terça-feira, 15 de setembro de 2015

Os solos
O solo é um recurso natural não renovável, finito e limitado. Sua formação se dá ao longo de centenas ou milhares de anos, e su reposição é muito lenta. O manejo inadequado dos solos pelos seres humanos tem levado à sua degradação.

1. A importância do solo
O solo é um componente importante dos ecossistemas terrestres. Nele, por exemplo, se desenvolvem a vegetação e as atividades agrárias. Os vegetais se fixam no solo por meio de suas raízes e dele retiram água e nutrientes, essenciais para seu desenvolvimento e sua sobrevivência. No solo ocorre a decomposição de matéria orgânica, fundamental para a formação e a manutenção de sua fertilidade natural.
 Esse recurso natural também regula a distribuição, o escoamento e a infiltração da água da chuva e de irrigações. As águas que atravessam os solos são filtradas, limitando a poluição dos lençóis freáticos, ou lençóis de água subterrâneos.
O solo também é fonte de matérias-primas utilizados pelos seres humanos, que dele retiram areia, argila e muitos outros. O solo é um meio dinâmico que constitui o habitat de uma biodiversidade de microrganismos. Uma pequeníssima porção, de aproximadamente 1 g de solo, em boas condições, pode conter mais de 600 milhões de bactérias fundamentais para sua fertilidade.

A produtividade dos solos
Existem diversos tipos de solo aproveitados para a agricultura e pecuária. A fertilidade desses solos varia, sendo necessária, muitas vezes, a utilização de fertilizantes para melhorar sua qualidade e produtividade.

2. Formação dos solos             
Na formação do solo integram diversos fatores, sendo o clima, a presença de seres vivos e a rocha matriz os principais. Os restos orgânicos de animais e vegetais, as atividades realizadas pelos seres vivos e a ação da água e da temperatura contribuem para desagregar as rochas e formar os solos. Entre esses elementos, a água tem fundamental importância na formação e na fertilidade natural dos solos.
A espessura da camada de solo também varia. Há locais onde eles são mais profundos e outros onde são bastante rasos, como em determinadas regiões da Europa, onde não ultrapassam 40 cm.
Além das diferenças de espessura, os solos podem ser argilosos ou arenosos, isto é, ter variação de textura, ser vermelhos, amarelos ou cinza, ricos ou pobres em matéria orgânica, homogêneos ou conter horizontes, tudo isso em função das condições ambientais de onde são formados.

Fases da formação dos solos
a) Rocha matriz: é a rocha exposta. Não há solo pobre sobre ela, e sua parte superficial começa a ser transformada. A chuva, o vento e a temperatura contribuem para a alteração da rocha.
b) Solos jovens: com o tempo, a ação dos agentes de decomposição vai esfarelando a rocha, criando sulcos, fendas e cavidades. Microrganismos, como as bactérias, se instalam nesses espaços, auxiliando na decomposição da rocha. Já se forma uma fina camada de solo em meio a pedaços menores de rochas que se desagregaram com a ação da natureza.
c) solos maduros: nesse tipo de solo aparecem seres vivos maiores. O solo está bem mais espesso, com vegetais que colonizam o ambiente. A sombra desses vegetais permite o surgimento de outras formas de vegetação. Esse processo continua até acontecer o equilíbrio, o que pode levar mais de 400 anos. No entanto, os solos utilizados na agricultura demoram até 12 mil anos para se formar.

Perfil do solo
O solo é formado por camadas chamadas de horizontes. As camadas mais próximas das rochas são as mais recentes e menos alteradas. A camada mais superficial é conhecida como horizonte, pois é constituída basicamente de matéria orgânica animal e vegetal.
Os solos variam de uma região para outra, mas, basicamente, contém a camada orgânica e a camada mineral (formada por areia e argila). Abaixo delas há a rocha matriz, que não sofreu alterações.

3. A importância econômica dos solos
O solo é fundamental para o desenvolvimento da vida, pois dele derivam os produtos para alimentação. Por ser um recurso não renovável, é preciso que seu uso seja feito de forma racional e planejada. A demora da formação dos solos está ligada a dois processos naturais: intemperismo e erosão.

Intemperismo e erosão
O intemperismo é um processo de decomposição e desagregação que as rochas e seus minerais sofrem por causa da ação de determinados fenômenos relacionados principalmente à umidade e à temperatura. As alterações de temperatura provocam fissuras nas rochas e a água das chuvas decompõe quimicamente os seus minerais, além de favorecer a proliferação de bactérias e fungos que contribuem para essa decomposição.
A erosão é o transporte dos sedimentos resultantes do intemperismo, e pode ser causada pela ação dos ventos, da água de rios, chuvas e mares ou das geleiras. A vegetação faz com que esse transporte de sedimentos seja gradual. Assim, quando menos vegetação no solo, maior é a erosão.

Mau uso do solo
Os processos de intemperismo e erosão ocorrem na natureza de maneira constante, mas podem ser acelerados pela ação dos seres humanos.
O cultivo agrícola intenso e, principalmente, o desmatamento acelera o processo de erosão do solo. Estimativas recentes mostram que cerca de 6 milhões de hectares de terras agricultáveis são perdidos no mundo por ano, por causa da degradação do solo. O uso inadequado e excessivo dos solo, além de provocar o seu esgotamento, reduz sua fertilidade natural e diminui a matéria orgânica. Além disso, aumenta a contaminação por uso de produtos químicos, agrotóxicos, resíduos domésticos e industriais.

Importância econômica dos solos
O solo é um recurso natural estratégico para os países e empresas, pois além da alimentação humana e animal, há a intensificação do uso dos solos para a agricultura voltada para a produção de energia na forma de combustíveis, como o etanol e o biodiesel. O Brasil é líder e pioneiro nesses setor, e essa produção é mais acentuada na região Sudeste. Um vantagem desse tipo de energia, é que ela renovável, ao contrário do petróleo, gás natural e carvão mineral.

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