quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O Mundo Urbano

A urbanização mundial, que é pessoas vivendo em cidades, começou com o processo de industrialização, em que as pessoas deixaram o campo em busca de emprego nas fábricas.

1. O futuro urbano da Humanidade
Em 2008, pela primeira vez na história, o número de pessoas vivendo em cidades superou o de pessoas vivendo no campo. De acordo com a ONU, entre 2005 e 2030, todo o crescimento da população mundial ocorrerá em cidades, especialmente naquelas situadas em países pobres.

Diferenças entre centro urbano e rural
Os critérios que distinguem o urbano e rural são definidos pelas agências nacionais (no Brasil, o IBGE), por isto variam muito de país para país. Na Islândia, uma aglomeração com 300 habitantes já é classificada como urbana. Na Grécia já são necessários 10 mil habitantes. No Brasil a parte urbana são as cedes municipais ou distritos municipais, independentemente do número de habitantes.
Quando se fala em urbanização, se diz que o número da população urbana é maior em relação à população que vive no campo. Por isso se um pais é urbanizado, a população que vive nos centros urbanos é maior que os que vivem na zona rural.
Nas economias modernas, o mundo rural é amplamente conectado ao mundo urbano. Máquinas, equipamentos industrializados, assim como tecnologia produzidos na cidade são consumidos em áreas rurais, ao mesmo tempo em que os alimentos e matérias primas produzidos no campo abastecem as cidades.

Diferença entre população rural e população agrícola
A população rural é aquela que mora em áreas agrícolas, já a população agrícola é aquela diretamente vinculada ao trabalho na agricultura e na pecuária. Muitas pessoas moram na zona, mas não realizam trabalhos agrícolas, tais como prestação de serviços domésticos e de lazer.

As ondas de urbanização
A primeira onda de urbanização dos países europeus desenvolvidos e nos EUA ocorreu entre 1750 e 1950, quando a taxa de urbanização passou de 10% para 52%. A segunda onda de urbanização iniciou-se em 1950, nos países subdesenvolvidos da América Latina, Ásia e África em um processo muito mais veloz. Contudo esta rápida urbanização acarreta sérios problemas sociais.

2. Megacidades e metrópoles
De 1900 até 2000, cem anos, as maiores cidades do mundo aumentaram, cerca de cem vezes i seu tamanho. Segundo a ONU, porém, mais da metade da população mundial vive em cidades com menos de 500 mil habitantes e, apenas 9% total mundial de população vive nas megacidades.
Atualmente a maioria das megacidades estão localizadas em países subdesenvolvidos. Como Mumbai, Délhi e Calcutá na Índia; Karachi no Paquistão; Daca, Bangladesh e Jacarta na Indonésia; São Paulo no Brasil, Buenos Aires na Argentina e Cidade do México no México; Pequim e Xangai na China. Somente duas se encontram em países desenvolvidos como Nova York, nos EUA; Tóquio no Japão.
Por abrigarem grande número de imigrantes, além de grandes centros econômicos, as megacidades também são grandes centros de diversidade cultural. Atualmente muitas megacidades combinam a redução da taxa de crescimento natural de suas populações com movimentos migratórios para outros centros urbanos, ocorrendo no caso de: São Paulo, Cidade do México, Buenos Aires, Calcutá e Seul.

Metrópoles, megalópoles e cidades globais
O processo de expansão territorial das cidades muitas vezes resulta na formação de grandes manchas urbanas, que atravessam as fronteiras municipais, esse fenômeno é conhecido como conurbação. A região do ABC paulista é um exemplo, pois une as áreas urbanas de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema. Na Alemanha a urbanização se estendeu ao longo do Rio Reno, abrangendo as cidades de Colônia, Dusseldorf, Essen e Bonn.

a) Metrópoles: são as cidades mais importantes de um país, ou a cidade principal de uma rede urbana conurbada, recebem o nome de metrópole (meter = mãe + pólis = cidade). A influência das metrópoles de estendem de forma acentuada às cidades vizinhas, funcionando como polos de prestação de serviços sofisticados.

b) Metrópoles nacionais: exercem influência em todo o território de um país. É o caso de Nova York (EUA), Tóquio (Japão), Sidnei (Austrália) e São Paulo (Brasil).

c) Metrópoles regionais: influenciam uma parte da região do país, como: Lion, Sudeste França; Vancouver Litoral do Pacífico Canadá; Seattle, Noroeste do EUA; Belém, Norte do Brasil.

d) Megalópoles: são as maiores aglomerações urbanas atuais. Elas se formam pela conurbação de duas ou mais metrópoles, originando uma extensa área urbanizada. Em geral uma ou mais metrópoles polarizam a região.

As cidades globais
Algumas cidades tornaram-se centros de poder. Concentrando centros das atividades terciárias. Nestas cidades, estão localizadas a maioria das sedes dos bancos, agências de publicidade, consultorias, grande mídia, grandes empresas nacionais e multinacionais. São as promotoras da integração das economias nacionais com os mercados mundiais.
A maioria destas cidades estão nos países desenvolvidos, como: Zurique (Suíça), Nova York (EUA), Tóquio (Japão). Há algumas cidades globais localizadas em países subdesenvolvidos, como: São Paulo (Brasil), Cingapura (cidade-Estado) e Cidade do México (México).

3. A sociedade urbana
A concentração da população nas cidades provocou uma crise imobiliária e social. A solução para a questão de moradia foi a verticalização das zonas centrais e a expansão de loteamentos nas periferias. Nas últimas décadas, os novos lotes na periferia crescem mais rápido que a verticalização dos centros, dando origem ao fenômeno da periurbanização.
O inchaço das cidades, é algo preocupante, pois em muitos casos, estas cidades não estão preparadas para receber um contingente tão grande de pessoas em um curto espaço de tempo, causando assim, sérios problemas sociais com a falta de infraestrutura.
Contudo, a emigração da população pobre das zonas rurais, ou de migração de países pobres para as grandes cidades mundiais acarreta, principalmente em países pobres, a falta de moradia adequada. Cerca de 1 bilhão de pessoas vive no mundo em habitações urbanas informais, ou seja, inacabadas, improvisadas, construídas com restos de matérias em terrenos irregulares ou de preservação ambiental. A maioria destas características de habitação se aplicam para os países subdesenvolvidos.
Em cidades europeias como Paris, que recebe grande contingente de imigrantes de suas ex-colônias africanas e cidades da Índia, a população de baixa renda vive nas periferias, regiões menos valorizadas. Nos EUA, a partir da década de 1990, a população mais pobre que até então se concentrava em bairros centralizados, passaram a ocupar os subúrbios mais afastados das grandes cidades.
Outro fator, é o social, em que muitas destas pessoas que saíram de suas cidades originais em busca de emprego, em não o encontrando sujeitam-se aos empregos informais ou subempregos.

4. Questões ambientais urbanas
A maioria das cidades apresentam altos índices de poluição, e muitos problemas ambientais são gerados nelas. A medida que as cidades se expandem e novas áreas são ocupadas, ocorrem mudanças ao seu redor com a ocupação de áreas cultiváveis, mananciais, causando a erosão dos solos, assoreamento dos rios e contaminação de fontes de água.
Muitas cidades são construídas ao redor de morros ou terrenos geologicamente instáveis. O desmatamento estas localidades, causam em épocas de chuvas a erosão dos solos e ainda pior, o deslizamento de suas encostas, causando grandes estragos para a população que vivem ali, além de acentuar ainda mais a destruição ambiental.
 A principal consequência da expansão urbana, é a impermeabilização do solo, onde não há suficiente escoamento para as chuvas devido ao excesso de asfalto nas estradas e construções nos terrenos. Principalmente as chuvas tropicas, que é uma característica de muitos países subdesenvolvidos. O uso desenfreado de recursos minerais fósseis como carvão e o petróleo também custam caro nas grandes cidades, gerando poluição atmosférica, causando a chuva ácida.
Com a vegetação cada vez mais escassa, excesso de concreto, asfalto e a verticalidade das cidades ocorrem as ilhas de calor, elevando a temperatura urbana.
Com o aumento da população das cidades, e cada vez mais a utilização de recipientes descartáveis surgiu outro grande problema ambiental: a produção do lixo doméstico.
Na maioria das cidades subdesenvolvidas do mundo, o descarte dos lixos é feito nos lixões a céu aberto, sem nenhuma preocupação ambiental. Além do forte cheiro, estes lixões contaminam o solo e os lençóis freáticos pela infiltração do chorume (líquido proveniente da decomposição do lixo).
Outra destinação ao lixo é a sua incineração, que reduz entre 60% a 90% do volume dos resíduos sólidos, transformando-o em energia pelo calor. Contudo ainda causa poluição do solo, além da água e o ar através das cinzas, fumaça, e resíduos de metal.
Mas há alguns tipos de descarte menos danosos para a população mundial:

a) Aterro sanitário: é um processo de redução do volume dos resíduos sólidos. Após a decomposição no solo, o lixo é compactado e coberto diariamente por uma camada de terra. Muitos aterros exploram o biogás, produzido pela decomposição orgânica depositada.

b) Usina de compostagem: é uma instalação que transforma o lixo orgânico em adubo.


c) Usina de reciclagem: separa os materiais recicláveis para reutilização.

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