O Mundo Urbano
A urbanização mundial, que é pessoas vivendo em
cidades, começou com o processo de industrialização, em que as pessoas deixaram
o campo em busca de emprego nas fábricas.
1. O futuro urbano da Humanidade
Em 2008, pela primeira vez na história, o número de
pessoas vivendo em cidades superou o de pessoas vivendo no campo. De acordo com
a ONU, entre 2005 e 2030, todo o crescimento da população mundial ocorrerá em
cidades, especialmente naquelas situadas em países pobres.
Diferenças entre centro urbano e rural
Os critérios que distinguem o urbano e rural são
definidos pelas agências nacionais (no Brasil, o IBGE), por isto variam muito
de país para país. Na Islândia, uma aglomeração com 300 habitantes já é
classificada como urbana. Na Grécia já são necessários 10 mil habitantes. No
Brasil a parte urbana são as cedes municipais ou distritos municipais,
independentemente do número de habitantes.
Quando se fala em urbanização, se diz que o número da
população urbana é maior em relação à população que vive no campo. Por isso se
um pais é urbanizado, a população que vive nos centros urbanos é maior que os
que vivem na zona rural.
Nas economias modernas, o mundo rural é amplamente
conectado ao mundo urbano. Máquinas, equipamentos industrializados, assim como
tecnologia produzidos na cidade são consumidos em áreas rurais, ao mesmo tempo
em que os alimentos e matérias primas produzidos no campo abastecem as cidades.
Diferença entre população rural e população agrícola
A população rural é aquela que mora em áreas
agrícolas, já a população agrícola é aquela diretamente vinculada ao trabalho
na agricultura e na pecuária. Muitas pessoas moram na zona, mas não realizam
trabalhos agrícolas, tais como prestação de serviços domésticos e de lazer.
As ondas de urbanização
A primeira onda de urbanização dos países europeus desenvolvidos
e nos EUA ocorreu entre 1750 e 1950, quando a taxa de urbanização passou de 10%
para 52%. A segunda onda de urbanização iniciou-se em 1950, nos países
subdesenvolvidos da América Latina, Ásia e África em um processo muito mais
veloz. Contudo esta rápida urbanização acarreta sérios problemas sociais.
2. Megacidades e metrópoles
De 1900 até 2000, cem anos, as maiores cidades do
mundo aumentaram, cerca de cem vezes i seu tamanho. Segundo a ONU, porém, mais
da metade da população mundial vive em cidades com menos de 500 mil habitantes
e, apenas 9% total mundial de população vive nas megacidades.
Atualmente a maioria das megacidades estão localizadas
em países subdesenvolvidos. Como Mumbai, Délhi e Calcutá na Índia; Karachi no
Paquistão; Daca, Bangladesh e Jacarta na Indonésia; São Paulo no Brasil, Buenos
Aires na Argentina e Cidade do México no México; Pequim e Xangai na China.
Somente duas se encontram em países desenvolvidos como Nova York, nos EUA;
Tóquio no Japão.
Por abrigarem grande número de imigrantes, além de
grandes centros econômicos, as megacidades também são grandes centros de
diversidade cultural. Atualmente muitas megacidades combinam a redução da taxa
de crescimento natural de suas populações com movimentos migratórios para
outros centros urbanos, ocorrendo no caso de: São Paulo, Cidade do México,
Buenos Aires, Calcutá e Seul.
Metrópoles, megalópoles e cidades globais
O processo de expansão territorial das cidades muitas
vezes resulta na formação de grandes manchas urbanas, que atravessam as
fronteiras municipais, esse fenômeno é conhecido como conurbação. A
região do ABC paulista é um exemplo, pois une as áreas urbanas de Santo André,
São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema. Na Alemanha a urbanização
se estendeu ao longo do Rio Reno, abrangendo as cidades de Colônia, Dusseldorf,
Essen e Bonn.
a) Metrópoles: são as
cidades mais importantes de um país, ou a cidade principal de uma rede urbana
conurbada, recebem o nome de metrópole (meter = mãe + pólis = cidade). A
influência das metrópoles de estendem de forma acentuada às cidades vizinhas,
funcionando como polos de prestação de serviços sofisticados.
b) Metrópoles nacionais: exercem
influência em todo o território de um país. É o caso de Nova York (EUA), Tóquio
(Japão), Sidnei (Austrália) e São Paulo (Brasil).
c) Metrópoles regionais: influenciam
uma parte da região do país, como: Lion, Sudeste França; Vancouver Litoral do
Pacífico Canadá; Seattle, Noroeste do EUA; Belém, Norte do Brasil.
d) Megalópoles: são as
maiores aglomerações urbanas atuais. Elas se formam pela conurbação de duas ou
mais metrópoles, originando uma extensa área urbanizada. Em geral uma ou mais
metrópoles polarizam a região.
As cidades globais
Algumas cidades tornaram-se centros de poder.
Concentrando centros das atividades terciárias. Nestas cidades, estão
localizadas a maioria das sedes dos bancos, agências de publicidade,
consultorias, grande mídia, grandes empresas nacionais e multinacionais. São as
promotoras da integração das economias nacionais com os mercados mundiais.
A maioria destas cidades estão nos países
desenvolvidos, como: Zurique (Suíça), Nova York (EUA), Tóquio (Japão). Há
algumas cidades globais localizadas em países subdesenvolvidos, como: São Paulo
(Brasil), Cingapura (cidade-Estado) e Cidade do México (México).
3. A sociedade urbana
A concentração da população nas cidades provocou uma
crise imobiliária e social. A solução para a questão de moradia foi a
verticalização das zonas centrais e a expansão de loteamentos nas periferias.
Nas últimas décadas, os novos lotes na periferia crescem mais rápido que a
verticalização dos centros, dando origem ao fenômeno da periurbanização.
O inchaço das cidades, é algo preocupante, pois em
muitos casos, estas cidades não estão preparadas para receber um contingente
tão grande de pessoas em um curto espaço de tempo, causando assim, sérios
problemas sociais com a falta de infraestrutura.
Contudo, a emigração da população pobre das zonas
rurais, ou de migração de países pobres para as grandes cidades mundiais
acarreta, principalmente em países pobres, a falta de moradia adequada. Cerca
de 1 bilhão de pessoas vive no mundo em habitações urbanas informais, ou seja,
inacabadas, improvisadas, construídas com restos de matérias em terrenos
irregulares ou de preservação ambiental. A maioria destas características de
habitação se aplicam para os países subdesenvolvidos.
Em cidades europeias como Paris, que recebe grande
contingente de imigrantes de suas ex-colônias africanas e cidades da Índia, a
população de baixa renda vive nas periferias, regiões menos valorizadas. Nos
EUA, a partir da década de 1990, a população mais pobre que até então se
concentrava em bairros centralizados, passaram a ocupar os subúrbios mais
afastados das grandes cidades.
Outro fator, é o social, em que muitas destas pessoas
que saíram de suas cidades originais em busca de emprego, em não o encontrando
sujeitam-se aos empregos informais ou subempregos.
4. Questões ambientais urbanas
A maioria das cidades apresentam altos índices de
poluição, e muitos problemas ambientais são gerados nelas. A medida que as
cidades se expandem e novas áreas são ocupadas, ocorrem mudanças ao seu redor
com a ocupação de áreas cultiváveis, mananciais, causando a erosão dos solos,
assoreamento dos rios e contaminação de fontes de água.
Muitas cidades são construídas ao redor de morros ou
terrenos geologicamente instáveis. O desmatamento estas localidades, causam em
épocas de chuvas a erosão dos solos e ainda pior, o deslizamento de suas
encostas, causando grandes estragos para a população que vivem ali, além de
acentuar ainda mais a destruição ambiental.
A principal
consequência da expansão urbana, é a impermeabilização do solo, onde não há
suficiente escoamento para as chuvas devido ao excesso de asfalto nas estradas
e construções nos terrenos. Principalmente as chuvas tropicas, que é uma
característica de muitos países subdesenvolvidos. O uso desenfreado de recursos
minerais fósseis como carvão e o petróleo também custam caro nas grandes
cidades, gerando poluição atmosférica, causando a chuva ácida.
Com a vegetação cada vez mais escassa, excesso de
concreto, asfalto e a verticalidade das cidades ocorrem as ilhas de calor,
elevando a temperatura urbana.
Com o aumento da população das cidades, e cada vez
mais a utilização de recipientes descartáveis surgiu outro grande problema
ambiental: a produção do lixo doméstico.
Na maioria das cidades subdesenvolvidas do mundo, o
descarte dos lixos é feito nos lixões a céu aberto, sem nenhuma preocupação
ambiental. Além do forte cheiro, estes lixões contaminam o solo e os lençóis
freáticos pela infiltração do chorume (líquido proveniente da decomposição do
lixo).
Outra destinação ao lixo é a sua incineração, que
reduz entre 60% a 90% do volume dos resíduos sólidos, transformando-o em
energia pelo calor. Contudo ainda causa poluição do solo, além da água e o ar
através das cinzas, fumaça, e resíduos de metal.
Mas há alguns tipos de descarte menos danosos para a
população mundial:
a) Aterro sanitário: é um
processo de redução do volume dos resíduos sólidos. Após a decomposição no
solo, o lixo é compactado e coberto diariamente por uma camada de terra. Muitos
aterros exploram o biogás, produzido pela decomposição orgânica depositada.
b) Usina de compostagem: é uma
instalação que transforma o lixo orgânico em adubo.
c) Usina de reciclagem: separa os
materiais recicláveis para reutilização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário