A Globalização e a Economia Mundial
A queda o
Muro e Berlim é considerado um marco no fim do mundo comunista, apesar que o
seu grande representante, a URSS, ter se desmantelada somente dois anos após.
Com a vitória o capitalismo sobre o comunismo, a economia e geopolítica no
final do século XX e início do século XXI tomaram novos rumos.
Durante a
guerra fria, o capitalismo foi ameaçado, mas não passou de ameaças. O
capitalismo continuou a gerir a economia no período. Em todos os continentes o
capitalismo estava presente, ou é número igual ou superior e seguidores. Na
Europa onde esta divisão foi mais marcante, os países pertencentes ao bloco
socialista, as exceções da Rússia nunca tiveram na lista dos países mais
influentes, tanto na política, economia ou militarmente. Até mesmo a Rússia,
obteve crescimento tecnológico e militar após revolução bolchevique.
1. O
capitalismo na guerra fria
Em 1944, os
EUA assumem a liderança do bloco ocidental, anteriormente exercido durante
século pela Inglaterra. Com a fundação do Banco Mundial e do FMI, os EUA
iniciaram a dominação econômica nos países subdesenvolvidos. Com a
independência as ainda colônias asiáticas e africanas, o mundo viu surgir novos
países.
Com a
tecnologia desenvolvida durante a II Guerra Mundial, passou a surgir novos
produtos para facilitar o dia a dia, como, por exemplo, os eletrodomésticos.
Com isto surgiram as empresas transnacionais, que se espalharam pelo mundo, em
busca e mão e obra e matéria prima barata e um mercado consumidor. Com estas
empresas em busca e novos países propiciou aos países não industrializados, a
uma industrialização, com dependência tecnológica dos países desenvolvidos.
A ânsia de
integração e mercados, começa a surgir na Europa nos anos de 1980 e é criada a
EU em na década e 90, e tenta-se implantar na América do Sul com o Mercosul.
2. A
multipolaridade da década de 1990
Com o fim o
bloco soviético em 1991, o bipolarismo deixa de existir, mas surgem novas
potências econômicas e tecnológicas, que é o caso do Japão e Alemanha,
derrotados na II Guerra Mundial, mas que souberam se reorganizar internamente.
Juntando-se a Inglaterra, que soube contornar a crise econômica do final da década
de 1970. Consolidando-se de vez o capitalismo financeiro.
Com o final
do sistema bipolar, as grandes nações não mais disputavam ideologias políticas,
e sim novos mercados, para expandir suas empresas capitalistas. Com isto, agora
a “guerra silenciosa” era de quem obteria mais lucros e quem estaria na frente
em tecnologia. O único resquício da guerra fria ainda em vigor, era a corrida
armamentista, que continuou a ter desenvolvimento tecnológico.
A aldeia
global
Durante a
década de 1990, notou-se também, algumas mudanças no capitalismo financeiro,
com a globalização. O mundo tornou-se mais “próximo”, a informações tornaram-se
instantâneas com os satélites e a Internet. O fluxo de pessoas, capital,
mercadorias e serviços foram todos interligados em escala mundial através dos
transportes.
O conflito
Norte e Sul
Com o fim
da divisão tri ou quadri-partite do mundo, surgiram apenas duas divisões em
países: Norte- ricos e desenvolvidos, também chamados de países desenvolvidos;
Sul- pobres e subdesenvolvidos, também chamados de países em desenvolvimento.
Na nova ordem mundial, o conflito Leste-Oeste, deu lugar ao conflito Norte-Sul.
Nessa nova divisão do mundo, reconhece-se alguns critérios entre eles:
·
A maioria são ex-colônias europeias, exceto EUA,
Canadá, Nova Zelândia e Austrália;
·
Os chamados países emergentes, são os países
industrializados subdesenvolvidos, com um grande potencial comercial neles;
·
Os chamados países de economia em transição, exceto
Cuba, Coréia do Norte e Vietnã, são compostos pelos antigos países
representantes do segundo mundo.
·
A África subsaariana, está à margem da economia
global, representante do antigo quarto mundo, sofrem com conflitos étnicos, com
a fome, a seca e com o grande número de portadores do vírus da Aids.
G6 e G7
O grupo de
países mais poderosos tidos como ricos e desenvolvidos são os EUA, Japão,
Alemanha, Reino Unido, França e Itália (G6) e juntamente com a Rússia,
principal herdeira do bloco soviético, que soube incorporar muito bem o sistema
capitalista, além de deter um poderio militar e um mercado consumidor interno
muito dinâmico, formam o G7.
G20
Em contrapartida
ao G7, nasceu em 2003, durante uma reunião da OMC o G20. Liderados pelo Brasil,
são compostas pelos países em desenvolvimento, que se uniram para poder obter
relações comerciais com os países ricos. São eles: Austrália, Arábia Saudita,
Brasil, Bolívia, Coréia do Sul, Chile, Cuba, Egito, Filipinas, Guatemala,
Nigéria, Paquistão, Paraguai, Tanzânia, Tailândia, Turquia, Uruguai, Venezuela
e Zimbábue.
A revolução
técnico-científica
O setor
mais importante dessa revolução, é a indústria de informática, em que as
empresas, estão sempre voltadas para novas pesquisas em busca de novas
tecnologias. Satélites artificiais lançados no espaço, facilitaram a difusão da
intercomunicação. A indústria farmacêutica, também, tem investido em pesquisas
na biotecnologia. A agricultura passou a se chamar agroindústria, ou indústria
de alimentos, está se servindo dos avanços tecnológicos, nos estudos de
sementes e animais geneticamente modificados, capazes de resistir a doenças e
pragas. Ou herbicidas e pesticidas usados em plantações.
A grande
novidade da nova ordem mundial, foi a instantaneidade da informação e a
facilidade de locomoção, fatores estes que interligam os diferentes países e
continentes. Partidas de futebol, por exemplo, são vistas em diferentes partes
do mundo. Mercadorias e produtos são comprados também, em diversas partes dos
mundos, via on-line e entregue por correios ou transportadoras.
3. A
economia-mundo
A
economia-mundo inicia-se quando surgem as empresas transnacionais, que
ultrapassam as fronteiras dos Estados nacionais, que deslocam seus capitais
para atender seus interessas econômicos. Essas empresas têm filiais espalhadas
pelo mundo tido, fazem aplicações, movimentam recursos, decidem sobre produção
e o comércio de seus produtos, independentemente dos governos nacionais dos
países onde instalam.
A
facilidade e a rapidez dos fluxos de capitais comercias tornaram os países,
carentes de capitais, extremamente dependentes uns dos outros, apesar da
concorrência entre eles. Com a globalização e a economia-mundo, não se discutem
apenas problemas econômicos na aldeia global. Existe, na verdade, o que podemos
chamar de mundialização de questões que devem ser resolvidas por grupos de
países, como questões ambientais, direitos humanos, tráfico de drogas e ações
de grupos terroristas.
A moeda
global
Antes mesmo
de existir um mundo globalizado, em que as relações são efetuadas em diferentes
partes do mundo, ocorreu em 1944, os acordos de Bretton Woods, que transformou
o dólar em “moeda oficial do mundo”, ao estabelecer um sistema de paridade fixa
e conversibilidade entre o dólar e o ouro. O sistema monetário internacional estruturado
em torno do dólar era alicerçado por uma nova forma financeira global, cujos
instrumentos eram o banco Internacional para reconstrução e Desenvolvimento
(Bird), também conhecido como Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional
(FMI). Contudo os EUA e o mundo passaram por uma profunda crise na primeira
década do século XXI. Desde então. O dólar tem se desvalorizado constantemente
em relação a outras moedas.
Empresas
globais
A pós a II
Guerra Mundial, as grandes empresas dos países desenvolvidos, começaram a
instalar-se nos países subdesenvolvidos para fabricar seus produtos e aumentar
seu mercado consumidor. Estes novos locais, eram vantajosos por dois motivos:
incentivos fiscais dados aos governos Federais, mão de obra em abundância, e
geralmente, oferta de matéria prima, além da fuga das pesadas leis fiscais e
trabalhistas de seus países de origem. Como as mesmas etapas da produção eram
feitos em vários países, essas empesas ficaram conhecidas como multi
nacionais.
Hoje são chamados de transnacionais, já que são uma empresa de um país, mas
suas ações ultrapassam as fronteiras dos países.
Na década
de 1980, as grandes empresas, começaram a migrar seu modo de produção de multi,
para transnacionais, para obter maior lucro. Neste modelo de empresas, ela
passa a ser global, aproveitando toda a vantagem que o espaço mundial oferece,
em diversas partes do planeta, diminuindo assim os custos, e aumentando os
lucros.
Globalização
regionalizada
Na
economia-mundo há uma grande ampliação das trocas comerciais internacionais.
Por causa dessa forte interação, alguns países procurar se agrupar em blocos
econômicos regionais. Com a busca de um intercâmbio comercial regional, dentro
do espaço global, surgiu: UE (União Europeia), Mercosul (mercado comum do sul),
Nafta (Acordo de livre comércio da América do Norte e Apec (Cooperação
econômica as Ásia e do Pacífico).
A
globalização de ideias
A
globalização, além de ser um integração mundial econômica, é um integração de
costumes. Um grande agente globalizador, são as mídias e os patrocínios
comercias, que ajudam na difusão na padronização mundial de seus produtos. A
chamada grande mídia como TV, filmes, revistas e hoje o esporte, em especial o
futebol, tem ajudado para a padronização mundial de moda e costumes. É praticamente
igual o modo de se vestir e os hábitos do cotidiano das pessoas em Londres,
Porto Alegre e Toronto.
A
globalização das marcas
Com a
instalação de grandes empresas nos países subdesenvolvidos em meados do século
XX, notou-se uma difusão mundial das marcas dessas empresas. Um mesma marca é
encontrada, na Austrália, Brasil, França e África do Sul, por exemplo. Com
forte apelo midiático, pela suposta melhor qualidade de seus produtos, forte
desapego por parte dos consumidores de sua identidade local e uma “ânsia” por
produtos vinculados a grande mídia, geralmente após instaladas, vão
substituindo as marcas locais.
O lado
negativo da globalização
Como as
grandes empresas, instalam-se e diversos países, procurando sempre as “melhores
condições”, onde podem tirar maiores vantagens, para maiores lucros para elas,
trousse com sigo o fantasma do desemprego e a globalização da pobreza. Há cada
vez maior a concentração de renda nas grandes corporações, aumentando a
diferença entre pobres e ricos.
O
“fantasma” do desemprego sempre rondou os países em tempos de crise econômica.
É o chamado desemprego conjuntural. A globalização trouxe o desemprego
estrutural, devido a esta nova forma de produção, visando diminuir cada vez
mais os custos. O avanço da tecnologia anda junto com os avanços da
globalização, com ele o ser humano cada vez mais é substituído por máquinas,
desemprego tecnológico.
Com a
globalização, criou-se que se chama de consumismo. É cada vez maior as
propagandas das marcas de produtos para novos consumidores. Com isto, criou-se
uma perfeita legião de pessoas endividadas para adquirir tais produtos. Também
instituiu um estereótipo de “pessoa ideal”. A indústria da moda e beleza é
muito forte, em que todos tem que atingir padrões já pré estabelecidos. Sem falar
no apelo, para consumir as grandes marcas.
Com o
acirramento das vagas no mercado de trabalho, forte apelo para a ascensão
social, em que cada vez mais valoriza-se as pessoas pelo dinheiro em que
possui, iniciou-se novas formas de tentar subir socialmente, que na maioria das
vezes não se consegue os objetivos desejados. A indústria da moda e beleza, a
indústria do esporte por exemplo são casos modernos de ascensão social.
As
atividades do crime organizado também se beneficiaram das facilidades tecnológicas
doas comunicações do mundo globalizado. O tráfico de drogas, de mulheres,
órgãos e crianças, as máfias de várias nacionalidades (chinesa, japonesa,
coreana, romena, nigeriana, russa italiana, por ex.) encontram mais facilidades
no mundo globalizado. Sem falar na indústria da prostituição, que acolhe os
operários da beleza mal sucedidos nos seus planos iniciais. Os paraísos
fiscais, acolhem os capitais recebidos com os lucros gerados por este
empreendimentos não legalizados.
Com o
aumento do desemprego, já que o Brasil está inserido em uma de uma economia
globalizada, em que muitas vezes o desemprego e a forte concorrência de
produtos e ou empresas estrangeiras fez com que surgisse no final dos anos 1970
as igrejas neopentecostais. Geralmente com um discurso motivador e com uma
retórica impecável, prometendo reestabelecer no mercado uma pequena empresa ou
trazer um novo emprego, ou até mesmo como fuga do desemprego por parte dos seus
fundadores e sacerdotes, o país vê surgir uma enormidade de pequenas igrejas
totalmente miraculosas.
Protestos
contra a globalização
Apesar de
serem duas coisas distintas, o neoliberalismo e a globalização, praticamente
surgiram no mesmo instante, final da década de 1970. A política neoliberal, as
transnacionais e as desigualdades econômicas geradas pela globalização tem sido
alvo de protestos em vários países do mundo. Nos anos de 2001/2/3/5, Porto
Alegre sediou o Fórum Social Mundial, com o tema “Um outro mundo é possível” realizado
como oposição ao Fórum Econômico Mundial em Davos, que se diz “comprometido”
com o aperfeiçoamento do mundo.
4. Ascensão
dos países emergentes
Os anos
2000 modificou as relações entre países ricos e pobres. Alguns países
emergentes assumiram um papel importante no mundo globalizado.
BRICS
Composto
pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul a partir do ano 2003 tem
assumido um papel de agente econômico no cenário mundial pelo potencial de um
mercado consumidor (devido a sua grande população) ou pelo seu crescimento
econômico, ou por possuírem os dois requisitos. Os países do BRICS tem um
potencial de crescimento muito elevado, estima-se que até 2050, juntamente com
os EUA e o Japão, formaram um novo G6.
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