sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Globalização e a Economia Mundial

A queda o Muro e Berlim é considerado um marco no fim do mundo comunista, apesar que o seu grande representante, a URSS, ter se desmantelada somente dois anos após. Com a vitória o capitalismo sobre o comunismo, a economia e geopolítica no final do século XX e início do século XXI tomaram novos rumos.
Durante a guerra fria, o capitalismo foi ameaçado, mas não passou de ameaças. O capitalismo continuou a gerir a economia no período. Em todos os continentes o capitalismo estava presente, ou é número igual ou superior e seguidores. Na Europa onde esta divisão foi mais marcante, os países pertencentes ao bloco socialista, as exceções da Rússia nunca tiveram na lista dos países mais influentes, tanto na política, economia ou militarmente. Até mesmo a Rússia, obteve crescimento tecnológico e militar após revolução bolchevique. 

1. O capitalismo na guerra fria
Em 1944, os EUA assumem a liderança do bloco ocidental, anteriormente exercido durante século pela Inglaterra. Com a fundação do Banco Mundial e do FMI, os EUA iniciaram a dominação econômica nos países subdesenvolvidos. Com a independência as ainda colônias asiáticas e africanas, o mundo viu surgir novos países.
Com a tecnologia desenvolvida durante a II Guerra Mundial, passou a surgir novos produtos para facilitar o dia a dia, como, por exemplo, os eletrodomésticos. Com isto surgiram as empresas transnacionais, que se espalharam pelo mundo, em busca e mão e obra e matéria prima barata e um mercado consumidor. Com estas empresas em busca e novos países propiciou aos países não industrializados, a uma industrialização, com dependência tecnológica dos países desenvolvidos.
A ânsia de integração e mercados, começa a surgir na Europa nos anos de 1980 e é criada a EU em na década e 90, e tenta-se implantar na América do Sul com o Mercosul.

2. A multipolaridade da década de 1990
Com o fim o bloco soviético em 1991, o bipolarismo deixa de existir, mas surgem novas potências econômicas e tecnológicas, que é o caso do Japão e Alemanha, derrotados na II Guerra Mundial, mas que souberam se reorganizar internamente. Juntando-se a Inglaterra, que soube contornar a crise econômica do final da década de 1970. Consolidando-se de vez o capitalismo financeiro.
Com o final do sistema bipolar, as grandes nações não mais disputavam ideologias políticas, e sim novos mercados, para expandir suas empresas capitalistas. Com isto, agora a “guerra silenciosa” era de quem obteria mais lucros e quem estaria na frente em tecnologia. O único resquício da guerra fria ainda em vigor, era a corrida armamentista, que continuou a ter desenvolvimento tecnológico.

A aldeia global
Durante a década de 1990, notou-se também, algumas mudanças no capitalismo financeiro, com a globalização. O mundo tornou-se mais “próximo”, a informações tornaram-se instantâneas com os satélites e a Internet. O fluxo de pessoas, capital, mercadorias e serviços foram todos interligados em escala mundial através dos transportes.

O conflito Norte e Sul
Com o fim da divisão tri ou quadri-partite do mundo, surgiram apenas duas divisões em países: Norte- ricos e desenvolvidos, também chamados de países desenvolvidos; Sul- pobres e subdesenvolvidos, também chamados de países em desenvolvimento. Na nova ordem mundial, o conflito Leste-Oeste, deu lugar ao conflito Norte-Sul. Nessa nova divisão do mundo, reconhece-se alguns critérios entre eles:
·         A maioria são ex-colônias europeias, exceto EUA, Canadá, Nova Zelândia e Austrália;
·         Os chamados países emergentes, são os países industrializados subdesenvolvidos, com um grande potencial comercial neles;
·         Os chamados países de economia em transição, exceto Cuba, Coréia do Norte e Vietnã, são compostos pelos antigos países representantes do segundo mundo.
·         A África subsaariana, está à margem da economia global, representante do antigo quarto mundo, sofrem com conflitos étnicos, com a fome, a seca e com o grande número de portadores do vírus da Aids.

G6 e G7
O grupo de países mais poderosos tidos como ricos e desenvolvidos são os EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália (G6) e juntamente com a Rússia, principal herdeira do bloco soviético, que soube incorporar muito bem o sistema capitalista, além de deter um poderio militar e um mercado consumidor interno muito dinâmico, formam o G7.

G20
Em contrapartida ao G7, nasceu em 2003, durante uma reunião da OMC o G20. Liderados pelo Brasil, são compostas pelos países em desenvolvimento, que se uniram para poder obter relações comerciais com os países ricos. São eles: Austrália, Arábia Saudita, Brasil, Bolívia, Coréia do Sul, Chile, Cuba, Egito, Filipinas, Guatemala, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Tanzânia, Tailândia, Turquia, Uruguai, Venezuela e Zimbábue.

A revolução técnico-científica
O setor mais importante dessa revolução, é a indústria de informática, em que as empresas, estão sempre voltadas para novas pesquisas em busca de novas tecnologias. Satélites artificiais lançados no espaço, facilitaram a difusão da intercomunicação. A indústria farmacêutica, também, tem investido em pesquisas na biotecnologia. A agricultura passou a se chamar agroindústria, ou indústria de alimentos, está se servindo dos avanços tecnológicos, nos estudos de sementes e animais geneticamente modificados, capazes de resistir a doenças e pragas. Ou herbicidas e pesticidas usados em plantações.
A grande novidade da nova ordem mundial, foi a instantaneidade da informação e a facilidade de locomoção, fatores estes que interligam os diferentes países e continentes. Partidas de futebol, por exemplo, são vistas em diferentes partes do mundo. Mercadorias e produtos são comprados também, em diversas partes dos mundos, via on-line e entregue por correios ou transportadoras.

3. A economia-mundo
A economia-mundo inicia-se quando surgem as empresas transnacionais, que ultrapassam as fronteiras dos Estados nacionais, que deslocam seus capitais para atender seus interessas econômicos. Essas empresas têm filiais espalhadas pelo mundo tido, fazem aplicações, movimentam recursos, decidem sobre produção e o comércio de seus produtos, independentemente dos governos nacionais dos países onde instalam.
A facilidade e a rapidez dos fluxos de capitais comercias tornaram os países, carentes de capitais, extremamente dependentes uns dos outros, apesar da concorrência entre eles. Com a globalização e a economia-mundo, não se discutem apenas problemas econômicos na aldeia global. Existe, na verdade, o que podemos chamar de mundialização de questões que devem ser resolvidas por grupos de países, como questões ambientais, direitos humanos, tráfico de drogas e ações de grupos terroristas.

A moeda global
Antes mesmo de existir um mundo globalizado, em que as relações são efetuadas em diferentes partes do mundo, ocorreu em 1944, os acordos de Bretton Woods, que transformou o dólar em “moeda oficial do mundo”, ao estabelecer um sistema de paridade fixa e conversibilidade entre o dólar e o ouro. O sistema monetário internacional estruturado em torno do dólar era alicerçado por uma nova forma financeira global, cujos instrumentos eram o banco Internacional para reconstrução e Desenvolvimento (Bird), também conhecido como Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Contudo os EUA e o mundo passaram por uma profunda crise na primeira década do século XXI. Desde então. O dólar tem se desvalorizado constantemente em relação a outras moedas.

Empresas globais
A pós a II Guerra Mundial, as grandes empresas dos países desenvolvidos, começaram a instalar-se nos países subdesenvolvidos para fabricar seus produtos e aumentar seu mercado consumidor. Estes novos locais, eram vantajosos por dois motivos: incentivos fiscais dados aos governos Federais, mão de obra em abundância, e geralmente, oferta de matéria prima, além da fuga das pesadas leis fiscais e trabalhistas de seus países de origem. Como as mesmas etapas da produção eram feitos em vários países, essas empesas ficaram conhecidas como multi
nacionais. Hoje são chamados de transnacionais, já que são uma empresa de um país, mas suas ações ultrapassam as fronteiras dos países.
Na década de 1980, as grandes empresas, começaram a migrar seu modo de produção de multi, para transnacionais, para obter maior lucro. Neste modelo de empresas, ela passa a ser global, aproveitando toda a vantagem que o espaço mundial oferece, em diversas partes do planeta, diminuindo assim os custos, e aumentando os lucros.

Globalização regionalizada
Na economia-mundo há uma grande ampliação das trocas comerciais internacionais. Por causa dessa forte interação, alguns países procurar se agrupar em blocos econômicos regionais. Com a busca de um intercâmbio comercial regional, dentro do espaço global, surgiu: UE (União Europeia), Mercosul (mercado comum do sul), Nafta (Acordo de livre comércio da América do Norte e Apec (Cooperação econômica as Ásia e do Pacífico).

A globalização de ideias
A globalização, além de ser um integração mundial econômica, é um integração de costumes. Um grande agente globalizador, são as mídias e os patrocínios comercias, que ajudam na difusão na padronização mundial de seus produtos. A chamada grande mídia como TV, filmes, revistas e hoje o esporte, em especial o futebol, tem ajudado para a padronização mundial de moda e costumes. É praticamente igual o modo de se vestir e os hábitos do cotidiano das pessoas em Londres, Porto Alegre e Toronto.

A globalização das marcas
Com a instalação de grandes empresas nos países subdesenvolvidos em meados do século XX, notou-se uma difusão mundial das marcas dessas empresas. Um mesma marca é encontrada, na Austrália, Brasil, França e África do Sul, por exemplo. Com forte apelo midiático, pela suposta melhor qualidade de seus produtos, forte desapego por parte dos consumidores de sua identidade local e uma “ânsia” por produtos vinculados a grande mídia, geralmente após instaladas, vão substituindo as marcas locais.

O lado negativo da globalização
Como as grandes empresas, instalam-se e diversos países, procurando sempre as “melhores condições”, onde podem tirar maiores vantagens, para maiores lucros para elas, trousse com sigo o fantasma do desemprego e a globalização da pobreza. Há cada vez maior a concentração de renda nas grandes corporações, aumentando a diferença entre pobres e ricos.
O “fantasma” do desemprego sempre rondou os países em tempos de crise econômica. É o chamado desemprego conjuntural. A globalização trouxe o desemprego estrutural, devido a esta nova forma de produção, visando diminuir cada vez mais os custos. O avanço da tecnologia anda junto com os avanços da globalização, com ele o ser humano cada vez mais é substituído por máquinas, desemprego tecnológico.
Com a globalização, criou-se que se chama de consumismo. É cada vez maior as propagandas das marcas de produtos para novos consumidores. Com isto, criou-se uma perfeita legião de pessoas endividadas para adquirir tais produtos. Também instituiu um estereótipo de “pessoa ideal”. A indústria da moda e beleza é muito forte, em que todos tem que atingir padrões já pré estabelecidos. Sem falar no apelo, para consumir as grandes marcas.
Com o acirramento das vagas no mercado de trabalho, forte apelo para a ascensão social, em que cada vez mais valoriza-se as pessoas pelo dinheiro em que possui, iniciou-se novas formas de tentar subir socialmente, que na maioria das vezes não se consegue os objetivos desejados. A indústria da moda e beleza, a indústria do esporte por exemplo são casos modernos de ascensão social.
As atividades do crime organizado também se beneficiaram das facilidades tecnológicas doas comunicações do mundo globalizado. O tráfico de drogas, de mulheres, órgãos e crianças, as máfias de várias nacionalidades (chinesa, japonesa, coreana, romena, nigeriana, russa italiana, por ex.) encontram mais facilidades no mundo globalizado. Sem falar na indústria da prostituição, que acolhe os operários da beleza mal sucedidos nos seus planos iniciais. Os paraísos fiscais, acolhem os capitais recebidos com os lucros gerados por este empreendimentos não legalizados.
Com o aumento do desemprego, já que o Brasil está inserido em uma de uma economia globalizada, em que muitas vezes o desemprego e a forte concorrência de produtos e ou empresas estrangeiras fez com que surgisse no final dos anos 1970 as igrejas neopentecostais. Geralmente com um discurso motivador e com uma retórica impecável, prometendo reestabelecer no mercado uma pequena empresa ou trazer um novo emprego, ou até mesmo como fuga do desemprego por parte dos seus fundadores e sacerdotes, o país vê surgir uma enormidade de pequenas igrejas totalmente miraculosas.

Protestos contra a globalização
Apesar de serem duas coisas distintas, o neoliberalismo e a globalização, praticamente surgiram no mesmo instante, final da década de 1970. A política neoliberal, as transnacionais e as desigualdades econômicas geradas pela globalização tem sido alvo de protestos em vários países do mundo. Nos anos de 2001/2/3/5, Porto Alegre sediou o Fórum Social Mundial, com o tema “Um outro mundo é possível” realizado como oposição ao Fórum Econômico Mundial em Davos, que se diz “comprometido” com o aperfeiçoamento do mundo.

4. Ascensão dos países emergentes
Os anos 2000 modificou as relações entre países ricos e pobres. Alguns países emergentes assumiram um papel importante no mundo globalizado.
BRICS
Composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul a partir do ano 2003 tem assumido um papel de agente econômico no cenário mundial pelo potencial de um mercado consumidor (devido a sua grande população) ou pelo seu crescimento econômico, ou por possuírem os dois requisitos. Os países do BRICS tem um potencial de crescimento muito elevado, estima-se que até 2050, juntamente com os EUA e o Japão, formaram um novo G6.

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