estima de seu povo. Apesar da grande destruição causada nas cidades inglesas, principalmente em Londres, os ataques da aviação alemã foram contidas pelos caças da RAF, forçando Hitler a suspender a invasão.

Itália
Em 1939 a Itália invade a Albânia. Declarada a guerra com a Inglaterra, os italianos, no desejo de restabelecer o Império Romano, avançam sobre o Norte África,em junho de 1940 tomando a Somália. Porém ao tentar invadir o Egito e a Grécia em 1940, foram derrotados pelos Ingleses, tendo de ser socorridos pelos alemães. Desde então tornaram meros auxiliares dos exércitos de Hitler.
  
4. O Eixo a caminho do Leste europeu
A Alemanha virou-se para o leste do continente, região dos Bálcãs, grande fornecedora de petróleo aos alemães e rica em  terras férteis, sendo grande produtora de trigo. Adotando uma política de aliciamento e pressão militar, o exército nazista entrou na Bulgária e Romênia, conseguindo apoio dos governos locais transformando-os em países satélites do Reich.. Em abril de 1940 os nazistas ocuparam a Grécia e a Iugoslávia.

Invasão da URSS
Durante a guerra na Europa a URSS mantinha-se neutra. Na madrugada de 22 de junho de 1941, Hitler cometeu o mesmo erro de Napoleão, o exército alemão cruzou as fronteira da URSS, com  a intensão de tomar Moscou.
Hitler pretendia conquistar rapidamente a URSS, tomando Moscou e Leningrado e controlando suas vastas jazidas de petróleo e minérios. Em 20 dias, os alemães avançaram 750 km a dentro do território soviético. Acuados, os soviéticos adotavam a estratégia de Terra Arrasada: destruíam  tudo que pudesse ser utilizado pelos inimigos, casa e hospitais;  contaminavam as águas; queimava plantações; matavam o gado. Com a invasão alemã, à URSS entrou no conflito aos lado dos aliados.
Cedendo terreno, os soviéticos puderam reorganizar sua forças. Os nazistas chegaram até a importante cidade industrial de Stalingrado, e lá, foi travada a maior batalha da II Guerra Mundial entre novembro de 1942 a fevereiro de 1943, a Batalha de Stalingrado. 

3. Os EUA na guerra
Apesar de condenarem a ditadura e o expansionismo nazistas, os EUA mantiveram uma posição de neutralidade no conflito, pois nem o governo, nem a população norte-americanas desejavam entrar em uma guerra considerada um problema europeu.
Mas as sucessivas vitórias nazistas, somadas à ação submarina no oceano Atlântico e ao expansionismo japonês no Pacífico, forçaram os EUA a tomarem uma posição.
Na tentativa de conter a Alemanha, o presidente norte-americano Franklin Roosevelt firmou, em agosto de 1941, uma aliança antinazista com o primeiro ministro inglês Winston Churchill, conhecida como Carta do Atlântico, a qual Stálin também aderiu a esta aliança.
Enquanto ocorria a guerra na Europa, o expansionismo japonês avançava na direção das colônias inglesas, francesas e holandesas na Ásia e na Oceania, o que contrariava os interesses dos EUA na região. A invasão da indochina francesa pelos japoneses, em julho de 1941, provocou a imediata reação dos norte-americanos, que suspenderam o fornecimento de combustíveis ao Japão.
Os EUA, porém, continuavam fora da guerra, limitando-se a apoiar com armas e dinheiro as nações que lutavam contra o Eixo, e a ameaçar os japoneses com novas retaliações comerciais.

O ataque japonês 
A posição norte-americana mudou quando em 7 de dezembro de 1941, o Japão bombardeou a base naval de Pearl Harbour, no Havaí, matando cerca de 2500 pessoas.
Em resposta ao ataque surpresa á sua principal base naval no oceano pacífico, em 8 de dezembro, os EUA declaram guerra ao Japão. Em seguida a Alemanha e a Itália também declararam guerra aos EUA.
Ao entrar na guerra, os EUA uniram-se à Inglaterra e a URSS, formando a aliança, que ficou conhecido como aliados. 

Vento divino
O Japão inovou durante a II Guerra Mundial. Na tentativa de barrar o avanço aliado no Pacífico, as forças armadas japonesas passaram a utilizar, a partir de 1944, jovens pilotos suicidas que lançavam sues aviões contra os navios norte-americanos. Foram chamados de vento divino kamikazes em japonês, alusão ao tufão que dispersou a frota naval mongol que tentou invadir o Japão no século XIII. Apesar de acusarem muitos estragos, afundando 34 navios, os kamikazes não conseguiram mudar o rumo da guerra.
4. Ofensiva aliada
Ao longo do ano de 1942, ao Aliados prepararam suas forças para enfrentar os inimigos. No Pacífico, após uma série de reveses, em junho de 1942 os EUA conseguiram reverter o curso da guerra na batalha aeronaval de Midway, afundando quatro porta aviões japoneses e destruindo centenas de aviões. O Japão não tinha como repor essas perdas, abandonando a iniciativa da guerra.
No ano de 1943 a ofensiva da guerra passou para os Aliados. O inverno russo, apresentado de novembro a março, com temperaturas chegando a -50ºC, diminuía o poder ofensivo do exército nazista, que não estava preparado para um frio tão rigoroso, não utilizava roupas adequadas e as armas congelavam. Os soviéticos, por sua vez, estavam habituados ao seu clima, tinham armas e uniformes adaptados ao frio extremo. 
Os soviéticos venceram a Batalha de Stalingrado, quebrando a série de vitória dos nazistas, onde cerca de 100 mil soldado do Eixo se renderam. Com a derrota, os soviéticos passaram a atacar obrigando os alemães a recuarem até Berlim. Durante os avanços, os soviéticos tomavam para sí os territórios alemães. 
O exército alemão foi completamente expulso do Norte da África pelo exército aliado em maio. Em julho, tropas inglesas e norte-americanas partiram do continente africano e desembarcaram na ilha da Sicília, iniciando a invasão da Itália.
Incapazes de reagir à invasão, os italianos depuseram Mussolini e se renderam ao Aliados em setembro. Procurando proteger a fronteira Sul do Reich, os alemães ocuparam o Norte da Itália e liberaram Mussolini, que se tornou um mero fantoche de Hitler.
Também em maio de 1943, os Aliados passaram a dominar os ares. Grandes cidades alemãs, como Colônia, Hamburgo e Berlim passaram a sofrer pesados bombardeiros aéreos. A Alemanha vivia os horrores da guerra.
No Pacífico, os norte-americanos iniciaram a reconquista das ilhas ocupadas pelos japoneses, enquanto os ingleses avançavam sobre a Birmânia (atual Mianmar). Ocorreu também a primeira vitória terrestre doa Aliados na Ásia, em Guadalcanal, nas ilhas Salomão, em fevereiro de 1943.

Conferência de Teerã
No final do ano de 1943, tudo indicava que os Aliados iriam derrotar seus inimigos. Os EUA e a URSS, gigantes industriais ricos em matéria-prima e combustíveis, aumentavam dia a dia a produção e armas e munições. Suas grandes populações permitiam arregimentar um número cada vez maior de homens para a guerra. Enquanto isso, Alemanha e Japão começavam a sofrer com a crescente escassez de minérios, petróleo e pilotos experientes. Contudo, o poder de resistência do eixo ainda era grande.
Em novembro de 1943, os principais líderes aliados, Roosevelt, Churchill e Stálin, se encontraram na cidade de Teerã, no Irã, para discutir como encerrar a guerra o mais rápido possível.
Ingleses e norte-americanos, que já combatiam na Itália, comprometeram-se a criar mais uma frente de combate no Oeste, na França, o que impediria os alemães de reforçarem suas tropas no Leste.
A URSS, por sua vez, intensificou a contraofensiva no Leste, prosseguindo sua marcha até a Alemanha, onde ocorreria a derrota final do nazismo.

O Dia D, desembarque na Normandia e o fim da Guerra na Europa
A pós meses de planejamento e preparação, em 6 de junho de 1944, a maior frota de invasão de todos os tempos, 5 mil barcos que levaram 200 mil soldados, chegaram a costa da Normandia, ao Norte da França. Era o dia D, nome dado à data do desembarque dos Aliados na região.
Pegos de surpresa e em número muito inferior, os alemães resistiram bravamente, mas sem sucesso. Em 15 de agosto, ocorreu um novo desembarque de tropas aliadas na França, agora no Mediterrâneo, abrindo uma frente de combate no sul. Em 24 de agosto, Paris foi libertada.

5. A rendição nazista
Enquanto ingleses e norte-americanos libertavam a França e a Bélgica e marchavam em direção à Alemanha, os soviéticos continuaram a contra-atacar os nazistas no Leste, libertando posições cada vez maiores do seu território e avançando rumo aos países satélites do reich.
Em julho de 1944, as tropas de Stálin chegaram à Polônia. Em setembro, a Romênia se rendeu aos soviéticos, cortando o abastecimento de combustíveis ao alemães. Na Itália, os Aliados continuavam sua marcha para o Norte, e em 4 de junho Já haviam tomado Roma.
Atacados pelo Sul, Leste e Oeste, as tropas nazistas recuavam em todas as frentes. A Alemanha foi invadida pelos norte-americanos e ingleses em setembro de 1944, e pelos soviéticos em janeiro de 1945.
Em abril de 1945, as tropas de Stálin entraram em Berlim. No dia 27 de abril, Mussolini foi executado pela resistência italiana, quando tentava fugir. Em 30 de abril de 1945, Hitler se suicidou. Em 8 de maio a Alemanha se rendeu, pondo o fim na guerra da Europa.

6. A derrota do Japão
Em maio de 1945 a guerra terminou na Europa, mas não na Ásia, onde o Japão ainda lutava contra os aliados.
Assim como já havia acontecido na Europa, depois de uma série de derrotas iniciais diante do Japão, os Aliados conseguiram inverter a vantagem. Isso ocorreu devido à superioridade industrial e tecnológica dos EUA, que puderam produzir uma enorme quantidade de navios e aviões, além de formar milhares de pilotos.
Tais elementos eram essenciais para a guerra no Oriente, caracterizadas pelos embates entre forças navais e aéreas. Não foi por outro motivo que os japoneses procuraram, logo no início, destruir a frota norte-americana no Pacífico: dominar os mares significava ganhar a guerra.
Desde o ano de 1943, seguidas vitórias dos Aliados lentamente enfraqueceram o inimigo, até que o poderio naval do Japão foi aniquilado na Batalha de Leyte, em outubro de 1944. Controlando os mares, restava às tropas aliadas conquistar o Japão.
Tudo indicava que a conquista militar do Japão não seria uma tarefa fácil. Nas batalhas ocorridas nas ilhas do pacífico, os soldados japoneses lutavam até o último homem. Na invasão do Japão, a expectativa era de que a luta seria ainda mais intensa.
A solução encontrada pelos EUA para encerrar a guerra rapidamente e com o menor número de baixas possível em seu exército foi utilizar a nova arma que haviam acabado de desenvolver. A bomba atômica, foi desenvolvida por cientistas norte-americanos e alemães que haviam fugido do nazismo, uma bomba tinha poder destrutivo equivalente a milhares de bombas comuns.
Em 6 de agosto de 1945. A primeira dessas bombas foi lançada sobre Hiroshima, destruindo a cidade matando instantaneamente mais de 60 mil pessoas. Em 9 de agosto, outra bomba foi lançada sobre a cidade de Nagasaki, matando 70 mil pessoas. Outras dezenas de milhares de pessoas morreriam nos dias, semanas e anos seguintes, vítimas dos ferimentos e da contaminação da radiação.
Em 14 de agosto, o Japão rendeu-se incondicionalmente ao aliados, terminando a II Guerra Mundial.

A Queda

-I Guerra Mundial
-O Crash de 1929
-Regimes Totalitários na Europa

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